(683) – MEMÓRIA NO CÉU

Haverá memória no céu?

Salomão diz que não há: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma que se faz debaixo do céu” (Ec.9:5-6).Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma” (Ec.9:10).

No inferno haverá memória. O rico da parábola morreu e, atormentado, clamou a Deus: “E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (Lc.16:24).

Vamos ver o Jesus diz sobre o assunto: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta os bodes das ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede e deste-me de beber; era estrangeiro, e hospedaste-me; estava nu e vestiste-me; estive enfermo, e visitaste-me; preso e fostes ver-me. Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo, ou na prisão e fomos ver-te? E respondendo o Rei lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt.25:31-40).

Então, há memória no céu. Em contrário, o livro de Jó diz: “Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota e fica seco, assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará, nem se erguerá do seu sono” (Jó.14:11-12). “Mostrarás tu maravilhas aos mortos, ou os mortos se levantarão e te louvarão? Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade na perdição? Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua justiça na terra do esquecimento?” (Sl.88:10-12). “Sai-lhes o espírito, e eles tornam para a sua terra; naquele mesmo dia, perecem os seus pensamentos” (Sl.146:4). “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, e em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”  (Ec.9:5-6). “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma” (Ec.9:10). “Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão. Por isso, os visitastes, e destruíste, e apagaste toda a sua memória” (Is.26:14). “Estando eles excitados, lhes darei a sua bebida e os embriagarei, para que andem saltando; mas dormirão um perpétuo sono e não acordarão, diz o Iahweh” (Jr.51:39).

Qual a conclusão que chegamos?

Que no Velho Testamento não há memória depois da morte, mas no Novo Testamento há memória: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e Santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E a cada um foi dada uma comprida veste branca, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como eles foram” (Ap.6:9-11).

O céu estava fechado, por isso, no Velho Testamento não havia memória, porque ninguém entrava no céu e a morte reinava. Mas, no Novo Testamento: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne (Hb.10:19-20). “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus.” (Hb.9:24).

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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