1) O Velho Testamento é o ministério das coisas visíveis e o Novo Testamento é o ministério das coisas invisíveis: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Co.4:18). Por exemplo: O Deus do Velho Testamento era visível. Vamos provar: Ele apareceu para Abraão, para Isaque e para Jacó (Ex.6:2-3). A capital do reino de Jeová é Israel. Tanta gente vai para Israel para conhecer Jerusalém, o Monte Sinai, o Monte da Caveira, o Getsêmani, o túmulo de Jesus, etc., e trazem de lá lembranças do apogeu da nação judaica, e essas lembranças são peças materiais. O templo de Salomão, todo revestido de ouro, com castiçais de ouro. O tabernáculo que se chama Santo dos Santos, tinha incensário de ouro, a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro que continha o maná: tudo visível. Jeová era visível: “E disse: Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, Jeová, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois ele vê a semelhança de Jeová” (Nm.12:6-8). “Falou mais Jeová a Moisés, e disse: Eu sou o Senhor” (Jeová no hebraico). “E eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como Deus Todo poderoso” (El Shaday no hebraico); “mas pelo meu nome, o Senhor” (Jeová no hebraico), “não lhes fui perfeitamente conhecido” (Ex.6:2-3). Por que Jeová não lhes foi perfeitamente conhecido? Porque Jeová ainda não tinha estabelecido o reino de Israel. Jeová só se deu a conhecer mais tarde, quando mandou o povo para o cativeiro babilônico. Jeová os fez passar tanta fome que comiam os filhos: “Por isso, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações. E farei em ti o que nunca fiz, e o que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações. Portanto, os pais devorarão os seus filhos no meio de ti, e os filhos devorarão os seus pais; e executarei em ti juízos” (Ez.5:8-10). Assim Jeová foi perfeitamente conhecido, mas para Abraão, Isaque e Jacó só fez promessas (Ez.5:13-17). “E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, e sobre as suas tropas e sobre os muitos povos que estiverem com ele. Assim eu me engrandecerei e me santificarei, e me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Jeová” (Ez.38:22-23). Ele só se dá a conhecer quando faz o mal; e o mal é visível.
2) Ministério invisível do Novo Testamento: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (Jo.1:18). O Deus verdadeiro está invisível em Cristo: “Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Felipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” (Jo.14:8-11). “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse” (2 Co.5:19-20).
Deus estava oculto em Cristo porque Cristo falava as palavras de Deus, e quando nós repetimos às palavras de Cristo, Deus está oculto em nós, falando: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co.5:17). Explicando melhor: Se eu estou oculto em Cristo, eu passo a ser um novo Cristo, porque eu não sou mais eu. Isto é estar em Cristo. Cristo ama através de mim. Cristo cura através de mim. Cristo fala através de mim. Este é o ministério invisível, porque Cristo está agindo através de nós. Não sou eu que apareço, é Cristo: “Não atentamos nós nas coisas que se vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Co.4:18).
Se uma pessoa é glorificada quando faz uma obra e ela aceita, Cristo não está nela. Se Cristo está em mim, só ele pode ser glorificado, porque Ele morreu por mim: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl.2:20). “Quem está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co.5:17). “Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1 Pd.3:4). Este é o homem invisível.
Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA