“E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus Desconhecido. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio” (At.17:22-23). Jesus era conhecido como o Filho do carpinteiro: “E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: Donde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas? Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, lhe veio, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa. E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles” (Mt.13:54-58). Jesus era conhecido como um Homem comum, com pai, mãe, irmãs e irmãos, mas não era conhecido como Filho de Deus. Quando Ele fazia algum prodígio, todos se escandalizavam. Nem os seus parentes O conheciam: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo.1:11).
Os religiosos de seu tempo, não O conheceram: “Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo.8:13-14). “Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. E, se, na verdade, julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai, que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou um que testifico de mim mesmo, e de mim testifica o Pai, que me enviou. Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai” (Jo.8:15-19).
Os sacerdotes não conheciam a Cristo: “Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém, e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se lêem todos os sábados” (At.13:27). “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para a nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (1 Co.2:7-8). Quando se aproximava a hora de Jesus ser crucificado, Ele disse aos príncipes e sacerdotes: “E disse Jesus aos principais dos sacerdotes e capitães do templo, e anciãos que tinham ido contra ele: Saístes com espadas e varapaus, como para deter um salteador? Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc.22:52-53).
Os doze apóstolos não O conheciam: “E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do Homem tudo o que pelos profetas foi escrito. Pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará. E eles nada disso entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não percebendo o que se lhes dizia” (Lc.18:31-34). “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Felipe? quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” (Jo.14:7-11). Jesus disse: “Tudo por meu pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lc.10:22).
Tomé não conhecia Jesus: “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio deles, e disse: Paz seja convosco! Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente” (Jo.20:24-27).
Tomé disse-lhe: Senhor meu e Deus meu!
Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira