1) “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16).
“Amados, amemo-nos uns aos outros; porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 Jo.4:7-8).
2) Jacó, nas suas peregrinações, armou suas tendas em Siquém. Diná, sua filha, saiu a passear pela terra e Siquém, filho de Hamor a viu e encheu-se de amores por ela e deitou-se com ela. Jacó, sabendo disto, juntou seus doze filhos para resolver o assunto. Siquém confessou ao pai que amava Diná e queria se casar com ela. Hamor e Siquém foram falar com Jacó. Siquém estava apaixonado e seu pai concordava em pagar qualquer dote para realizar o casamento. Jacó falou que era impossível, porque eles eram israelitas e eram separados dos outros homens pela circuncisão de Iahweh. Hamor falou com os chefes das suas tribos e decidiram circuncidar-se e adotar o Deus de Jacó, Iahweh dos exércitos. Resolveram fundir os dois povos. Todos os machos foram circuncidados. Ao terceiro dia, quando a dor da circuncisão era mais forte, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram suas espadas e entraram afoitamente no arraial dos siquenitas e mataram todos os varões e ainda saquearam a cidade. Daí, Jacó os repreendeu dizendo: “Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal aos entre os moradores desta terra, entre os cananeus e perizeus; sendo eu pouco em número, ajuntar-se-ão, e ficarei destruído, eu e minha casa” (Gn.34:30). Então, Jacó saiu às pressas, temendo represália e subiu a Betel: “E o terror de Iahweh foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó” (Gn.35:5).
3) Iahweh não levou em conta o crime dos filhos de Jacó, que foi uma chacina, e também não levou em conta a parte espiritual da circuncisão dos siquenitas. Passar por cima de um crime dessa natureza é não ter amor e nem justiça. Permitindo um crime dessa natureza, Iahweh foi conivente, participando diretamente do crime: “Levantai-vos, parti e passai o ribeiro de Arnom; eis aqui, na tua mão tenho dado a Seom, amorreu, rei de Hesbom, e a sua terra; começa a possuí-la, e contende com eles em peleja. Neste dia, começarei a pôr um terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu; os que ouvirem a tua fama tremerão diante de ti e se angustiarão” (Dt.2:24-25). Os filhos de Jacó mentiram aos siquenitas sobre a circuncisão. Eles armaram um laço, usando Iahweh como isca. Mereciam um castigo exemplar, mas Iahweh, em lugar de castigar, ainda colocou um terror para que as cidades não se aproximassem deles a fim de tomar vingança. Iahweh protegeu o crime e foi conivente com ele. Quando alguém não se converte a Iahweh, é tido como inimigo: “Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado, e já ele preparou armas mortais; e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores” (Sl.7:11-13).
4) A justiça de Iahweh é assim: Se o homem se converte, Iahweh torna-se amigo. Se o homem não se converte, Iahweh mata: “Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam, me acharão” (Pv.8:17). Quem não ama Iahweh, ele odeia; e os que se convertem a ele, o que acontece? Ele os mata; pois mandou matar os profetas de Baal, que eram quatrocentos e cinquenta homens que diziam: Só Iahweh é Deus, só Iahweh é Deus! (1 Rs.8:22).
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira