(024) – NOVO CÉU NOVA TERRA

Segundo o Evangelho de João, o criador deste mundo é Jesus. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. TODAS AS COISAS FORAM FEITAS POR ELE, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:1-3). “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu” (Jo.1:10). Agora a palavra de Paulo: “Tudo foi criado por ele e para ele, e ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl.1:16-17). Subsistir quer dizer que as coisas continuam existindo pela ação do poder de Cristo. Na carta aos Hebreus lemos: “Havendo Deus falado antigamente muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, POR QUEM FEZ TAMBÉM O MUNDO” (Hb.1:1-2).

A pergunta que fazemos é: Se Jesus é o autor da criação com poder conferido pelo Pai, por que Jeová se declarou o autor exclusivo e sem a participação de ninguém? Jesus disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha  vontade, mas avontade daquele que me enviou” (Jo.5:30). “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia” (Jo.9:4). Ouçamos a Jeová: “Assim diz Jeová Deus, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que está nela, e o espírito aos que andam nela” (Is.42:5). Neste texto Jeová declara que este mundo subsiste pelo seu poder, e omite o nome de Jesus Cristo. Há mais textos nos quais a criação foi feita por Jeová: (Is.45:12; Sl.148:1-5).

Serão Jeová e Jesus a mesma pessoa? Neste caso Jeová omitiu o Pai. No Salmo 110 Davi falou: “Disse Jeová a meu Senhor…” Este Senhor do Sl.110 Jesus declara que é ele, logo Jesus não é Jeová (Mt.22:41-46).

Jesus e Jeová têm poder para criar. Jeová prometeu criar um novo céu e uma nova terra, onde não haveria lembranças das coisas passadas (Is.65:17). Jesus criou um novo céu e uma nova terra (Ap.21:1). Comparemos as duas criações para ver se são a mesma, ou serão duas diferentes:

=> Na de Jeová haverá morte (Is.65:20).

Na de Jesus não haverá morte (Ap.21:4).

=> Na de Jeová haverá maldição (Is.65:20).

Na de Jesus não haverá maldição (Ap.22:3).

=> Na de Jeová haverá edificações (Is.65:21-22).

Na de Jesus não haverá edificações (Hb.11:10; Mt.25:34).

=> Na de Jeová haverá envelhecimento (Is.65:22).

Na de Jesus não haverá envelhecimento (Ap.22:14).

=> Na de Jeová haverá geração de filhos (Is.65:23).

Na de Jesus não haverá geração de filhos (Lc.20:35).

=> Na de Jeová haverá serpente (diabo) (Is.65:25).

Na de Jesus não haverá serpente (Ap.20:10).

=> Na de Jeová haverá noite (Is.66:22-23).

Na de Jesus não haverá noite (Ap.21:25).

São narrativas completamente diferentes e opostas para duas promessas iguais. São, portanto, duas novas criações diferentes. O detalhe mais gritante da nova criação de Jeová está em Isaías: “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz Jeová; assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda carne adorar perante a mim, diz Jeová: E sairão, e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu bicho nunca morrerá nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne” (Is.66:2224). Este texto revela verdades contundentes.

1. Lua nova até outra e um sábado até outro revela que haverá noite e dia na nova terra, contrariando Ap.21:25.

2. Toda carne adorando Jeová; em oposição a Jo.4:22-24, onde lemos que a carne não adora a Deus, mas o espírito.

3. Haverá uma montanha de cadáveres sendo comidos de bichos em meio a um fogo infernal, que causa horror para toda carne. Paulo, o grande apóstolo, afirma que a carne e o sangue não herdam o reino de Deus (1 Co.15:50).

Esse quadro infernal e tenebroso de Jeová, apresentado como novo céu e nova terra, é lembrado por Jesus no Evangelho de Marcos: “E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar. E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, IRES PARA O INFERNO, PARA O FOGO QUE NUNCA SE APAGA; ONDE O SEU BICHO NÃO MORRE, E O FOGO NUNCA SE APAGA. E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares na vida coxo, do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga. ONDE O SEU BICHO NÃO MORRE, E O FOGO NUNCA SE APAGA. E se teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançados no fogo do inferno, onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga” (Mc.9:42-48).

A vida a que Jesus se refere é o céu, e os cadáveres comidos de bicho no fogo que nunca se apaga é o inferno. Mas Jeová declara que no seu novo céu e nova terra, os adoradores, de carne, verão esses cadáveres putrefatos sendo comidos de bichos em meio as labaredas do inferno. O que podemos entender do que Jesus falou, é que os rejeitados de Jesus irão para o céu de Jeová; isto é o inferno. A concepção do novo céu e da nova terra de Jeová fica tão aquém da glória do reino de Jesus Cristo, que Jesus o aponta como inferno.

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

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