“No suor de teu rosto, comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn.3:19). Iahweh Deus estava condenando o homem à extinção: “A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte” (Sl.22:15). Pó da morte é extinção: “E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também tua semente será contada” (Gn.13:16). A descendência de Abraão foi condenada à extinção, porque o pó não podia ser contado. Quando Iahweh Deus disse: “porquanto és pó”, ele estava dizendo que carne é pó, e a carne volta ao pó: “Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura, te louvará o pó. Anunciará ele a tua verdade?” (Sl.30:9). “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl.103:14).
Provas de que pó é extinção: “Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão. Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima, e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra? Assim que tenho visto que não haverá coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; porque quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” (Ec.3:20-22). “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir” (Jó.7:9). “Mas, morto o homem é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está? Como as águas se retiram do mar e o rio se esgota e fica seco, assim o homem se deita e não se levanta; até que não haja mais céus, não acordará, nem se erguerá do seu sono” (Jó.14:10-12). “Sai-lhes o espírito, e eles tornam para sua terra; naquele mesmo dia, perecem os seus pensamentos” (Sl.146:4). “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ec.9:5-6). “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma” (Ec.9:10). Na lei de Iahweh quando um homem morria sem deixar filhos, o irmão mais novo entrava na viúva e o filho que nascesse era filho do defunto: “Quando alguns irmãos morarem juntos, e algum deles morrer e não tiver filhos, então, a mulher do defunto não se casará com homem estranho de fora, seu cunhado entrará a ela, e a tomará por mulher e a fará a obrigação de cunhado para com ela. E será que o primogênito que ela der à luz estará em nome do seu irmão defunto, para que o seu nome não se apague em Israel” (Dt.25:5-6). Esta lei é para que o nome do irmão não fosse extinto.
Vamos agora passar para o Novo Testamento: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16). No grego não está escrito “não pereça”, mas sim ‘não seja extinto’. A obra de Cristo é muito maior do que nós pensamos. Ela anula a condenação de Iahweh que condenou a humanidade à extinção dizendo: “porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn.3:19). “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?” (Jo.11:25-26).
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira