(588) – JEOVÁ NO BANCO DOS RÉUS 2

“Porque apregoarei o nome de Jeová; dai grandeza ao nosso Deus. Ele é a rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são. Jeová é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é” (Dt.32:3-4). “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?” (Hb.7:9-11). Os sacerdotes de Jeová são todos da tribo de Levi e Arão que foi o primeiro sacerdote ungido por Jeová, e eles ministram no templo de Jeová, fazendo sacrifícios e holocaustos.

Jesus é um sacerdote que não foi chamado por Jeová, portanto ele não faz parte do sacerdócio levítico. É por isso que Jesus anulou a lei de Jeová e deu outra lei. No evangelho de João, ele diz: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo.13:34). Um fariseu perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mt.22:34-40). Se cair um desses dois mandamentos, caiu toda a lei e os profetas.

Analisemos o segundo mandamento que é o amor ao próximo. Este mandamento é imperfeito, porque o homem é imperfeito. Um homem é vaidoso, ele ama a sua vaidade, então por amor ao próximo, ele vai ensiná-lo a ser vaidoso. Se ele é ganancioso, vai ensinar o outro a ir atrás do dinheiro, do ouro e da prata. Porque ele é ganancioso, ensinou o próximo a ir contra o mandamento de Jesus, que diz: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt.6:19). Então Jesus condenou esse mandamento e deu um novo, que diz: “Ama ao teu próximo como eu amo a ti”. A medida do amor não é o homem, mas é Jesus. É por isso que pela lei “Ninguém será justificado diante de Deus, porque pelo conhecimento da lei vem o conhecimento do pecado” (Rm.3:20). Se a lei não aperfeiçoa o homem, a lei é imperfeita.

Só pode dar uma lei imperfeita um deus imperfeito. Em Hb.7:18-19 lemos: “Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoa) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus”. Paulo diz: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros: porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm.13:8). Claro está que o amor a que Paulo se refere é o amor de Cristo. Não é o amor humano, mas o amor divino. É por isso que a lei de Jeová foi tirada do Novo Testamento.

Romanos 6:14 diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”. Se para quem não está debaixo da lei o pecado não tem domínio sobre ele, então o que está debaixo da lei, o pecado reina na vida dele. “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (1 Co.15:56).

Quem se prende à lei imperfeita de Jeová, o deus imperfeito, está condenado ao inferno, porque Paulo diz: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E, de novo, protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído. Porque nós, pelo espírito da fé, aguardamos a esperança da justiça. Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma; mas sim a fé que opera por caridade” (Gl.5:1-6). A lei imperfeita de Jeová complica a vida do cristão.

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

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