- Onde há dois ministérios, tudo é diferente. No Velho Testamento Deus era contra o seu próprio povo. Provas: Ez.5:8; Jr.21:10, 13; Lv.26:16-18. No Novo Testamento está escrito assim: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm.8:31). Nem demônios, nem a morte, nem os anjos, nem as potestades, nem o Deus do Velho Testamento poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus.
- No ministério do Velho Testamento, a lei de Jeová produzia inimizade entre o homem e Deus. No Novo Testamento é o contrário: “Mas agora, em Cristo Jesus vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef.2:13-16).
- O Velho Testamento é o ministério da morte. A morte reinava, pois os judeus que eram os filhos de Jeová pensavam que estavam vivos, mas estavam mortos: “E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt.8:21-22).
- O Velho Testamento era o ministério do ódio e o Novo Testamento é o ministério do amor. Jeová odiou Adão, pois o expulsou da sua presença, para comer o pão de dores até a morte: “Jeová Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn.3:23-24). Jeová não queria que o homem comesse da árvore da vida, que é Jesus.
- Jeová odiou Esaú no ventre de sua mãe, antes mesmo que ele fizesse o mal: “E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um só, Isaque, nosso pai, porque não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú” (Rm.9:10-13). Já no Novo Testamento, Deus ama os ladrões, os assassinos, as meretrizes, os mentirosos, etc. A única exigência é esta: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo. Tu e a tua casa” (At.16:31).
- No Velho Testamento não havia luz. Todos estavam em trevas: “Esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão. Apalpamos as paredes como cegos; como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros somos como mortos” (Is.59:9-10). No Novo Testamento, Pedro diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pd.2:9). “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp.2:15).
- O Velho Testamento é o ministério da vingança, onde não há justiça, nem amor, nem piedade, nem perdão. Quando morre, Jeová cobra nos filhos e nos netos inocentes. Isto fica claro em Saul, cujos filhos morreram para pagar o pecado do pai: “E os filisteus apertaram com Saul e seus filhos, e os filisteus mataram seus três filhos: Jônatas, Abinadabe e a Malquisua” (1 Sm.31:2). Davi reinou em lugar de Saul. Passados mais de vinte anos da morte de Saul, Jeová concluiu que matar os três filhos de Saul era pouco, então ele mandou três períodos de fome, de ano em ano, sobre Israel. Então Davi perguntou a Jeová o porquê daquelas fomes. Jeová respondeu: “É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas” (2 Sm.21:1). Jeová cobra os pecados de quem já morreu. Estava cobrando de Saul pela segunda vez, sendo que Saul há vinte anos tinha morrido. Davi então perguntou aos gibeonitas o que ele poderia fazer para acabar com aquela fome, e a resposta foi esta: “Que de seus filhos nos dêem sete homens para que os enforquemos a Jeová” (2 Sm.21:6). Então os gibeonitas enforcaram os sete filhos de Saul, e a ira de Jeová se aplacou (2 Sm.21:14). Está provado que os sete filhos de Saul foram vítimas inocentes do ódio assassino.
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira