DEUS DO FOGO
Nos nossos dias, o fogo impressiona e é temido. O incêndio de uma floresta parece o fim do mundo. O incêndio de um arranha céu parece o fogo do inferno. As pessoas se atirando desesperadas para escapar do fogo, se lançam ao ar, de cinqüenta ou oitenta metros, e se esborracham no asfalto em meio a gritos desesperados, corre-corre de bombeiros para salvar o que puder. O fogo é consumidor.
Os romanos adoravam muitos deuses, e um deles se chamava Vulcano, o deus do fogo e dos metais. Era filho de Júpiter ou Zeus, o soberano dos deuses romanos. Quando nasceu, era tão feio, tão feio, que sua mãe, Juno, o lançou do monte Olimpo. O infeliz ao cair de 2.800 metros, ficou coxo. Estabeleceu debaixo do vulcão Etna suas forjas, onde trabalhava com os ciclopes na fabricação de espadas, lanças e armaduras para a guerra. Os ciclopes ferreiros de Vulcano, eram gigantes de um olho só, no meio da testa. Vulcano fabricava os raios das tempestades (Informações tiradas do Lelo Universal).
Pois Jeová, o deus do Velho Testamento, era também o deus do fogo: “Moisés, Arão e os filhos de Arão, Nadabe e Abiu, e mais setenta anciãos de Israel, subiram ao monte Sinai, e viram Jeová, o deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como uma obra de pedra de safira, e como o parecer do céu na sua claridade. Porém ele não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; mas viram a deus, e comeram e beberam” (Ex. 24:9-11). Depois, Jeová chamou Moisés, para subir só, no cume do monte, para receber as tábuas de pedra. E Moisés subia com Josué, no cume do monte, e Moisés entrou na nuvem, e O PARECER DE JEOVÁ ERA COMO UM FOGO CONSUMIDOR (Ex. 24:12-18). Na carta aos Hebreus, lemos: “Porque o nosso deus é um fogo consumidor” (Hb. 12:29). Moisés avisou o povo de Israel, que se fizessem alguma escultura para adorar, seriam consumidos pelo fogo (Dt. 4:24-26). Jeová ia adiante de Israel como um fogo consumidor destruindo os exércitos (Dt. 9:3).
Quando Israel, saindo do Egito, passou pelo mar, os egípcios entraram atrás, Jeová numa coluna de fumo alvoroçou os exércitos egípcios (Ex. 14:24). E Jeová ia adiante de seu povo, de dia numa coluna de fumaça para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite (Ex. 13:21-22). Jeová é o deus que se manifesta pelo fogo. Quando se manifestou a Moisés, apareceu em um espinheiro em fogo (Ex. 3:1-5). Quando o profeta Elias desafiou os profetas de Baal, disse: “Invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome de Jeová; e há de ser que, o deus que responder por meio do fogo, esse é deus” (I Rs. 18:24). E o fogo de Jeová lambeu a oferta do altar de Elias (I Rs. 18:36-40).
Quando Jeová não se agradava de alguém, mandava fogo do céu e matava. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiu, trouxeram nos seus incensários, um fogo diferente do ordenado por Jeová, então desceu fogo do céu e os matou (Lv. 10:1-2). Jeová era meticulosamente exigente no desempenho dos sacerdotes. Falhou, morreu.
Quando o povo partiu do monte Sinai, caminho de três dias, Jeová ia adiante deles em busca de lugar de descanso. Então o povo murmurou queixando-se. A ira de Jeová se acendeu, e o fogo de Jeová ardeu entre eles, e consumiu os que estavam na última parte do arraial, pelo que chamou aquele lugar TABERA(Nm. 11:1-3). O povo reclamava do maná, e queria carne. Moisés ouviu o povo chorar, cada um à porta de sua tenda. A ira de Jeová grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés (Nm. 11:4-10). E disse Moisés a Jeová: “Por que fizeste mal? Porque puseste sobre mim o cargo de todo este povo? Concebi porventura todo este povo? Gerei-o eu para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como um aio leva o que cria, à terra que juraste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a este povo? Este cargo é muito pesado para mim. Se assim fazes comigo, mata-me, eu te peço. Não me deixes ver o meu mal” (Nm. 11:11-15; Dt. 34:1-5). E Jeová, o misericordioso, usou Moisés quarenta anos, a quem pagou com a morte por sua ousadia em queixar-se. Por pouco não desceu fogo do céu sobre Moisés. Mas uma coisa fantástica sempre acontecia, quando se acendia a ira de Jeová: “Então se abalou e tremeu a terra, os fundamentos dos céus se moveram e abalaram, porque ele se irou. Subiu o fumo dos seus narizes, e da sua boca um fogo devorador; carvões se incenderam dele. E abaixou os céus, e desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés. Subiu sobre um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento. E por tendas pôs as trevas ao redor de si, ajuntamento de águas, nuvens dos céus. Pelo resplendor da sua presença brasas de fogo se acendem. Trovejou desde os céus Jeová, e o Altíssimo fez soar a sua voz. E Disparou flechas, e os dissipou; raios, e os perturbou” (II Sm. 22:8-15). Quem falou isto foi Davi, o homem que tinha o coração conforme o de Jeová, portanto, um profeta que merece crédito. Se tirássemos o nome de Jeová e puséssemos DRAGÃO, o texto seria perfeito, pois o dragão solta fumo pelas narinas, e da sua boca um fogo devorador, carvões misturados ao fumo das ventas. Debaixo dos pés escuridão. Por tenda pôs as trevas ao redor de si. Brasas de fogo se acendem dele. Troveja desde os céus a sua voz. Dispara raios e frechas. Jeová se assemelha a Vulcano e ao dragão. É realmente fantástico crer num deus, que não tenha as características do Pai do Senhor Jesus Cristo, mas abunda as características do dragão e de Satanás.
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira