(735) – A CARNE E O SANGUE 2

1) Satanás é adversário das nossas almas. Ele quer matá-las. As almas mortas formam o império de Satanás. O que mata a alma é o pecado: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá” (Ez.18:4). “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm.3:23). É por isso que o apóstolo João diz: “Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1 Jo.3:8). “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb.2:14-15). 

2) A morte física é ligada à carne e ao sangue, pois Cristo participou da carne e do sangue para poder morrer e salvar da morte física, as almas. Os filhos participam da carne e do sangue dos pais, logo, na carne, estão condenados à morte: “E, agora, digo isto, irmãos: Que a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (1 Co.15:50). A corrupção da carne só acaba com a ressurreição: “Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, até a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co.15:51-52). 

3) Qual é a situação dos cristãos de hoje quanto às almas? Estão vivos pela fé, porque Cristo diz: Quem crê passou da morte para a vida. Isto é fé. Quanto a carne, estão mortos, esperando a ressurreição física: “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (1 Co.15:53-54). “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm.8:20-23). “Porque se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm.8:13-14). “trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos” (2 Co.4:10). 

4) O Espírito Santo tem uma missão: Habitar em nós, para mortificar a carne: “Digo, porem: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gl.5:16-18). Nesta guerra, a carne leva vantagem sobre o Espírito, porque a carne é tátil e o Espírito é invisível. A carne é pelos sentidos e o Espírito é pela fé. Por isso que o apóstolo Paulo disse: “Não extingais o Espírito” (1 Ts.5:19). Extinguir o Espírito, é pecado contra o Espírito Santo: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm.8:26).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

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