(450) – O SANTO DE ISRAEL – VI

O  SANTO  DE  ISRAEL  6

Jeová se declara deus, isto é, dá testemunho de si mesmo: “Porque assim diz o alto, e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo” (Is. 57:15). O mesmo Jeová declarou: “EU SOU DEUS” (Is. 43:12). E Jesus declarou o seguinte: “Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo. 5:31). Quem dá o testemunho de Jesus Cristo é o Deus Pai, Jesus disse: “Há outro que testifica de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro” (Jo. 5:32). E o mesmo João escreveu: “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o fez; porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida” (I Jo. 5:9-12). Jeová, dando testemunho de si mesmo, deu a todos os homens condenação e morte. E Cristo, que não deu testemunho de si mesmo, foi condenado em nosso lugar e nos dá a vida eterna (Gl. 1:4). O que testifica de si mesmo revela soberba; o humilde só aparece quando outros testificam dele. O soberbo e melindroso se ofende por qualquer coisa (Lv. 10:1-2; II Sm. 6:6-7). O humilde é como ovelha muda quando vai injustamente ao matadouro (Is. 53:7). Nenhum altivo e soberbo é santo. Vamos dar diversos argumentos bíblicos provando que Jeová não é santo:

  1. Jeová se ofendeu com o rei Saul, e colocou nele um espírito maligno (I Sm. 16:14-15). O texto hebraico diz atormenta, mas os protetores de Jeová mudaram para assombra. Desde quando um santo põe demônios malignos em pecadores necessitados? Jesus, que é realmente santo, não põe espíritos malignos, antes liberta todos os oprimidos (Mc. 1:23-26).
  2. Jeová apóia a mentira. Quando planejava matar Acabe, rei de Israel, pediu o parecer dos anjos. Saiu um espírito maligno do meio deles, e disse: “Eu serei um espírito de mentira na boca de todos os profetas, e induzirei Acabe a que vá a guerra em Ramote de Gileade, e morra. E Jeová disse: Vai, e faze assim” (I Rs. 22:19-23). Quem apóia a mentira nunca foi santo.
  3. Jeová mata crianças inocentes quando os pais pecam: “Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra” (Is. 14:21). Este mandamento foi dado para os caldeus, mas Jeová usa a mesma medida para os seus servos mais queridos. Davi era o servo mais chegado de Jeová, que deu o seguinte testemunho: “Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade” (At. 13:22). Pois quando Davi cometeu um adultério e um homicídio, Jeová disse: Porquanto com este feito deste lugar a que os inimigos de Jeová blasfemem, também o filho que te nasceu morrerá. Davi, sabendo que Jeová o amava, jejuou e orou sete dias. Mas Jeová não perdoou, antes matou o recém nascido (II Sm. 12:14-20). Matando o filho de Davi, Jeová cometeu injustiça, e o injusto não é santo.
  4. Jeová guarda ira e vingança contra os seus desafetos por milhares de gerações. O problema que se configura nessa atitude de Jeová é ódio eterno. Amaleque fez guerra a Israel no deserto quando saíram do Egito, e Jeová disse: “Porquanto jurou Jeová, haverá guerra de Jeová contra Amaleque de geração em geração” (Ex. 17:16). Quatrocentos e cinqüenta anos mais tarde, Jeová deu a Saul a seguinte ordem: “Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel, como se lhe opôs no deserto, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos” (I Sm. 15:2-3). Esperem aí. Passaram-se nove ou dez gerações, e Amaleque estava morto há quatrocentos anos, e Jeová ficou remoendo ódio e vingança por quase quinhentos anos? Manda matar pessoas que não tinham mais lembrança do que aconteceu, e eram, portanto, inocentes do crime dos antepassados? Um deus que fica curtindo ódio vingativo por 4 séculos, longe está de ser santo (I Sm. 15:1-3).
  5. Quando Moisés se recusou a ir ao Egito libertar Israel, alegando que não era eloqüente, mas sim pesado de boca e de língua, Jeová disse-lhe: “Quem fez a boca do homem? Ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, Jeová?” Jeová fez o que fala, e também o mudo? Faz o que vê, e também o cego? O deus que faz isso não é justo nem santo (Ex. 4:10-11).
  6. Um dos castigos especiais de Jeová era prostituir a mulher do pecador desobediente: “Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não colherás o seu fruto” (Dt. 28:30). No caso da apostasia de Israel, Jeová diz: “Porquanto darei tuas mulheres a outros, e as suas herdades a quem as possua; porque desde o menor até ao maior, cada um se dá à avareza; desde o sacerdote até ao profeta” (Jr. 8:10). E no fim da história de Israel, Jeová decretou o mal dizendo: “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas” (Zc. 14:2).

Quem faz isto, diz que é santo, mas é mentira, portanto Jeová é o pai da mentira, nunca foi santo e nunca será.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

Deixe um comentário