(440) – DEUS DA CONFUSÃO – III

DEUS DA CONFUSÃO 3

 

Jeová plantou uma vinha num outeiro fértil. E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides, e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas, mas deu uvas bravas (Is.5:1~3). Jeová esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas? Jeová não conhece o futuro. E Jeová declara por boca de Jeremias o seguinte: “Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, de vide estranha?” (Jr.2:21). Aqui Jeová entrou em confusão, pois declara que a vide era excelente, uma semente inteiramente fiel. Então exclama confuso: Como pois te tornaste para mim uma planta degenerada, de vide estranha? Jeová está surpreso, embasbacado, confuso. Não entendeu como aconteceu uma mudança tão grande. Era vide excelente e se tornou degenerada e estranha? Contra a vontade de Jeová?

Está escrito que Jeová mudou o coração dos egípcios para que odiassem o seu povo Israel. O objetivo de Jeová era fazer prodígios fabulosos para libertar o seu povo por mão de Moisés. Como os dois povos eram amigos, pela atuação de José como governador, foi preciso mudar o coração dos egípcios (Sl.105:23~27). Teve poder para mudar o coração dos egípcios, e não teve poder para preservar da corrupção seus filhos? Tinha poder para endurecer o coração de Faraó para não crer nos sinais, e não teve poder para amolecer o coração de seu povo para crer? Jeová disse a Moisés: “Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo” (Ex.4:21). A impressão clara que dá, é que Jeová tem todo o poder para fazer o mal, mas não tem todo o poder para fazer o bem. É uma confusão. Jeová esperava que a sua vinha desse uvas boas, mas deu uvas bravas. Jeová declara com firmeza: “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato e eu faço viver, eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão” (Dt.32:39). Mas a sua vinha querida escapou, e de tal maneira que ele mesmo declara: “Agora pois vos farei saber o que hei de fazer à minha vinha; tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada; e a tornarei em deserto; não será podada nem cavada, mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela. Porque a vinha de Jeová dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delicias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor” (Is.5:5~7). Está bem claro. Jeová não teve poder para que seu povo praticasse juízo e justiça, mas teve poder para destruí-lo. No caso dos egípcios, eles amavam Israel, e eram bondosos para eles, mas Jeová teve poder para fazê-los aborrecer e escravizar o seu povo. CONFUSÃO! O pior é que, o mesmo Isaías fala da parte de Jeová, dizendo que haverá um livramento para Israel: “Naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá: Uma forte cidade temos, a que Jeová pôs a salvação por muros e antemuros” (Is.26:1). “Naquele dia o Jeová castigará com a sua dura espada grande e forte, o leviatã, a serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão que está no mar. Naquele dia haverá uma vinha de vinho tinto; cantai-lhe. Eu, Jeová, a guardo, e a cada momento a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei” (Is.27:1~3). Jeová promete guardar a vinha daquele dia? Se não guardou a primeira, quem vai crer que guardará a segunda? Se Jeová não muda, como ele mesmo afirma em Ml.3:6, deveria dizer: Eu espero que esta segunda vinha de uvas boas. Se a primeira era fiel deveria ser guardada. “Confusão”! Por outro lado, a vinha de Jeová é o reino de Israel. E o reino de Israel, no ano 720 antes de Cristo foi levado para a Assíria em cativeiro e lá desapareceu. O texto diz: “Pelo que o Jeová rejeitou toda a semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença. Porque rasgou Israel da casa de Davi; e fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate …” (II Rs.17:20~23). Cento e trinta anos depois Jeová levou o reino de Judá para a Babilônia, dizendo: “Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, E também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs.23:27). No capitulo vinte e quatro lemos: “Nos SEUS dias subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Jeoiaquim ficou três anos SEU SERVO; depois SE VIROU, e se revoltou contra ELE. Jeová enviou contra eLE as tropas dos caldeus, as tropas dos siros, E as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos de Amom, E AS Enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra dE Jeová, que falara pELo MinISterio de seus servos, os profetas. E, Na verdade, conforme o mandado dE Jeová, assim SUCEDEU A Judá, que A tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés” (II Rs.24:1~3).

Jeová acabou com os dois reinos. Não existem mais. A linhagem de Davi, que Jeová prometeu que seria eterna, foi destruída pelos romanos quando Tito destruiu Jerusalém. E a vinha? Qual vinha! Já se passaram dois mil e seiscentos anos, e hoje Israel não é mais reino. Toda a história dos reis de Israel até Jesus Cristo durou um mil e seiscentos anos. E já passaram dois mil e seiscentos anos que o reino de Judá acabou. Mateus, o evangelista diz: “porque todos os profetas e a lei profetizaram até João” (Mt.11:13). E Lucas diz: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus” (Lc.16:16). Acabou em Jesus o projeto de Jeová. QUE CONFUSÃO!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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