(344) – O BEM – II

O  BEM  2

         O sumo bem, ou o bem supremo consiste na felicidade, e a felicidade está no contentamento, no êxito, na alegria, na ventura, no bem estar, na satisfação pessoal, na realização pessoal. Existe, entretanto, o bem perfeito e o imperfeito. O bem perfeito, ou bem supremo, é tudo aquilo que é bom conforme os preceitos da moral, pois as pessoas seguem suas próprias inclinações e impulsos, que nem sempre se ajustam aos preceitos da moral. Existem pessoas que só são felizes praticando o mal. No livro de provérbios de Salomão lemos: “Não entreis na vereda dos ímpios, nem andes pelos caminhos dos maus. Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo. Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém” (Pv. 4:14-16).“Como o louco que lança de si faiscas, frechas e mortandades, assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira” (Pv. 26:18-19). “O filho sábio ouve a correção do pai, mas o escarnecedor não ouve a repreensão” (Pv. 13:1). “Àquele que cuida fazer o mal, mestre de maus intentos o chamarão” (Pv. 24:8). “Os homens escarnecedores abrasam a cidade, mas os sábios desviam a ira” (Pv. 29:8). “Dos seus caminhos se fartará o infiel de coração” (Pv. 14:14).Jesus assim falou: “O que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt. 15:18-19). E Jesus disse mais“O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más” (Mt. 12:35). Por isso mesmo dissemos acima que existem dois bens: o perfeito e o imperfeito. O bem imperfeito é daqueles que se realizam na astúcia, no engano, na fraude, na espoliação do desavisado, nos abusos, no vício, na impureza, nos maus hábitos, nas bebedices e glutonarias, na desonestidade, etc.

O bem conforme a razão e a virtude, é tudo aquilo que edifica, que traz paz e justiça, cujo fruto é o bem estar geral.

Tudo aquilo que fazemos visando unicamente o nosso proveito, pode ser um mal, pois diz a máxima: “O bem comum é mais sublime que o bem particular.” O egoísmo é sempre um mal, pois pensa só no sujeito; o altruísmo é um bem que a todos beneficia.

E o mal. Que é o mal? É tudo o que é contrário ao bem. É aquilo que prejudica ou fere; é tudo o que é contrário à ordem, à justiça, e à virtude. Existem dois tipos de males: o mal físico e mal moral. Um defeito físico é um mal; uma doença é um mal; a decrepitude é um mal sem remédio. O mal moral é um defeito do caráter; uma distorção da personalidade. Os males morais são muitos: Ódio, inveja, preguiça, soberba, presunção, impureza e outros. Uma pessoa, possuidora do mal da iracúndia, num acesso de ódio fere o próximo causando-lhe um mal físico.

Existem os males causados por Jeová, o deus da ira e das vinganças injustas. Jeová declarou a Moisés, dizendo“Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, Jeová? (Ex. 4:11). Jeová declarou sobre a praga da lepra: “Quando tiverdes entrado na terra de Canaã, que vos hei de dar por possessão, e eu enviar a praga da lepra a alguma casa da terra da vossa possessão, então virá aquele, de quem for a casa, e o fará saber ao sacerdote” (Lv. 14:34-35). O mal se evidencia nos aleijados, coxos, corcundas, mongolóides, sifilíticos, aidéticos e centenas de outras deficiências, e isso no ponto de vista físico. Do ponto de vista moral e espiritual, estão os tarados, paranóicos, esquizofrênicos, psicóticos, loucos, malignos, perversos, incontinentes, assassinos, e por aí vai um corolário interminável de deficiência psíquicas ou espirituais. E Jeová declara que não há debaixo do céu nenhuma outra entidade capaz de produzir tantos males. Ele, Jeová, é o autor de todos“Cairá a ave no laço em terra, se não houver laço para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma coisa? Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e Jeová o não terá feito?” (Am. 3:5-6). Para Jeová, mandar pragas é o máximo da perfeição. Ele acha maravilhoso mandar pragas, e assim se expressa: “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, Jeová teu deus, então Jeová fará maravilhosas a tuas pragas, e as pragas da tua semente, grandes e duradouras pragas, e enfermidades más e duradouras” (Dt. 28:58-59). Falando ao seu povo, libertado do Egito, Jeová disse“Todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, não verão a terra que a seus pais jurei” (Nm. 14:22-23). Jeová declarou que a sua glória se manifestou através das pragas e das pestes? A glória de Jeová é tão tenebrosa, destruidora e assassina, que faz estremecer o homem mais empedernido que possa existir.

A glória de Deus Pai, foi manifesta através do amor de Cristo, crucificado para salvar todos os homens. Paulo disse“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5:8). Tiago disse“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação” (Tg. 1:17).

A diferença gritante entre Jeová e Jesus pode ser comprovada em dois episódios: Moisés pediu a Jeová, dizendo: “Rogo-te que me mostres a tua glória. Porém Jeová disse: Eu farei passar a minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome de Jeová diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Ex. 33:18-20). Esta é a glória que mata, isto é, a glória do ministério da lei e da morte, que Paulo fala (II Co. 3:6-7). Quem vê Jesus e a sua glória, vive, pois disse: “Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo. 6:40). E Jesus disse mais: “E A VIDA ETERNA É ESTA: QUE TE CONHEÇAM, A TI SÓ, POR ÚNICO DEUS VERDADEIRO, E A JESUS CRISTO, A QUEM ENVIASTE” (Jo. 17:3). E Jesus termina dizendo: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo. 17:4-5).

A glória que Jesus tinha com o Pai, foi a glória de dar a vida eterna a todos que vêem o Filho e conhecem o Pai. GLÓRIA A DEUS.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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