(485) – O VERBO – I

O    VERBO    1

 

João, cheio do Espírito Santo, disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:1-3). Logo à frente João diz: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo.1:14).

O primeiro ponto a analisar, é que o ‘VERBO É DEUS’. O segundo ponto, é que, quando o verbo se fez carne foi vista a glória de Deus. O terceiro ponto é que, a glória de Deus Pai só é vista na GRAÇA E NA VERDADE revelada em seu Filho unigênito.

Em seguida João diz: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo.1:17). Aqui João declara que no tempo da lei de Jeová, isto é, no tempo do Velho Testamento, não foi vista a glória de Deus, pois só foi vista quando o verbo se fez carne, e também, a glória de Deus só é vista junto com a graça e a verdade. Ao comparar a lei com a graça, João revela que na lei de Moisés, isto é, lei de Jeová, não há nenhuma verdade. E por que não há verdade na lei? Porque a lei de Jeová impõe um jugo insuportável, como lemos em Atos 15:5-11. Paulo declara também, que o concerto do Sinai, estabelecido por Jeová com Israel, só produz escravos (Gl.4:21-25). E Paulo faz outra declaração tremenda: “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê” (At.13:39). E Jesus mesmo declarou: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo.8:32).

Como Cristo liberta o pecador de todo o vício, toda escravidão, toda a dependência física, toda anormalidade, toda cegueira, todo engano; e a lei não liberta ninguém, pois impõe servidão como vimos acima, Jesus nada tem a ver com a lei de Jeová, nem com o Velho Testamento. O apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, aconselha aos cristãos, dizendo: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl.5:1). Qual servidão? A servidão da lei de Jeová; é só ler Gl.5:1-4.

Pobre povo judeu. O messias veio para eles, mas eles não o receberam, porque a graça anula a lei, e eles estavam cegos pela lei de Jeová. João assim falou: “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo.1:9-11). O temor cega. Jeová declarou que o princípio da sabedoria é o temor de Jeová (Pv.1:7; 9:10; Sl.111:10). E Jeová declarou:“Porém tão certo como eu vivo, que a glória de Jeová encherá toda a terra, e que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz na terra do Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram a minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei”   (Nm.14:21-23).

Eu pergunto: Que glória eles viram no Egito, e que sinais? Serpente engolindo serpentes, água virando sangue e morrendo os peixes, e houve podridão e fedor, pragas das rãs, praga dos piolhos, praga das moscas, praga da peste nos animais, praga da saraiva, praga dos gafanhotos, praga das trevas, praga da morte dos primogênitos. Essa glória é muito diferente da glória, da graça e da verdade, que é a glória do Pai de Jesus. As pragas do Egito revelaram a glória de Jeová; a graça e a verdade vieram do verbo encarnado, e revelaram a glória de Deus, o Pai.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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