DEUS DESCONHECIDO 2
O apóstolo Paulo foi levado por alguns filósofos epicureus e estóicos ao areópago para ouvi-lo melhor. Paulo observou muitos santuários, pois os gregos tinham muitos deuses, e num santuário estava escrito: ‘AO DEUS DESCONHECIDO’. Então disse: “Esse Deus desconhecido, a quem vós honrais, não o conhecendo, é o que eu anuncio” (At.17:18-23).
- Jeová foi deus conhecido desde o princípio da história bíblica. Quando nasceu Enos, o neto de Adão, começou a ser invocado o nome de Jeová (Gn.4:26). Enoque, o sétimo depois de Abraão, pregava a vinda de Jeová, com os seus santos, para fazer justiça e condenar os perversos (Jd.14-15). Enoque pregou o juízo de Jeová por 300 anos (Gn.5:21-24). Depois de Enoque, Noé pregou cem anos antes do dilúvio (Gn.5:32; 7:11-12). Foram quatrocentos anos de pregação sobre o juízo de Jeová. Ninguém pode dizer que ele não era conhecido pelos antediluvianos.
- Jeová foi conhecido pelos egípcios. Primeiro porque os filhos de Jacó viveram 80 anos no Egito até a morte de José (Gn.41:46; 50:22). Foram 200 anos no Egito, se multiplicando. E também por causa das pragas. Na sétima praga Faraó disse: “Esta vez pequei; Jeová é justo, e eu e o meu povo ímpios. Orai a Jeová por mim e por meu povo” (Ex.9:27-28). Mas as pragas continuaram(Ex.12:29-36).
- Jeová foi conhecido pelos Assírios, a maior potência do mundo na época. Senaqueribe, rei da Assíria, invade Judá, e rouba 300 talentos de prata e trinta de ouro (II Rs.18:13-14). E tanto ofendeu e debochou de Ezequias e seu deus, que Jeová entrou em campo, e matou 185.000 Assírios pelo seu anjo (II Rs.19:35-37).
- Jeová foi conhecido pelos Babilônicos. Nabucodonosor, na sua soberba, mandou fazer uma estátua sua de vinte e oito metros de altura e quase seis de largura. Todos tinham que se prostrar diante da estátua ao ouvir o som da buzina, da harpa, da sambuca, do saltério e da gaita de foles. Quem não se prostrasse seria logo lançado numa fornalha de fogo ardente. Os três amigos judeus, Sadraque, Mesaque e Abdenego não se prostraram, e por isso foram lançados vivos na fornalha de fogo. O rei, com os olhos esbugalhados, viu os três amigos passeando no meio do fogo, na companhia de um quarto. Tirados da fornalha, nem um fio de cabelo estava queimado. Então Nabucodonosor fez o seguinte decreto: “Por mim é feito este decreto, pelo qual todo o povo, nação e língua, teeto: ent em um fio de cabelo tava tres vos na fornalha de fogo. o que disser blasfêmia contra o deus de Sadraque, Mesaque e Abdenego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro deus que possa livrar como este” (Dn.3:29). Este decreto foi enviado a todos os povos e reinos que estavam sob o domínio de Nabucodonosor, rei da maior potência mundial, e que destruíra o império assírio.
- Daniel gozava de grande prestígio diante de Nabucodonosor, rei da Caldéia, e Dario, rei dos Medos, que se associou a Nabucodonosor por vencer e destruir o império assírio. Constituiu 120 presidentes sobre o seu reino, e sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um deles (Dn.6:1-3). Por inveja, os príncipes e presidentes conseguiram a aprovação do rei, para que, qualquer homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou homem, pelo espaço de 30 dias, fosse lançado na cova dos leões. Daniel, mesmo sabendo disso, três vezes ao dia orava ao seu deus em voz alta. Os príncipes logo deram parte ao rei Dario, que muito a contra gosto mandou jogar Daniel na cova dos leões. O rei passou a noite em angústia, e logo cedo foi ver o que tinha acontecido, e chamou: —Daniel! — Este respondeu ao rei e disse: — O meu deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, porque viu inocência em mim. O rei mandou tirar Daniel, e ordenou que os acusadores fossem lançados na cova, eles, suas mulheres, e seus filhos, que foram estraçalhados pelas mandíbulas das feras.
“Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações, e gentes de diferentes línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada. Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o deus de Daniel; porque ele é o deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até o fim. Ele livra e salva, e opera maravilhas no céu e na terra. Ele livrou Daniel do poder dos leões” (Dn.6:19-27).
Se alguém disser que Jeová não foi conhecido no Velho Testamento, nunca leu a Bíblia. Concluímos que Jeová não é o Deus desconhecido a quem Paulo se referia. Jeová pode ser o pai da publicidade, mas não é o Pai de Jesus Cristo e nem nosso Pai.
Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira