No ministério do Velho Testamento o deus era iracundo e no ministério do Novo Testamento, Deus é amor. Comecemos pelo deus do Velho Testamento:
1) No Velho Testamento não havia amor. Jesus disse: “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo”. (Ora, quem aborrece o inimigo não ama). “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mt.5:43-44). Se Jeová conhecesse o amor do Pai, ele falaria o que Jesus falou. Quem aborrece o inimigo não é filho de Deus Pai.
2) Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo.13:34). Ora, se no Velho Testamento Jeová mandasse amar os inimigos, ele seria amor. Daí não teria dado a lei; porque onde há amor não há lei. Paulo diz: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros: porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm.13:8). A lei não tem lugar onde existe amor. No Velho Testamento não havia (“um novo mandamento vos dou”), logo Cristo não estava no Velho Testamento. Jesus Cristo com o novo mandamento do amor anulou a lei: “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Rm.13:10). O amor de Deus não é próprio dos homens. Ele é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos é dado (Rm.5:5).
3) Lei de Jeová para Israel: “Quando te achegares a alguma cidade a combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz, e te abrir, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá” (Dt.20:10-11). Jeová é escravagista, porque não conhece o amor.
4) “Derrama a tua indignação sobre as nações que não te conhecem, e sobre as gerações que não invocam o teu nome” (Jr.10:25). Quem não conhece a Jeová, não escapa da sua fúria, porque ele não conhece o amor: “Vi Jeová que estava em pé sobre o altar, e me disse: Fere o capitel e estremeçam os umbrais, e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu matarei à espada até o último deles; o que fugir dentre eles não escapará, nem o que escapar dentre eles se salvará. Ainda que cavem até ao inferno, a minha mão os tirará dali; e se subirem ao céu, dali os farei descer. E se se esconderem no cume do Carmelo, buscá-los-ei, e dali os tirarei; e se se ocultarem aos meus olhos no fundo do mar, ali darei ordem à serpente, e ela os morderá. E se forem para o cativeiro diante de seus inimigos, ali darei ordem para que os mate; e eu porei os meus olhos sobre eles para o mal, e não para o bem” (Am.9:1-4).
Ministério do Novo Testamento:
Deus não se ira porque o amor é perene: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine. E ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria. A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Co.13:1-8).
“Amados, amemo-nos uns aos outros; porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1 Jo.4:7-11).
“Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo” (1 Jo.2:10). “Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1 Jo.2:11). “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois aquele que não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 Jo.4:20).
Este é o ministério do Novo Testamento, ministério do amor.
Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA