Onde reina a ira e o furor, não há lugar para o amor: “Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, que se alienar de mim, e levantar os seus ídolos no seu coração, e puser o tropeço da sua maldade diante do seu rosto, e vier ao profeta, para me consultar por meio dele, a esse, eu, Jeová, responderei por mim mesmo. E porei o rosto contra o tal homem, e o farei um espanto, um sinal e um provérbio, e arrancá-lo-ei do meio do meu povo; e sabereis que eu sou Jeová” (Ez.14:7-8). No Velho Testamento reina a ira, o furor, a impunidade, a falta de misericórdia e a vingança.
1) Jeová ordena a escravidão, logo Jeová não ama: “E, quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas” (Lv.25:44). E a escravidão de Jeová é perpétua: “E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir” (Lv.25:46).
2) Quando o ódio é maior que o amor, não há perdão. Josias foi o rei que se converteu a Jeová, de todo o seu coração, de toda a sua alma, e com todas as suas forças, conforme toda a lei de Moisés; e depois dele nunca se levantou outro tal (2 Rs.23:24-25). Jeová amou Josias, mas apesar de amar, o ódio que Jeová nutria por Manassés foi maior que o amor com que ele amava Judá: “Todavia, Jeová não se demoveu do ardor da sua grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as provocações com que Manassés o tinha provocado” (2 Rs.23:26). A obra maligna de Manassés encontra-se em 2 Rs.21:1-16.
3) Onde deus se deleita em destruir e matar, não há amor: “E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, e fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra a qual passais a possuir” (Dt.28:63). Concluímos que quando Jeová trouxe o dilúvio e destruiu toda a humanidade, se rejubilou. Ele se deleitou. Jeová faz o mal por prazer.
4) Onde Jeová ordena matança de criancinhas de mama, não pode haver amor: “Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua novidade, e abrasará os fundamentos dos montes. Males amontoarei sobre eles, as minhas setas esgotarei contra eles. Exaustos serão de fome, comidos de carbúnculo e de peste amargosa; e entre eles enviarei dentes de feras, com ardente peçonha de serpentes do pó. Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor: ao jovem juntamente com a virgem, assim à criança de mama, como ao homem de cãs” (Dt.32:22-25). Jeová matou o filho recém-nascido de Davi para encobrir o vergonhoso adultério seguido de homicídio (2 Sm.12:8-14).
5) Onde Jeová deus exige sacrifício de inocentes pelo pecado de perversos nunca houve amor (Nm.25:1-5).
6) Quando a ofensa apaga o amor, nunca houve amor: “Há muito que Jeová me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí” (Jr.31:3). Esta é a confissão apaixonada de Jeová para com Israel. Quando eles pecaram o amor eterno virou ódio eterno: “Pois lhe provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura. Jeová ouviu isto e se indignou, e sobremodo aborreceu a Israel, pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda que estabelecera como a sua morada entre os homens, e deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo e entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança” (Sl.78:58-62).
Mas o Deus que Jesus revelou é amor. Quer salvar a todos e o preço que ele pagou a Jeová foi entregar o seu Filho unigênito para ser crucificado por todos os pecadores (Jo.3:16-17).
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira