“O endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado, e assim todo o Israel será salvo” (Rm.11:25-26). A impressão que o texto dá é que Deus, por amor dos gentios, e desejoso de salvá-los, endureceu o seu povo Israel, e depois que os gentios se salvem, então salvará também o seu povo.Jeová declara que nunca conheceu os povos gentílicos, senão só Israel (Am.3:1-2). Em Dt.14:2 Jeová declara que escolheu Israel entre todos os povos para ser seu povo próprio. Estas duas declarações chocam com o Sl.24:1 onde Jeová diz: “De Jeová é a Terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”. O Egito e Faraó não eram de Jeová. José, vendido pelos maus irmãos como escravo, acabou se tornando governador do Egito. Por ocasião de uma grande fome, José mandou buscar sua família, ao todo setenta (Gn 46:26-27). No Egito, na terra de Gosen, se multiplicaram formando um grande povo. Após a morte de José, o novo Faraó os escravizou debaixo de um jugo insuportável. Jeová então desce do céu para libertar o seu povo dos que não eram seu povo, isto é, dos egípcios. O varão escolhido foi Moisés, que recebeu poder para atormentar os egípcios com pragas, ao todo dez. Foram tão terríveis as pragas que Faraó decidiu soltar o povo, mas Jeová endurecia o coração de Faraó para retê-los. Faraó não era mau, e muitas vezes propôs deixar ir o povo. Após cada praga Moisés aparecia diante de Faraó e dizia: “Deixa ir o meu povo, para que me sirva” (Ex.7:16; 8:1) etc. Mas Jeová endurecia Faraó (Ex.4:21; 7:3; 10:27; 11:10; 14:4,17). Faraó e seu povo eram gentios. Pois Jeová os endureceu e matou por pestes, pragas, saraivas e morte de todos os primogênitos. Por último afogou no mar o exército de Faraó, e salvou o seu povo, que depois iria morrer no deserto por ter coração duro. Convêm que se diga que os gentios eram abomináveis aos olhos de Jeová por causa de seus ídolos (2 Rs.16:3). No Sl.59:8 lemos que Jeová zomba dos gentios.
Esta declaração também se choca com Jo.3:16, onde lemos que o Pai ama “de tal maneira os homens que deu o seu Filho unigênito” para salvar todos os que creem. Todos, inclui gentios e judeus, pois Deus é Deus de todos, e não somente dos judeus (Rm 3:29). Jeová, porém, era Deus só de Israel, e endureceu o coração dos egípcios para salvar o seu povo, que acabou sendo morto pelo próprio Jeová no deserto (Jd. 5; Nm.14:28-37).
Jeová começa, então, um novo processo. Endurecer seu próprio povo. Isaías, numa visão fantástica, viu Jeová num trono sublime, cercado de Serafins. Pensou que ia morrer, mas um dos Serafins tocou seus lábios com um brasa do altar e o purificou. Jeová então disse: A quem enviarei? Isaías deslumbrado, respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is.6:6-8). Isaías pensou que iria salvar o seu povo pecador (Is.6:5). Mas Jeová lhe deu a missão mais tenebrosa que ele poderia imaginar: Cegar os olhos do povo, endurecer os ouvidos para não ouvir, afim de que não se convertam do seu mau caminho (Is.6:10). Pobre Isaías, que teve de cumprir tal ordem. O povo ficou cego, surdo, e com coração de pedra (Is.43:8; Jr.6:28). Por mais que o povo clamasse a Jeová, este não os ouvia. “PORQUE, Ó JEOVÁ, NOS FAZES DESVIAR DOS TEUS CAMINHOS? PORQUE ENDURECES O NOSSO CORAÇÃO?” (Is.63:17).
A incoerência está em que Jeová endureceu o seu povo para não crer e não obedecer, e depois reclamava da dureza do coração do povo (Dt.10:16; 2 Cr.30:8-9; Sl.95:8). Mas foi o próprio Jeová quem os endureceu, e cegou os profetas para que o povo não tivesse ninguém que os esclarecesse (Is.29:10-12). Jeová afirma que a destruição do reino de Israel teve como causa a dureza de coração (2 Rs.17:14-23). Uma coisa fica bem clara: Jeová endureceu os egípcios para os matar e destruir. Depois endureceu o seu povo para os matar e destruir. Aqueles milhões de almas não tinham valor para Jeová?
Sobre a obra de endurecimento de Jeová, a Bíblia revela mais casos: Jeová aborrecia Hofni e Finéias, filhos de Eli, o sacerdote, e queria matá-los, então tapou seus ouvidos para que não ouvissem a repreensão do pai. “Não, filhos meus, porque não é boa a fama esta que ouço. Fazeis transgredir o povo de Jeová. Pecando homem contra homem, os juizes o julgarão: pecando, porém, o homem contra Jeová, quem rogará por ele? Mas não deram ouvidos a voz de seus pai, por que Jeová os queria matar” (1 Sm.2:24-25).
Jeová proibiu que algum hebreu casasse com mulheres estranhas, isto é, dos povos de Canaã (Dt.7:1-4; Js.23:12-13; Ed.9:1-2). No entanto, o espírito de Jeová impeliu Sansão para a região dos filisteus; e lá viu uma bela mulher, que lhe agradou os olhos. Em vão seu pai suplicou para que não pecasse contra a lei de Jeová (Jz.13:25; 14:1-4). O texto termina dizendo que o pai de Sansão não sabia que isto vinha de Jeová. A sensualidade de Sansão foi obra de Jeová, que lhe endureceu a cerviz.
Jeová endureceu Roboão, para que este aumentasse o jugo sobre o povo. O que Jeová queria era dividir o reino em dois, por causa do pecado de Salomão. Absurdo. Que tem a ver o povo com o pecado de Salomão? Jeová deveria colocar talvez um rei menos sábio (1 Rs.11:29-40). Neste texto, o profeta Aías, profetizou da parte de Jeová a divisão do reino. Mais tarde, Roboão, filho de Salomão, agiu estupidamente, porque a profecia tinha de ser cumprida (1 Rs.12:15). No Velho Testamento as cartas eram marcadas marcadas.
Os povos de Canaã eram todos gentios. E Jeová os endureceu para que não deixassem Israel entrar. “Porquanto de Jeová vinha, que os seus corações endurecessem, para saírem ao encontro de Israel na guerra, para os destruir totalmente, para se não ter piedade deles, como Jeová tinha ordenado a Moisés” (Js.11:20).
Quando Israel começou a entrar em Canaã, o rei Siom se opôs com seus exércitos, mas Josué os venceu matando homens, mulheres e crianças. Quem causou esta carnificina? Jeová, que endureceu o coração do rei Siom, com intuito de destruir aquela cidade (Dt.2:30-34). Qual era o objetivo de Jeová? Aterrorizar os povos em redor (Dt.2:24-25).
Jesus, certamente, mandaria um exército de missionários para salvá-los (Mc.16:15-16). Pois Jesus veio ao mundo para salvar aos pecadores (1 Tm.1:15). E Jesus afirma que essa é a vontade do Pai (Jo.6:38-40).
Jesus é contra as matanças de Jeová, o destruidor das almas. Quando Jesus ia a Jerusalém, no caminho manda os discípulos prepararem pousada. O povo daquela aldeia não quis recebê-lo. Tiago e João disseram: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como fez Elias? Jesus lhes disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Eu não vim para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc.9:51-56).
Paulo, no entanto, revela que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para não crerem no Evangelho de Jesus Cristo (2 Co.4:4). Interessante, o que Jeová fazia no Velho Testamento, o deus deste século faz hoje!
Autoria: Pastor Olavo S. Pereira
Em primeiro lugar, é importante lembrar que Faraó não era um homem inocente ou piedoso. Ele foi um ditador brutal responsável por terríveis abusos e pela opressão dos israelitas. Os faraós egípcios tinham os israelitas escravizados. O Faraó anterior, e possivelmente o mesmo Faraó em questão, ordenou que os bebês israelitas do sexo masculino fossem mortos ao nascer (Êxodo 1:16). O Faraó cujo coração Deus endureceu era um homem perverso e os egípcios que ele governou concordaram com suas más ações. Em segundo, Deus sempre quis trazer o homem à Sua presença. Levantou homens, um povo, reis e profetas na antiguidade, para revelar-se e ser revelada a Sua vontade que nunca foi opressora, pois o que Ele sempre quis foi um coração voluntário, que O servisse por amor e fé.
Em Deuteronômio 10:16 e Isaías 29:10-12, não podem ser comparados nesta questão, pois são episódios separados por centenas de anos.
A desobediência de Sanção deve-se ao fato de que Deus queria livrar o seu povo dos filisteus.
Absurda é a pergunta: “Que tem a ver o povo com o pecado de Salomão?” … tudo, pois em 1 Samuel 8: 7-19, mostra que ao escolher um homem como rei, o povo de Israel estava rejeitando a Deus como o seu Rei. Assim como as nações padecem com seus maus governantes, Israel padeceria pelos pecados dos seus reis terrenos.
No livro de Josué capítulo 11 verso 20, o endurecimento destes povos para saírem à peleja e serem destruídos, deve-se à má conduta daquelas nações que praticavam todo tipo de abominações, chegando a sacrificar seus próprios filhos em seus rituais religiosos.
Na Epístola aos Romanos capítulo 1, do verso 19 até o verso 32, mostra-nos que Deus não obriga o homem servi-Lo, Ele revela-se esperando uma resposta positiva e se esta resposta for negativa, então o ser humano fica entregue às suas paixões.
Cuidado com suas declarações, deixe o Espírito Santo ensiná-lo, para que não ocorra como os que se desviaram da verdade fechando a porta da salvação, tanto para si como para outros.
“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” Romanos 1:21
A Paz do Senhor Jesus Levimath,
Gostaria de lembrar o irmão que os governantes da terra não são sempre bonzinhos por exemplo:
Ciro o persa que em (Isaías 45:1) é declarado o messias de Jeová, foi um dos reis extremamente sanguinários.
Davi foi um rei levantado por Jeová e que foi extremamente sanguinário, tanto que não pôde edificar o templo por ter as mãos sujas de sangue.
Nabucodonosor:
Nebucadnezar, no dialeto acádico, o mais poderoso rei da Babilônia, é filho de Nabopalasar, que fundou esse império. Jeová se servia de Nabucodonosor em suas guerras, e o chamava de servo. “Eu tomarei a todas as gerações do norte, diz Jeová; como também a Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e os destruirei totalmente…” (Jr. 25:9). Esta palavra era sobre Israel. Agora Jeová vai profetizar sobre o Egito: “Eis que eu tomarei a Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras, e estenderá a sua tenda real sobre elas, e virá, e ferirá o Egito; quem para a morte, para a morte; e quem para o cativeiro, para o cativeiro” etc. (Jr. 43:10-11). Jeová usou Nabucodonosor, rei de Babilônia, o rei dos reis, com os cavalos, e com carros, e companhias, e muito povo. As suas filhas do campo ele matará à espada… (Ez. 26:7-8).
Dei o exemplo desses três reis, porém existiram muitos outros…
Porém no caso de Faraó, ele teve uma boa inclinação em permitir que o povo de Israel fosse embora, mas Jeová o endureceu e depois lançou pragas sobre ele e sobre o povo egípcio porque ele queria ser conhecido pelo mundo através da destruição do maior reino da época que era o Egito e ele mesmo diz isso:
(Êxodo 14:17-18) E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros,
E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros.
A ênfase do estudo não está em afirmar a bondade de Faraó e sim mostrar a obra de endurecimento injusta praticada por Jeová sobre um rei da época que era um gentio.
Quanto ao endurecimento do próprio povo de Israel, o tempo não pode ser um argumento válido visto que Isaías profetizou 700 anos antes de Cristo e Jesus Cristo disse ele mesmo acerca dessa profecia de Jeová sobre o povo de israel:
(Mateus 13:13-15) Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz:Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis,e, vendo, vereis, mas não percebereis.
Porque o coração deste povo está endurecido,E ouviram de mau grado com seus ouvidos,E fecharam seus olhos;Para que não vejam com os olhos,E ouçam com os ouvidos,e compreendam com o coração,e se convertam,e eu os cure.
E até hoje o povo de Israel não aceita Jesus como filho de Deus exatamente porque Deus foi revelado por Cristo na plenitude dos tempos. Se Deus o Pai já estivesse revelado ao povo de Israel, ao vir Jesus eles o aceitariam e o coroariam como rei, mas não… Crucificaram a Jesus, porque não conheceram nem a Jesus e nem a Deus:
(João 5:37-38) E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer.
E a sua palavra não permanece em vós, porque naquele que ele enviou não credes vós.
(Lucas 10:22-24) Tudo por meu Pai foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes.
Pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.
Corrigindo o irmão, o rei Salomão foi sim levantado por Jeová no lugar de Adonias que já estava quase reinando:
(1 Reis 2:15) Disse, pois, ele: Bem sabes que o reino era meu, e todo o Israel tinha posto a vista em mim para que eu viesse a reinar, contudo o reino foi transferido e veio a ser de meu irmão, porque foi feito seu pelo Senhor.
E sim Deus o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo não faz acepção de pessoas ainda que permaneçam na ignorância:
(Mateus 5:44-45)Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
(Romanos 2:11) Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
Jeová não faz a chuva cair sobre justos e injustos, portanto ele não é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:
(Amós 4:7) Além disso, retive de vós a chuva quando ainda faltavam três meses para a ceifa; e fiz que chovesse sobre uma cidade, e não chovesse sobre a outra cidade; sobre um campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, secou-se.
Que a verdade do nosso Senhor Jesus Cristo possa iluminar cada dia mais o entendimento do irmão e do restante dos cristãos espalhados pela terra:
(João 8:32) E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.