Há três tipos de sacrifícios: O Imperfeito, o Quase Perfeito e o Perfeito.
1) O Imperfeito é quando eu me sacrifico por mim mesmo, pois Jesus disse: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mt.16:25). Paulo disse: “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria” (1 Co.13:3). No tempo de Cristo, quando as pessoas eram lançadas às feras ou queimadas vivas, era sacrifício imperfeito, porque era contra a vontade. Outras pessoas eram crucificadas ou degoladas, mas era sacrifício imperfeito, porque não havia caridade. Outros gastam a vida na obra de Deus, mas anulam a obra, pelo pecado que cometem: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt.7:21-23).
2) O Quase Perfeito: “E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim não é digno de mim” (Mt.10:38). Uma coisa é: eu morrer contra a minha vontade, e outra coisa é: eu carregar a cruz voluntariamente: “Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt.16:24). “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mt.16:25). O que Cristo quis dizer com “perder a vida por amor de mim”? Eu conheci um cristão que morava numa vila onde havia muitas casas, cujos moradores eram drogados e criminosos. À noite eles se reuniam para contar coisas indecentes. O cristão ficava ouvindo sem querer aquelas coisas. E as ouvia com a mulher e o filhinho. Ele orava a Deus para tirá-lo daquele lugar. E Deus não fazia nada. Então, numa noite, ele se levantou e entrou na roda dos criminosos e deu um vibrante testemunho. Os drogados caçoaram dele e iam expulsando-o dali, quando um deles tomou as dores do cristão e falou que era uma ovelha perdida, mas que ia deixar aquela vida. No dia seguinte apareceu uma casa para o cristão se mudar. É um fato verídico. Deus queria salvar aquele drogado, e colocou o cristão lá. E o drogado saiu com o cristão para outro lugar, para uma nova vida. Há momentos, em que só oração não basta. Deus quer também ação: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12:2).
3) Sacrifício Perfeito não é, eu dar a vida para me salvar, nem dar a vida por amor de Jesus, mas é, eu dar a vida por um perdido. Dois marinheiros trabalhavam no mesmo navio e eram muito amigos. A diferença entre eles é que um era cristão fiel e o outro era malandro. O cristão procurava ganhá-lo para Jesus, mas o malandro respondia caçoando: ‘Precisamos gozar a vida’. Mas o cristão permanecia firme, orando. Em cada porto que o navio parava, o outro ia beber e procurar mulheres nos lupanares. Um belo dia, o navio bateu em um rochedo e começou a fazer água. Então, fizeram um sorteio para ver quem iria nos poucos botes salva-vidas. O cristão teve a felicidade de ser sorteado e o malandro não teve a mesma sorte. Na hora em que o cristão entrou no bote salva-vidas, o malandro despediu-se do amigo estendendo a mão. Daí, o cristão repentinamente puxou-o com força para dentro do bote salva-vidas e pulou para o navio, trocando de lugar. O bote se afastou e o cristão acenava a mão para o amigo dizendo, enquanto o navio afundava: ‘Olha lá, que me encontres no Reino de Deus’. Quando o malandro pôs o pé em terra firme, foi correndo procurar uma igreja. Foi duas vezes salvo. “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1 Jo.3:16).
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira