2 Ts. 2:11
1. Jeová fez um concerto com Israel que não é o concerto de Deus. O concerto da lei: “E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias, e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. E Moisés tomou o livro do concerto, e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que Jeová tem falado faremos, e obedeceremos. Então tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que Jeová tem feito convosco” (Ex.24:6-8). São dois concertos, o da lei e o da graça, e Paulo explica a diferença entre os dois: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos; um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). “Mas que diz a Escritura? Lança fora o filho da escrava, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl.4:30-31; Gn.21:9-10). O concerto da lei tem como herança a Palestina, e o concerto da graça tem como herança a Jerusalém celestial.
2. Jeová estabeleceu um sacerdócio que não era sacerdócio de Deus. O sacerdócio aarônico era imperfeito: “Se a perfeição fosse pelo sacerdócio aarônico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança da lei” (Hb.7:11-12). Pedro, disse à Igreja gentílica: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados como casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pd.2:5).
3. Jeová usou um mediador que não era o mediador de Deus Pai: “Este Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? A este enviou Jeová como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera no sarçal. Foi este que os conduzia para fora do Egito, e no mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos. Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: Jeová vosso Deus vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis. Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai” (At.7:35-38). E logo adiante, Estêvão disse: “Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes” (At.7:53). Vejamos o que diz o apóstolo Paulo: “Para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa havia sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um mediador” (Gl.3:19). As escrituras nos revelam dois mediadores. Paulo revela que há um só mediador entre Deus e os homens (1 Tm.2:5). Se há um só mediador que é Jesus Cristo, então Moisés é mediador de um deus estranho ao evangelho, e toda a sua obra não é reconhecida por Deus Pai, e no Novo Testamento o acusador é Moisés; Jesus diz: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais” (Jo.5:45).
4. A salvação com a qual Jeová salvou Israel do Egito, foi arrancá-los de uma vida de escravidão e trabalhos forçados, e humilhações que tinham no Egito, com promessa de levá-los para uma terra boa e larga, e que mana leite e mel (Ex.3:8). Esta salvação não é a salvação de Deus, mas de Satanás, pois o povo peregrinava no deserto sem água e sem comida debaixo de um sol escaldante. O povo clamou a Jeová, e este mandou fogo do céu para pará-los (Nm.11:1-2). De outra vez que o povo reclamou, Jeová atendeu e disse: “Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo colherá cada dia a sua porção” (Ex.16:4). Com o pão veio a morte. O povo com fome clamou de novo, e a fúria de Jeová tornou a acender, e enviou serpentes de fogo que matou muito povo (Nm.21:4-9). Moisés orou a Jeová, que mandou fazer uma serpente de bronze, e pendurar num pau. Quem fosse mordido olhava para a serpente e sarava. Jeová decretou a morte de todo o povo que salvou do Egito, por vingança. Vagaram no deserto por quarenta anos, até que todos morressem (Jd.5).
A salvação de Deus Pai é um ato de amor e misericórdia:
1. “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11).
2. “Porque não foi com ouro ou prata que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pd.1:18-19).
3. Palavras de Paulo: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co.15:3).
4. Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24).
5. “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20).
Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA