O AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ
- Se o reino de Deus só chegou em Jesus Cristo…
“Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, por que é chegado o reino dos céus ” (Mt. 4:17).
…a lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus (Lc. 16:16). Como o deus Jeová implantou o reino de deus 1600 anos antes? “E vós me sereis um reino sacerdotal e um povo santo” (Ex. 19:6). “Eu sou Jeová vosso santo, vosso criador, vosso rei” (Is. 43:15). O correto seria Jeová anunciar que o reino dos céus viria, coisa que não falou. Não existe o reino dos céus no V. T.. E se Jesus e o Pai são um em propósito (Jo. 10:30), e o reino de Jesus não é deste mundo, Jeová, se fosse Jesus, ou se fosse o Pai de Jesus, jamais implantaria o seu reino neste mundo.
- Se o reino de Deus é um reino de amor, conforme a declaração de Paulo: “Dando graças ao Deus Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:12-13) , como pode ser que Jeová reinasse com ira e ódio, se o reino de Deus é só de amor? “Vivo eu, diz Jeová, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar” (Ez. 20:33). Esta declaração de Jeová conflita com a profecia de Isaías, que diz: “Por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o seu nome será : maravilhoso, conselheiro, Deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz. Do incremento desse principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo de Jeová dos exércitos fará isto” (Is. 9:6-7) .
- Se a salvação vem pela fé e sem as obras da lei, “Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem obras da lei” (Rm. 3:28). Se a lei é necessária para a salvação, Jesus não é autor e consumador da fé (Hb. 12:2).
- Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo (Gl. 2:16).“Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por que? Porque não foi pela fé, mas como pelas obras da lei; tropeçaram na pedra de tropeço” (Rm. 9:30-32) . Em contrário ao Novo Testamento, Jeová declara que o homem obtém a vida através das obras da lei.“Portanto os meus estatutos e meus juízos guardareis; os quais, fazendo o homem, viverá por eles; eu sou Jeová” (Lv. 18:5). “A obra do justo conduz à vida, as produções do ímpio ao pecado. O caminho para vida é daquele que guarda a correção” (Pv. 10:16-17). A contradição está em que, sendo Jeová o Pai, ou mesmo Jesus, não poderia justificar o homem pelas obras da lei, para não ir contra o Novo Testamento, quebrando a unidade da Bíblia .
- Se Deus é bom , e mais do que o próprio Jesus, pois está escrito o seguinte: “E eis que , aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom mestre que bem farei para conseguir a vida eterna? E Jesus disse-lhe: por que me chamas bom? Não há bom senão um só que é Deus” (Mt. 19:16-17), eTiago nos diz: “Toda a boa dádiva, e todo o Dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg. 1:17), este texto nos ensina que Deus só faz o bem, e como não muda, jamais fará algo que não seja bom. Como pode ser, que antes de Jesus revelar a bondade do Deus Pai através do seu ministério e das suas obras, o deus do Velho Testamento fizesse tantos males, e odiasse os pobres humanos? “Males amontoarei sobre eles, as minhas setas esgotarei contra eles ” (Dt. 32:23). “Ora pois, fala agora aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, dizendo: assim diz Jeová: eis que estou forjando um mal contra vós” (Jr. 18:11). “E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, em fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos” (Dt. 28:63). Se Tiago afirmou que Deus só faz o bem e jamais muda, como pode ser que Jeová mude tanto a ponto de se deleitar no mal? Quem se deleita em fazer e praticar o mal é perverso, tudo pode-se esperar de um deus zombador? (Pv. 1:24, 26). Este comportamento de zombaria, entre os homens, só é próprio das almas mesquinhas e sádicas.
- Se Deus é o Pai das misericórdias, “Bendito seja o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação” (II Co. 1:3), e essa misericórdia foi revelada na cruz, “Isto é, Deus estava em Cristo conciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (II Co. 5:19), a misericórdia do Pai é para com os pecadores perdidos. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais” (Ef. 2:4-6) . Deus, o Pai, é benigno até com os ingratos e maus (Lc. 6:35), ouçamos as declarações do próprio Jeová: “E fa-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não perdoarei nem pouparei, nem terei deles compaixão para que os não destrua” (Jr. 13:14). “Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei” (Ez. 8:18). Jeová fala que é misericordioso, mas não é verdade (Dt. 7:9; Ex. 34:6-7). Jeová não perdoa o pecado. Pecado com ele é olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé (Ex. 21:24).
- Se Jesus tinha que ressuscitar primeiro para depois enviar o Espirito Santo do céu para ensinar, guiar, e consolar os discípulos, por isso disse: “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei” (Jo. 16:7). Ora, se a descida do Espírito Santo só seria possível mediante a morte e ressurreição de Jesus Cristo, como explicar que Jeová enchesse as pessoas com o Espírito Santo antes da morte e conseqüente ressurreição de Jesus? Ou Jesus não é o autor e consumador da fé? Para agravar o problema, o Espírito Santo do Pai, é consolador, advogado, ajudador, guia, intercessor e amor, mas o Espírito Santo de Jeová era adversário e guerreiro (Is. 59:19). Em Is. 63:10 lemos que o Espírito Santo de Jeová se tornou um inimigo de Israel. São três problemas: a descida da Espírito Santo antes da morte de Cristo, tira em parte o mérito da ressurreição; em segundo lugar, a obra do Espírito Santo do Velho Testamento era destruidora. Sansão, quando cheio do Espirito matava milhares. A unção do Espirito do Velho testamento, era para matar, e era dada a perversos também (I Rs. 19:15, 17).Hazael era ímpio e perverso. O terceiro problema é que em Jo. 7:38-39, quando Jesus revela que o Espírito Santo é uma fonte de águas vivas no cristão, lemos na Bíblia que ainda não fora dado, mas no grego está escrito que não havia Espírito Santo, isto é, o Espírito Santo de Jeová não era Santo.
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira