“Os que estão plantados na casa de Jeová, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes, para anunciarem que Jeová é justo. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça” (Sl.92:13-15). É fácil provar o contrário pelos textos da própria Escrituras Sagradas. Vejamos:
1) Jeová é o destruidor, pois dividiu o reino de Israel em dois, por causa do pecado do homem mais sábio que existia: SALOMÃO! A culpa é de Jeová que colocou Salomão como rei no lugar de Adonias, o legítimo sucessor do trono, e homem de caráter (1 Rs.1:5-7; 1 Cr.3:1-5). Adonias era o quarto da linhagem, mas os três primeiros morreram, e Salomão era o décimo. Adonias, filho de Hagite, era filho legítimo, e Salomão era filho da adúltera. Adonias tinha um bom caráter e Salomão era voluptuoso, luxurioso e lúbrico, pois teve mil mulheres, sendo setecentas princesas e trezentas concubinas. Salomão se tornou idólatra e andou em segmento a Astarote, deusa dos sidônios, e em seguimento a Milcom, abominação dos filhos de Amom, e a Moloque, abominação dos amonitas, onde eram queimadas vivas as crianças, e em seguimento a Quemós, abominação dos moabitas. Adonias, por outro lado, era fiel a Jeová e suas leis. Jeová deu a Salomão sabedoria do céu (1 Rs.3:12-13). Depois disse a Davi: “Tu não me edificarás casa, porque tuas mãos estão manchadas de sangue e fizestes muitas guerras. Teu filho Salomão me edificará uma casa” (1 Cr.22:8-10). Além de quebrar a lei da primogenitura (Dt.21:15-17), Jeová praticou uma terrível injustiça contra Adonias. Por outro lado, Jeová provou não conhecer o futuro, ou melhor, ele não é onisciente, e também não é o Todo poderoso, pois se fosse não permitiria que Salomão fizesse tanta loucura. Se Adonias tivesse reinado, com toda certeza o reino de Israel não teria sido destruído.
2) Não é justo que Jeová patrocine as guerras. Jeoiaquim reinava em Judá (2 Rs.23:36), e Jeová enviou contra ele as tropas dos caldeus, e as tropas dos sírios, e as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos de Amom; e os enviou contra Judá porque a queria destruir, conforme a palavra de Jeová, que falara pelo ministério dos seus servos, os profetas (2 Rs.24:2). Este ato maligno de Jeová assume cores demoníacas diante do Novo Testamento (At.14:15-16). Deus, o Pai, deixou todos os povos andar em seus próprios caminhos.
3) Não é justo que Jeová deus endureça o coração de um povo para que se levante em batalha, e seja exterminado: “Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por guerra as tomaram todas, porquanto de Jeová vinha, que os seus corações endurecessem, para saírem ao encontro de Israel na guerra, para os destruir totalmente, para se não ter piedade deles; mas para os destruir a todos, como Jeová tinha ordenado a Moisés” (Js.11:19-20).
4) Não é justo que Jeová seja inimigo de um povo que o não conhece. Jeremias, o profeta, diz: “Derrama a tua indignação sobre as nações que te não conhecem; e sobre os povos que não invocam o teu nome; porque devoraram a Jacó; devoraram-no e consumiram-no, e assolaram a sua morada” (Jr.10:25). Jeová é injusto porque Israel, isto é, Jacó, invadiu a terra de Canaã, e muitas nações não conheciam a Jeová como deus, e este envia exércitos de vespões, enxames que cobriam o céu. Esses vespões eram pretos e a sua ferroada punha fora de combate o guerreiro. Eles iam à frente de Israel para abrir caminho (Dt.7:20; Js.24:12).
Os povos de Canaã sentiam um verdadeiro terror de Israel por causa dos enxames de vespões (Dt.2:25). É o ministério da injustiça.
Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira