Jesus, falando sobre o fim deste mundo cão, o faz com as seguintes palavras: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt. 24:27-31).
Jesus continua no mesmo contexto dizendo: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos — assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt. 24:36-39). Note-se que esta é a segunda vinda de Cristo, pois a primeira foi na encarnação e na manjedoura. Nesta segunda vinda, ao comparar com o dilúvio, todos os homens são destruídos e mortos, e só Noé e sua família se salvam. Com isto, Jesus está explicando, que depois da sua volta, ninguém fica vivo neste mundo. É portanto o fim de tudo. Não haverá vida na terra para um reino milenar; e quando Jesus diz que, dois estando numa cama, um será levado e outro deixado; dois estando no campo, um será levado e outro deixado, os que são deixados, são deixados mortos como aconteceu no dilúvio (Mt. 24:40-44). No momento em que Jesus recolhe os seus escolhidos, os rejeitados são condenados e mortos.
Continuando o sermão profético, Jesus diz: “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt. 25:31-34). “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt. 25:41). Jesus esclarece que, no momento do arrebatamento da Igreja, nessa mesma hora, serão lançados no fogo eterno os maus. E termina o texto dizendo: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mt. 25:46).
Lucas, o evangelista, reforça esta mesma doutrina. “E interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior” (Lc. 17:20). “Como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia, mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração. E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos” (Lc. 17:24-27).
Lucas também afirma que na hora em que Jesus retira deste mundo os salvos, todos os que ficaram são consumidos. E Lucas continua: “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló; comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos; assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar” (Lc. 17:28-30). As palavras de Jesus, registradas por Lucas, deixam claro que, no momento em que Jesus retirar deste mundo a sua Igreja, vai descer fogo do céu para consumir a terra e seus habitantes. Não vai ficar ninguém para contar a história, ou para reinar por mil anos. Pedro descreve esse dia com cores vivas: “Mas os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo” (2 Pd. 3:7).
E para provar que na volta de Jesus será o Juízo do mundo e da Igreja simultaneamente, Jesus falou pela boca de Lucas: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar. E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lc. 21:33-36). O que podemos entender das declarações de Jesus, é que os salvos não serão arrebatados e ressuscitados mil anos antes, mas os não salvos e os filhos da perdição serão colhidos na mesma hora, e é feita a separação. Jesus conta uma parábola para explicar essa verdade.
“O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes, e, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. Assim será na consumação dos séculos; virão os anjos, e separarão os maus dentre os justos. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt. 13:47-50).
Parece que, quando Jesus voltar, não vai ficar ninguém para última semana de Daniel 9:24-27. Parece também que o anti-Cristo já está reinando, e os cristãos já tem o sinal na mão e na testa (Ap. 13:16-17). Parece que os cristãos dos últimos dias já estão debaixo da operação do erro (2 Ts. 2:9-12). O que nos parece, e a prudência aconselha, é que nós, os cristãos, devemos estar prevenidos, isto é, vivendo na prática da caridade, sendo santos em toda a maneira de viver, tendo crucificado o mundo e a carne, e vivendo uma vida mais celestial que terrena (Mt. 24:42; I Pd. 4:8; Cl. 3:12-14; I Pd. 1:15; Gl. 5:24; 6:14; Cl. 3:1-3).
Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira