Pode o homem achegar-se a Deus? Por que Deus está ausente dos homens? A sua glória é tanta, e tão grande a sua majestade que o homem não suportaria a sua presença; a natureza carnal do homem se desfaria. “…Deus é luz e não há nele trevas nenhumas” (1 Jo. 1:5). Quando o sol brilha com intensidade, qualquer ser humano que olhe para ele, tem a vista queimada. Imagine olhar diretamente para Deus com toda a sua glória! No Velho Testamento Jeová apareceu a Abraão, Isaque e a Jacó e eles não foram fulminados pela sua presença: “E eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso” (Ex.6:3). Em outra ocasião setenta e quatro pessoas viram Jeová e não morreram: “E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o Deus de Israel, e debaixo dos seus pés havia como uma obra de pedra de safira e como o parecer do céu na sua claridade” (Ex.24:9-10). “E Jeová ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite” (Ex.13:21). No entanto, o povo pensava que Jeová estava no meio deles, mas não estava: “Disse mais Jeová a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: À tua semente a darei. E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os ferezeus, e os heveus e os jebuseus, a uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo obstinado, para que te não consuma eu no caminho” (Ex.33:1-3). Sabe o que Jeová fez com o povo de Israel naqueles quarenta anos? Ele os abandonou: “Mas Jeová se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?” (At.7:42).
Para que o homem possa desfrutar da presença de Deus, tem de ser livre. Mas ele é escravo: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm.8:20-21). “Porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus” (Rm.3:23). “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servo do pecado, obedeceste de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm.6:12-18). “Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna” (Rm.6:22). Ora, Jeová tornou o povo de Israel em escravos (Gl.4:21-26). “Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl.4:30). “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo.8:32). “Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo.14:6). “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo.1:17). Estes textos estão dizendo que na lei não há verdade: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm.10:4). Estes textos estão dizendo que na lei não há justiça: “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm.5:21). “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai, ao qual glória para todo o sempre. Amém. (Gl.1:4-5).
autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira