1) O que é caridade? Paulo responde: “A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não inveja; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha” (1 Co.13:4-8).
2) Caridade não é amor: “Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam, me acharão” (Pv.8:17). O amor exige reciprocidade; a caridade não.
3) No matrimônio, o amor é mútuo. Quando há interesse, não há amor – Um incrédulo frequentou uma igreja até se casar com uma crente. No altar ele disse: ‘Aproveita bem, que é a última vez que você pisa numa igreja’. A moça pensou, pensou… e saiu correndo da igreja. Em outro caso verídico, um estranho tocou a campainha de uma casa, e o marido abriu a porta e o homem disse: ‘Vim buscar sua mulher’. O marido chamou a mulher e disse: ‘Este homem veio te buscar. Quer ir com ele?’ Ela disse: ‘Quero’. O marido falou: ‘Então vá’. E ela foi. A Bíblia revela casos ainda piores: Sansão era nazireu, isto é, foi escolhido desde o ventre. Quando ele era moço, gostou de uma filistéia. O pai o aconselhou a procurar uma mulher do seu povo, mas Sansão disse: ‘Esta me agrada aos olhos’. E foi com ela. Sansão propôs um enigma aos filisteus, e ela declarou o enigma de Sansão aos filisteus. Sansão, então, foi humilhado. Depois, Sansão se apaixonou por Dalila. Como ele tinha matado mil filisteus com uma queixada de jumento, os filisteus queriam saber o segredo de sua força. Ele contou à Dalila o segredo de sua força e ela o revelou aos filisteus. O segredo era seu cabelo e então ela o cortou e Sansão perdeu a força. Daí os filisteus lhe vazaram os olhos, e ele foi preso a um moinho para puxar uma mó, como um animal. Quando a mulher não ama o marido, comete as maiores atrocidades.
4) “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine” (1 Co.13:1). Todos os anjos estão a serviço de Jeová: “Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo a voz da sua palavra” (Sl.103:19-20).
5) Os anjos de Jeová não têm caridade. Se o anjo tivesse caridade, não obrigaria a Israel a peregrinar pelo deserto quarenta anos sem água e sem pão: “E te lembrarás de todo o caminho pelo qual Jeová teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca de Jeová viverá o homem” (Dt.8:2-3). Jeová declara que maná é o pão do céu: “Então disse Jeová a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não” (Ex.16:4). Jesus declara que o pão que Jeová deu, não é pão do céu: “Disse-lhe, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu” (Jo.6:32). Logo, Jeová não é o Pai de Jesus. Jesus disse que Jeová não deu o pão do céu, mas que o seu Pai é que dá o verdadeiro pão do céu: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é pão que desce do céu, para o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo.6:48-51).
Está mais que provado que Jeová não é o Pai. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine” (1 Co.13:1).
Está escrito de maneira clara que os anjos não têm caridade. Ora, Jeová é anjo: “Este é aquele que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar” (At.7:38). Está claro que Jeová não tem caridade. Se ele tivesse caridade, não haveria trevas no monte Sinai, mas sim, luz. O texto bíblico repete: “Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes” (At.7:53). Paulo ainda confirma esta verdade: “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa havia sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um mediador” (Gl.3:19). E ainda mais: Os anjos que serviam a Jeová também não tinham caridade: “Então, o rei de Israel disse a Josafá: Não te disse eu, que ele nunca profetizará de mim bem, senão só mal? Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra de Jeová: Vi Jeová assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda. E disse Jeová: Quem induzirá Acabe, a que suba e caia em Ramote-Gileade? E um dizia desta maneira, e outro, de outra. Então, saiu um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás e ainda prevalecerás; sai e faze assim. Agora, pois, eis que Jeová pôs o Espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, e Jeová falou mal contra ti” (1 Rs.22:18-23). Quem tem caridade não fala mal de ninguém; somente o bem. Se anjo tivesse caridade, não teria abandonado o povo de Israel, no deserto: “Todos os mandamentos que hoje vos ordeno quardareis para os fazer, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que Jeová jurou a vossos pais. E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual Jeová, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná que tu não conhecestes, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca de Jeová, viverá o homem” (Dt.8:1-3). O maná tinha gosto de bolinhos de mel e não matava a fome; quanto mais o povo comia, mais fome tinha: “Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom; porem a alma do povo angustiou-se neste caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés; Por que nos fizestes subir do Egito, para que morrêssemos neste deserto? Pois, aqui, nem pão nem água há; e nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então, Jeová mandou entre o povo serpentes ardentes, que morderam o povo; e morreu muito povo de Israel” (Nm.21:4-3).
6) “E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, e fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra, a qual passais a possuir” (Dt.28:63). A caridade não se deleita em fazer o mal e destruir. A caridade se deleita em salvar os pecadores: “E os fariseus, vendo isso, disseram aos discípulos: Por que come o vosso mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para salvar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” (Mt.9:11-13).
A caridade é tão superior ao amor que um cristão depois de convertido e batizado, caindo na cilada de Jeová e pecando, ele pode se redimir praticando a caridade, porque Pedro diz: “Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados” (1 Pd.4:8). Isaías diz: “A Jeová dos Exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor, e seja ele o vosso assombro. Então, ele vos será santuário, mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo às duas casas de Israel; de laço e rede, aos moradores de Jerusalém” (Is.8:13-14).
Jesus Cristo veio para salvar os pecadores e perdidos, e ensiná-los a escapar dos laços de Jeová, pela prática da caridade.
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira