Jeová se autodenomina SOL. “Porque Jeová Deus é um Sol e escudo; Jeová dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão” (Sl. 84:11). É Jeová que regula a luz do Sol, da lua, e das estrelas deste mundo. “Assim diz Jeová, que dá o Sol para a luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para a luz da noite, que fende o mar, e faz bramir as suas ondas; Jeová dos Exércitos é o seu nome” (Jr. 31:35).
Como Jeová era inimigo de Faraó e do Egito, e se declarou o Deus de Israel, fazia resplandecer a luz para Israel, mas para os egípcios havia escuridão e trevas totais. “Então disse Jeová a Moisés: Estende a tua mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se apalpem. E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um a cara do outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias. Mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações” (Ex. 10:21-23).
Após a morte dos primogênitos, vencido Faraó pela fúria destruidora de Jeová, deixou que os israelitas partissem do Egito, levando também despojos de prata e ouro, e também vestidos (Ex. 12:31-36). Jeová, porém, endureceu o coração de Faraó mais uma vez, e assim, influenciado por Jeová, Faraó com seus exércitos partiram atrás dos israelitas afim de destruí-los (Ex. 14:4,17). Jeová queria ser glorificado pelo crime de matar todo o exército de Faraó no mar, enquanto Israel marchava na sua fuga em direção ao mar Vermelho. Jeová interveio da seguinte forma: “E o anjo de Deus, que ia adiante do Exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles, e ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridão para aqueles, e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro” (Ex. 14:19-20).
Como lemos acima, Jeová é um Sol, e sua luz é espiritual e não física. E Jeová habitava no meio do seu povo Israel (Nm. 5:1-3). Sendo Jeová o próprio Sol, não dá para entender como o seu povo andava em trevas. “Tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em aflição e em ferro” (Sl. 107:10). “Esperamos pela luz e só há trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão. Apalpamos as paredes como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros, somos como mortos” (Is. 59:9-10). Esse mistério do Sol não iluminar precisa ser explicado. Mas Jeová promete tirar a luz do Sol dos maus profetas. “Portanto se vos fará noite para que não haja profecia, e haverá trevas, para que não haja adivinhação” (Mq. 3:5-6). Por causa do mal do seu povo, Jeová retirou o Sol no meio da sua história. “Pôs-se o seu Sol sendo ainda dia” (Jr. 15:9). O Sol espiritual de Israel se pôs, isto é, Jeová abandonou o seu povo. “Então Jeová me disse: Chegou o fim do meu povo Israel; daqui por diante nunca mais passarei por ele” (Am. 8:2). “E fá-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não perdoarei nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que os não destrua” (Jr. 13:14). “Pelo que Jeová rejeitou toda a semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença, porque rasgou Israel da casa de Davi” (2 Rs. 17:20-21).
O Sol de Jeová é particular, de um grupo de preferidos. “Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá o Sol da Justiça, e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis, e crescereis como bezerros no cevadouro” (Ml. 4:2). Texto confuso, pois Jesus nasceu para salvar todos os pecadores, e Jeová afirma que nasceria para os seus fiéis.
Falemos da chuva.
Jeová é quem manda a chuva. “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir a erva sobre os montes” (Sl. 147:8). “Temamos agora a Jeová nosso Deus, que dá a chuva, a temporã e a tardia, a seu tempo” (Jr. 5:24). As chuvas de Jeová são, porém, reservada só para os fiéis. “Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meu mandamentos, e os fizerdes, então eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo” (Lv. 26:3-4). Jeová promete livrar no futuro as suas ovelhas e abençoá-las: “E a elas, a aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção, e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênçãos serão” (Ez. 34:26). Esta bênção seria futura. No presente, a realidade era outra. Jeová retirava a chuva do seu povo por causa dos pecados. “Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles, e a ira de Jeová se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais na boa terra que Jeová vos dá” (Dt. 11:16-17). Depois de novecentos anos Jeremias diz: “Levanta os teus olhos aos altos, e vê: onde não te prostituíste? Assim manchaste a terra com as tuas devassidões e com a tua malícia, pelo que foram retiradas as chuvas, e não houve chuva tardia” (Jr. 3:2-3). “Além disso, retive de vós a chuva, faltando ainda três meses para a ceifa; e fiz chover sobre uma cidade, e sobre outra cidade não fiz chover; sobre um campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, se secou” (Am. 4:7).
O incrível é que Jeová promete uma restauração para Judá, um tempo em que ele, Jeová, será rei em toda a terra. Todas as nações subirão de ano em ano, para adorarem o rei, isto é, Jeová. Se alguma não subir a Jerusalém para adorar Jeová, ele reterá a chuva (Zc. 14:9-17).
E o Pai do Senhor Jesus Cristo? Qual a sua atitude em relação aos maus e aos bons? Jesus o declara: “Eu, porém vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai Celestial que está nos céus; PORQUE FAZ QUE O SEU SOL SE LEVANTE SOBRE MAUS E BONS, E A CHUVA DESÇA SOBRE JUSTOS E INJUSTOS” (Mt. 5:44-45). Isto acontece do ponto de vista literal. E espiritualmente, qual a vontade do Pai de Jesus?
Em Mt. 5:45 lemos que o Pai faz que o SEU SOL se levante sobre todos. O Sol espiritual do Pai não é Jeová, mas Jesus; e este Sol é para todos, maus e bons. Os maus estão mortos nos pecados e os bons estão vivos. “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá: e todo aquele que vive, e crê em mim nunca morrerá” (Jo. 11:25-26). Jesus veio a este mundo para salvar os maus e pecadores (1 Tm. 1:15).“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” (Jo. 5:25).
O Pai ama aqueles que Jeová matava e rejeitava (Jo. 3:16). O Pai quer todos salvos, especialmente os perdidos. “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm. 2:3-4).
Diferente de Jeová que preparava uns para perdição, e outros para a salvação (Rm. 9:21-23).
Autor: Pastor Olavo S. Pereira