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(582) – DEUS MUDA? 1

Só há uma passagem na Escritura Sagrada que fala da imutabilidade de Deus. Leiamos: “Porque, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho, aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento; para que, por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós” (Hb.6:17-20).

Primeiro vejamos o que é imutabilidade: É o atributo daquele que é inalterável, que não é suscetível de mudança na mente, na vontade, nas obras, nas promessas, no humor, na sua natureza, nos propósitos, etc. Sendo assim, Deus não muda. Se Jeová é Deus, Jeová não muda. Leiamos o texto da promessa de Deus a Abraão: “Então o anjo de Jeová bradou pela segunda vez desde o céu, e disse: Por mim mesmo jurei, diz Jeová: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua semente, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar, e a tua semente possuirá a porta de seus inimigos. E em tua semente serão benditas todas as famílias da terra” (Gn.22:15-18).

Vejamos agora se esta promessa, feita a Abraão com juramento, que por duas coisas imutáveis, é impossível que Deus minta:

  1.   O Deus que tratava com Abraão era Jeová (Gn.12:1, 7; 13:4).
  2.   Deus, o Pai de Jesus, nunca foi visto pelos homens. Só podemos conhecê-lo em Jesus Cristo (Jo.1:18).
  3.   Jeová é o Deus dos juramentos (Dt.6:13; Is.65:16-17). Jesus proíbe o juramento e diz que é coisa do maligno (Mt.5:33-37).
  4.   Jesus disse: “As palavras que eu lhes disse não são minhas, mas do Pai (Jo.14:10; 17:8). Quando Jesus proíbe o juramento, não é Jesus, mas o Pai.

Vamos agora provar que Jeová faz um juramento, e se faz fiador do juramento com seu próprio nome, e quebra o juramento jogando o seu nome na lama: “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, Jeová teu Deus, então Jeová fará maravilhosas as tuas pragas, e as pragas da tua semente, grandes e duradouras pragas, e enfermidades más e duradouras; e fará tornar sobre ti todos os males do Egito, de que tu tiveste temor, e se apegarão a ti. Também Jeová fará vir sobre ti toda a enfermidade e toda a praga, que não estão escritas no livro desta lei, até que sejas destruído, E ficareis poucos homens, em lugar de haverdes sido como as estrelas dos céus em multidão; porquanto não destes ouvidos à voz de Jeová teu deus. E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, e fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra a qual passais a possuir” (Dt.28:58-63). 

Pronto, está quebrado o juramento de Jeová a Abraão, e aos Hebreus. Querem uma prova visível? A promessa a Abraão não se cumpriu. Hoje, sobre a terra, espalhados, são quatorze milhões de judeus, com mais quatro milhões que habitam em Israel perfazem dezoito milhões enquanto que os árabes perfazem um bilhão e trezentos milhões. Sendo assim os árabes são como as estrelas do céu e os judeus como gatos pingados. E os árabes estão procurando fabricar armas nucleares, e são inimigos mortais de Israel desde o nascimento (Gn.16:1-12).

As escrituras declaram que não há um justo, nem um sequer (Sl.14:1-3; Rm.3:10). Paulo declara que Deus é verdadeiro e todo homem é mentirosos (Rm.3:4).

Ora, Jeová fez concerto com Israel (Ex.24:1-8). Claro que ao fazer concerto com Israel, condenava-o à extinção, porque o homem é carne, e carne é corrupção (1 Co.15:50). O que nos assombra é Jeová ter mentido a Abraão, pois sabia que Israel ia cair.

Portanto Jeová não é imutável pois quebrou o juramento 400 anos depois. Portanto Jeová mentiu, mas Deus o Pai não muda.

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(581) – A OPERAÇÃO DO ERRO 2

2 Ts. 2:11

1.   Jeová fez um concerto com Israel que não é o concerto de Deus. O concerto da lei: “E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias, e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. E Moisés tomou o livro do concerto, e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que Jeová tem falado faremos, e obedeceremos. Então tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que Jeová tem feito convosco” (Ex.24:6-8). São dois concertos, o da lei e o da graça, e Paulo explica a diferença entre os dois: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos; um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). “Mas que diz a Escritura? Lança fora o filho da escrava, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl.4:30-31; Gn.21:9-10). O concerto da lei tem como herança a Palestina, e o concerto da graça tem como herança a Jerusalém celestial.

2.  Jeová estabeleceu um sacerdócio que não era sacerdócio de Deus. O sacerdócio aarônico era imperfeito: “Se a perfeição fosse pelo sacerdócio aarônico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz mudança da lei” (Hb.7:11-12). Pedro, disse à Igreja gentílica: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados como casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pd.2:5).

3.   Jeová usou um mediador que não era o mediador de Deus Pai: “Este Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? A este enviou Jeová como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera no sarçal. Foi este que os conduzia para fora do Egito, e no mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos. Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: Jeová vosso Deus vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis. Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai” (At.7:35-38). E logo adiante, Estêvão disse: “Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes” (At.7:53). Vejamos o que diz o apóstolo Paulo: “Para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa havia sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um mediador” (Gl.3:19). As escrituras nos revelam dois mediadores. Paulo revela que há um só mediador entre Deus e os homens (1 Tm.2:5). Se há um só mediador que é Jesus Cristo, então Moisés é mediador de um deus estranho ao evangelho, e toda a sua obra não é reconhecida por Deus Pai, e no Novo Testamento o acusador é Moisés; Jesus diz: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais” (Jo.5:45).

4.   A salvação com a qual Jeová salvou Israel do Egito, foi arrancá-los de uma vida de escravidão e trabalhos forçados, e humilhações que tinham no Egito, com promessa de levá-los para uma terra boa e larga, e que mana leite e mel (Ex.3:8). Esta salvação não é a salvação de Deus, mas de Satanás, pois o povo peregrinava no deserto sem água e sem comida debaixo de um sol escaldante. O povo clamou a Jeová, e este mandou fogo do céu para pará-los (Nm.11:1-2). De outra vez que o povo reclamou, Jeová atendeu e disse: “Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo colherá cada dia a sua porção” (Ex.16:4). Com o pão veio a morte. O povo com fome clamou de novo, e a fúria de Jeová tornou a acender, e enviou serpentes de fogo que matou muito povo (Nm.21:4-9). Moisés orou a Jeová, que mandou fazer uma serpente de bronze, e pendurar num pau. Quem fosse mordido olhava para a serpente e sarava. Jeová decretou a morte de todo o povo que salvou do Egito, por vingança. Vagaram no deserto por quarenta anos, até que todos morressem (Jd.5).

A salvação de Deus Pai é um ato de amor e misericórdia:

1.  “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11).

2.  “Porque não foi com ouro ou prata que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pd.1:18-19).

3.  Palavras de Paulo: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co.15:3).

4.  Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24).

5.  “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20).

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(580) – A OPERAÇÃO DO ERRO 1


I Ts.2:11 

1)    Jeová montou um reino que não é o reino de Deus no monte Sinai: “E vós me sereis um reino sacerdotal e um povo santo” (Ex.19:6). Mil seiscentos e cinquenta anos depois Jesus desceu do céu, e disse: “Meu reino não é deste mundo” (Jo.18:36).

2)   O povo do reino de Jeová é feito de carne e sangue, porém Paulo disse: “A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (1 Co.15:50).

3)    O povo do reino de Jeová foi formado de semente imunda, pois Moisés disse: “E também o homem, quando sair dele a semente da cópula, toda a sua carne lavará com água, e ficará imundo até à tarde. E também a mulher, com quem homem se deitar com semente da cópula, ambos se banharão com água, e serão imundos até a tarde” (Lv.15:16-18). Mas Pedro diz para quem quer entrar no reino de Deus: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” (1 Pd.1:23).

4)    Um jovem que queria seguir a Jesus, disse-lhe: “Senhor, deixa que primeiro vá sepultar o meu pai. Jesus, respondeu, dizendo: Segue-me tu, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt.8:21-22). E Jesus disse-lhe mais: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24). O reino de Jeová é constituído de mortos. O apóstolo Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm.5:12). “Assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Co.15:22). Jesus Cristo declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isso?” (Jo.11:25-26).

5)    Jeová usa no seu reino valores que não são verdadeiros. Ele disse: “Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Jeová dos Exércitos” (Ag.2:8). Nas guerras Jeová entregava os reinos na mão de Israel. Nos saques criminosos, o ouro e a prata iam para os tesouros de Jeová (Dt.2:30-35; Js.6:19). Jeová disse: “A bênção de Jeová é que enriquece, e não acrescenta dores” (Pv.10:22). Jeová deu riqueza e glória a Davi (1 Cr.29:26-28), a Salomão (1 Rs.3:13), ao rei Ezequias (2 Cr.32:27), a Nabucodonosor (Dn.4:36-37). Jesus Cristo mudou os valores, dizendo: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça e nem a ferrugem consomem, e nem os ladrões minam nem roubam” (Mt.6:19-20).

6)    Jeová estabeleceu uma lei que não é a lei de Deus: os dez mandamentos (Ex.20:1-17). Jesus estabeleceu outra: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo.13:34). Paulo diz: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (1 Co.15:56). “Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm.7:5). Deus, o Pai de Jesus, decretou a graça, anulando o efeito mortal da lei: “A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11). E Paulo diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm.6:14). A lei dada por Jeová só atrapalhou: “Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade. (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou)” (Hb.7:18-19).

7)    Jeová edificou um templo, que não é o templo de Deus, para nele habitar: “Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Jeová, aparelhaste para tua habitação, no santuário, ó Jeová, que as tuas mãos estabeleceram. Jeová reinará eterna e perpetuamente” (Ex.15:17-18). Vejamos o que diz o Novo Testamento: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, não habita em templos feitos por mãos de homens” (At.17:24). O templo onde Deus quer habitar é o templo do nosso corpo: “Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co.6:19-20).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

 

(579) – DOIS MINISTÉRIOS 26

O ministério do Velho Testamento conflita com o ministério do Novo Testamento (1 Co.3:7-9).

1.  O ministério do Velho Testamento foi o ministério da acusação, pois Jesus disse: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais” (Jo.5:45). O Novo Testamento é o ministério da defesa e da reconciliação. João diz: “Meus filhinhos, não pequeis; e, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo.2:1).

2.  O Velho Testamento era o ministério da condenação e da morte: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que houver feito não se fará memória. Na sua transgressão com que transgrediu, morrerá” (Ez.18:24). No ministério do Novo Testamento, Deus, o Pai, decretou a graça: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11).

3.  O Velho Testamento foi o ministério da servidão: “Vendo, pois, Jeová que se humilhavam, veio a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor não se derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque, rei do Egito. Porem serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra” (2 Cr.12:7-8). Jesus, porÉm, disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo.8:32).

4.  O Velho Testamento é o ministério da escravidão, pois Paulo diz: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos, um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). Jesus Cristo nos liberta e nos faz membros da Jerusalém celestial (Jo.8:36).

5.  O ministério do Velho Testamento é o ministério da tirania, pois Ezequiel diz: “Vivo eu, diz o senhor Jeová, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós” (Ez.20:33). Mas, no Novo Testamento, Paulo diz: “Dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl.1:12-13).

6.  O ministério do Velho Testamento é o ministério no qual Satanás tem ascendência sobre o deus, que entrega os justos e santos ao próprio Satanás para prová-lo e torturá-lo como se fosse ladrão (Jo.1:6-12). Jesus, em contrário, nos dá poder para pisar a cabeça de Satanás, pois Paulo diz: “E o Deus da paz em breve esmagará a cabeça de Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm.16:20).

7.  No ministério do Velho Testamento, Jeová entrega os israelitas aos desejos de seus corações, para cometerem todo tipo de torpeza (Sl.81:11-12; Rm.1:26-29). Glória a Deus, que nos liberta das paixões pecaminosas e dos vícios, tornando-nos criaturas. Paulo diz: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm.6:16-18).

8.  O Velho Testamento é o ministério da condenação, pois Paulo diz: “Porque se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça” (2 Co.3:9). O apóstolo dos gentios fala mais uma vez: “Porque para mim, tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm.8:18).

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

 

(578) – DOIS MARIDOS

 

Paulo conheceu dois Cristos: Um segundo a carne e o outro segundo o Espírito.

O Cristo segundo a carne era o messias de Israel: “Varões irmãos seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono” (At.2:29-30). 

Paulo faz a seguinte referência sobre Cristo segundo a carne: “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, contudo agora já o não conhecemos desse modo” (2 Co.5:16).

O Cristo segundo a carne era o Cristo que sentia fome e sede, e que temia a morte (Hb.5:7), era o Cristo que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb.4:15).

Pois este Cristo segundo a carne, que Paulo não conhece mais, foi o Cristo prometido a Israel por Jeová (Rm.9:4-5). Quando Paulo fala segundo a carne, ele fala do Israel segundo a carne, fala da descendência carnal de Davi: “Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei a meu servo Davi: A sua descendência estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração” (Sl.89:3-4). Logo na frente, ele repete: “Conservarei para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias do céu” (Sl.89:29). E continua, dizendo: “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim. Será estabelecido para sempre como a lua; e a testemunha no céu é fiel” (Sl.89:34-37).

Jesus é descendente direto de Davi (Mt.1:1-16). E Jesus deveria ter casado e gerado filhos para dar sequência à descendência real. Mas Jesus não casou e não teve descendência carnal. Em Jesus Cristo acabaram as promessas e concertos a Davi. Pois Lucas diz: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele” (Lc.16:16).

Jesus Cristo durante os 33 anos que viveu neste mundo em carne, foi espiritualmente casado com Israel e a lei, por isso João Batista disse: “Vós me sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois este meu gozo está cumprido. É necessário que ele cresça, e eu diminua” (Jo.3:28-30). 

Se Cristo casasse com a Igreja, sendo já casado com Israel como Messias, segundo a carne, seria bígamo, e uniria o corpo espiritual da Igreja, com o corpo carnal de Israel. Só a morte para desfazer a confusão.

Quando Cristo foi crucificado, morreu para a lei e o Velho Testamento, e Paulo diz alegoricamente: “Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive. Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei, mas morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será adúltera, se for de outro marido. Assim meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais dE outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos” (Rm.7:1-4). 

Conclusões a que chegamos:

1.  Ninguém que está debaixo da lei dá fruto para Deus, o Pai. Dá fruto para quem? Para a morte.

2.  Cristo morrendo na cruz nos livra da servidão da lei. Estamos livres.

3.  Não damos mais fruto para a morte (Rm.7:5). Para dar frutos para Deus, o Pai, temos que nos desvencilhar da lei de Jeová, pois ela é contra nós (Ne.9:34; Dt.31:26).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

 

(577) – AS DUAS CRIAÇÕES 2

Citaremos as palavras do apóstolo Paulo, que diz: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou, para que andássemos nelas” (Ef.2:10). Paulo, neste texto, está revelando que há duas criações. A primeira está relatada no livro de Gênesis 1:26-28. Neste texto lemos que o homem e a mulher foram criados à imagem dos deuses, porque a palavra Eloim, no hebraico, está no plural (deuses). A mulher criada à imagem dos deuses caiu no conto da serpente, e o homem caiu com ela (Gn.3:1-6). O homem criado em Jesus Cristo não peca, e por que não peca? Porque não foi criado por Jesus Cristo, mas foi criado em Cristo. Qual a diferença? A diferença é que Jesus Cristo criou-o sozinho, o homem que vai fazer as obras de Deus Pai (Ef.2:10). E os deuses que criaram Adão, disseram: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn.1:26). Quando Adão caiu, um deles disse: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal” (Gn.3:22). Este texto deixa claro que um Deus sabia o bem e o mal, e o outro não, logo não havia unidade entre eles.

A segunda coisa que devemos notar no texto de Ef.2:10 é que, os criados por Jesus Cristo são os que fazem parte da segunda criação, e Deus prepara as obras boas para que essas novas criaturas andem nelas; e na primeira criação os deuses puseram a árvore da ciência do bem e do mal ao alcance do homem, mas proibiram que tocasse nela. O homem, incitado pela serpente, comeu o fruto maldito, e desde então, faz o bem ou o mal a seu arbítrio. Aqui está a diferença: Os da primeira criação fazem as obras da árvore do bem e do mal, e os da segunda criação fazem as obras preparadas pelo Deus Pai.

No Velho Testamento não havia obras boas de Deus, porque essas obras boas só surgiram pela mediação de Cristo (Ef.2:10). E Paulo declarou: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm.7:18-19). Davi escreveu o seguinte num salmo: “Jeová olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl.14:2-3).

Para que não fique dúvida sobre o assunto, Davi repetiu estes versos em Sl.53:2-3. E o apóstolo Paulo confirma o que Davi disse: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há sequer um” (Rm.3:10-12). E Paulo diz mais: “Porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” (Rm.3:23).

E os profetas, eles não fizeram também a obra de Deus? Como lemos por Moisés, o maior profeta (Dt.34:10): Moisés levantou a vara de Jeová para o céu, e houve trevas totais por três dias (Ex.10:21-23). Porém o Novo Testamento diz: “Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” (1 Jo.1:5). As trevas que vieram de Moisés não vieram de Deus. Jesus afirma que ele não acusa os cristãos diante do Pai; quem acusa é Moisés (Jo.5:45). Jeremias, o profeta, lançava maldições terríveis (Jr.18:18-23). Ezequiel transmite o recado de Jeová, dizendo: “Quando eu enviar as terríveis flechas da fome contra eles para sua destruição, então aumentarei a fome sobre vós, e tornarei instável o sustento do pão” (Ez.5:16). “As mãos das mulheres piedosas coseram seus próprios filhos; serviram-lhe de alimento na destruição da filha do meu povo” (Lm.4:10). “Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa beneficência é como a nuvem da manhã, e como o orvalho da madrugada, que cedo passa. Por isso os abati pelos profetas; pelas palavras da minha boca os matei” (Os.6:4-5).

Jesus virou a mesa, e Paulo então diz: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co.5:21). “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef.2:10).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(576) – AS DUAS CRIACÕES 1

1.  As Escrituras narram a primeira criação em Gn.1:1-31; 2:1-3. Esta criação inclui o abismo: “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn.1:2). As Escrituras Sagradas explicam o que é abismo: “Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo” (Pv.8:27-28). “Lançou os fundamentos da terra para que não vacile em tempo algum. Tu a cobres com o abismo, como com de um vestido; as águas estavam sobre os montes” (Sl.104:5-6). “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, na banda dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo; e, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Is.14:13-15). Ficamos sabendo que a terra onde vivemos é o abismo, com paisagens tão belas ao entardecer, com flores perfumadas, com pássaros cantores, com árvores frutíferas, mas um abismo medonho, que é a prisão de Satanás (Ap.20:1-3). Vejamos agora o que Paulo diz: “Mas a justiça que é pela fé, diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? isto é, a trazer do alto a Cristo? Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)?” (Rm.10:6-7).

  • Nesta criação reina a morte e reinam pestes, pragas e enfermidades malignas (Dt.28:59-63).
  • Nesta criação impera a injustiça, opressão, o mal e os demônios (2 Pd.3:13; Rm.3:23; 7:19).
  • Na primeira criação imperam as trevas (Jo.3:19).

2.  Jeová declara ser o autor da primeira criação: “Assim diz Deus, Jeová, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra, e a tudo o quanto produz; e dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela” (Is.42:5). Jeová repete muitas vezes que foi o autor da criação (Is.45:12; Zc.12:1; Jr.27:5). Os homens desta primeira criação se corromperam; e então Jeová disse: “E viu Jeová que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se Jeová de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. E disse Jeová: Destruirei de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave do céu; porque me arrependo de os haver feito” (Gn.6:5-7). E Jeová destruiu tudo no dilúvio.

3.  Jeová então declara que vai fazer uma nova criação: “Porque, eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas vós folgareis e exultareis no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo gozo. E folgarei em Jerusalém, e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor” (Is.65:17-19). Mas haverá velhos; o mancebo morrerá de cem anos;” mas haverá pecado; “o pecador de cem anos será amaldiçoado”. No suor do seu rosto comerão o seu pão, e o pó será a comida da serpente (Is.65:25; Gn.3:14). Enfim, nada vai ser diferente da primeira criação, pois haverá pecado, morte, maldição; todos comerão pão com o suor do rosto, e por ser comida da serpente; tudo será velho na segunda criação.

4.  A segunda criação de Jeová difere da segunda criação feita por Jesus Cristo. Vejamos:

  • Não haverá mais maldição, pois Cristo nos resgatou das maldições de Jeová na cruz (Gl.3:13).
  • Não haverá mais pecado porque fomos libertados do pecado e do diabo (Rm.6:18; 1 Jo.3:8).
  • Não haverá mais morte porque Cristo nos deu a vida eterna (Jo.3:33).
  • Não haverá mais fome, nem sede, nem serão molestados pelo sol (Ap.7:16).
  • Deus limpará dos seus olhos toda lágrima (Ap.7:17).
  • Não haverá mais pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram (Ap.21:4).
  • “A nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Fp.3:20-21).

A segunda criação de Jeová, se comparada à criação de Cristo, pode ser comparada ao inferno, pois tem até a serpente, isto é, Satanás, para devorar a as almas e a carne dos pobres condenados (Is.65:25). Escolha rápido meu irmão, e saia das garras do leão devorador (Os.13:6-8).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(575) – ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS 2

Que é associação de idéias? É descobrir quem é o autor do mal, antes de ter provas de autoria. Vejamos:

1.   Qualquer leitor da Bíblia pode afirmar com segurança absoluta que todo mal, por mais monstruoso que seja, nasce no coração tenebroso de Jeová, pois ele mesmo declarou: “Bramará o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no covil a sua voz, se nada tiver apanhado? Cairá a ave no laço em terra, se não houver laço para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma coisa? Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e Jeová não o terá feito?” (Am.3:4-6). Este texto sagrado está dizendo que quem prepara a comida para Satanás é Jeová. Foi ele que pôs Adão e Eva no Jardim do Éden para serem devorados pelo leão (1 Pd.5:8). É Jeová que arma laços para pegar as aves. E seja qual for o mal que sucede à cidade, por mais monstruoso que seja, Jeová é o autor (Am.3:6). Todos pensam que é Satanás, mas não é.

2.   Onde você ver maldições, lembra logo de Jeová, pois ele disse: “Será porem que, se não deres ouvidos à voz de Jeová teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então sobre ti virão todas estas maldições, e te alcançarão: Maldito serás na cidade e maldito serás no campo, maldito será o teu cesto e a tua amassadeira, maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e a criação das tuas vacas e os rebanhos das tuas ovelhas, e maldito serás ao entrares, e maldito ao saíres …” e por aí vão centenas de maldições, as mais escabrosas (Dt.28:15-68). E no livro de Provérbios lemos: “A maldição de Jeová habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos ele abençoará” (Pv.3:33). Mas devemos dar glória a Jesus Cristo, que nos resgatou das maldições da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl.3:13).

3.   Onde você ouve falar de servidão, lembra logo de Jeová, pois disse: “Se humilharam os príncipes de Israel, e o rei, e disseram: Jeová é justo. Vendo, pois, Jeová que se humilhavam, veio, pois a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor não se derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque. Porem serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão, e a servidão dos reinos da terra” (2 Cr.12:6-8).

4.   Quem olha para Jeová, olha para a morte, pois ele mesmo disse a Moisés, quando este pediu para ver a sua glória: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Ex.33:18-20). E por que? Jeová é o deus dos mortos. Ele estabeleceu uma lei, que, se um homem morresse sem deixar filhos, o irmão mais novo entraria à viúva, e o primeiro filho varão que ele tivesse seria filho do defunto (Dt.25:5-10). Jesus falou dessa lei em Lc.20:27-38.

5.   Jeová não conheceu o amor, pois disse a Satanás: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1:8). Satanás respondeu: “Porventura não o cercaste tu de bens a ele e a sua casa e a tudo o quanto tem? Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!” (Jó 1:9-11). Jeová, que não conhecia o amor, pois se conhecesse diria a Satã: “Jó é fiel a mim por amor”, mas em contrário disse: “Está na tua mão tudo quanto tem, só não toques nele”. Satanás saiu espumando de alegria, e matou, para começar os dez filhos de Jó. Jeová ficou impassível, pois, não conhecia o amor, não amava os dez filhos de Jó. Mas Jó, inflamado pelo amor de seu grande deus, disse, com o coração despedaçado: “Jeová deu, Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová” (Jó.1:21).

Jó não conhecia o Deus de amor revelado por Jesus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(574) – DEUS IMORAL 2

Vejamos o que Jeová projetava para Israel no futuro: 

  1. Jeová prometeu levá-los para um lugar paradisíaco, terra boa e larga, terra que mana leite e mel (Ex.3:8).
  2. O projeto para Israel: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz” (Is.43:7).
  3.  “Vós me sereis um reino sacerdotal e um povo santo” (Ex.19:6).
  4. Jeová adotou Israel como filho; ele disse: “Israel é meu filho, meu primogênito” (Ex.4:22).
  5. A terra de Canaã, que hoje é a Palestina, era habitada por sete povos, bárbaros, cruéis e corruptos, todos sodomitas. Seus costumes depravados estão em Lv.18:22-28.
  6. Jeová prometeu lançar fora os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete povos mais numerosos e mais poderosos do que Israel (Dt.7:1).
  7. Mas Jeová não cumpriu a sua promessa, alegando que Israel não cumpriu a sua parte (Jz.2:1-3). Mas as promessas de Jeová não foram condicionais (Ex.33:2; 34:24).
  8. Não lançando fora as nações sodomitas, pôs em risco o reino sacerdotal e a nação santa. Dessa forma o profeta Habacuque mentiu quando disse: “Tu és tão puro de olhos que não podes ver o mal, e a vexação não podes contemplar” (Hc.1:13). Deixando as nações corruptas e sodomitas em Canaã, todos os dias Jeová contemplava as crianças israelitas sendo ensinadas na pederastia, nos pensamentos deletérios, nas práticas imorais e imundas, e dizendo: Esta obra é minha, eu sou Jeová, o santo de Israel (Sl.33:13-15).

Vejamos o que aconteceu, logo depois que o povo de Israel começou a conviver com os cananeus:

  1.  “Estas são as nações que Jeová deixou ficar na terra: Cinco príncipes dos filisteus e todos os cananeus, e sidônios, e heveus, que habitavam nas montanhas do Líbano, desde o monte de Baal-Hermom, até a entrada de Hamate. Estes, pois ficaram para por eles provar a Israel, para saber se dariam ouvidos aos mandamentos de Jeová, que tinha ordenado a seus pais pelo ministério de Moisés. Habitando, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus, e amorreus, e perizeus, e heveus, e jebuseus, tomaram suas filhas para si por mulheres, e deram aos filhos deles as suas filhas, e serviram a seus deuses. E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos de Jeová, e se esqueceram de Jeová seu deus, e serviram aos Baalins e a Astarote. Então a ira de Jeová se acendeu contra Israel, e ele os vendeu em mão de Cusã-Risataim, rei de Mesopotâmia. E os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim por oito anos” (Jz.3:3-8). Convivendo com os cananeus como amigos, sendo entregues como escravos são pisados e postos em trabalhos forçados. O profeta Jeremias diz: “Forçaram as mulheres em Sião, e as virgens nas cidades de Judá” (Lm.5:10-11).
  2. Jeová levantou a Otniel que libertou Israel da mão de Cusã-Risataim, e julgou Israel 40 anos (Jz.3:11). Mas os filhos de Israel voltaram a fazer o que era mal aos olhos de Jeová, que os vendeu na mão dos moabitas, amonitas e amalequitas por 18 anos de sodomia (Jz.3:12-14). O jugo era muito forte e os filhos de Israel clamaram a Jeová; e ele levantou a Eude, filho de Gera. Este foi até Eglom, rei dos moabitas e lhe cravou a espada, e fugiu. A terra sossegou 80 anos (Jz.3:30).
  3. Israel tornou a se entregar ao vício depois que Eude morreu, e Jeová os entregou na mão de Jabim, rei de Canaã; e Sisera era o capitão do seu exército. Por vinte anos foram oprimidos violentamente (Jz.4:1-3). Nesse tempo, a profetisa Débora, mulher de Lapidote julgava Israel. Jeová levantou Débora, e com 10.000 homens subiu contra Sisera, e o venceu. Este fugiu a pé, e cansado adormeceu. Então Jael, mulher de Heber lhe cravou uma estaca na fronte com um martelo. Assim Jabim, rei de Canaã, foi vencido. A terra sossegou quarenta anos (Jz.5:32).
  4. Depois veio a servidão sob os midianitas por sete anos (Jz.6:1). Gideão venceu os midianitas com 300 homens selecionados. Após a morte de Gideão, Israel voltou a servir e adorar a Baal (Jz.8:33).
  5. E tornaram os filhos de Israel a servir os Baalins, e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sidom, e aos deuses de Moabe, e aos deuses dos filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus, e deixaram a Jeová, que cheio de furor os vendeu na mão dos filisteu, e dos filhos de Amom. Eles oprimiram e vexaram a Israel por 18 anos (Jz.10:1-8).
  6. E tornaram os filhos de Israel a praticar as abominações dos deuses pagãos, e Jeová os entregou na mão dos filisteus por mais quarenta anos. Jeová levantou Sansão para libertá-los (Jz.13:1; 14:1-4). Foram sete cativeiros num total de 110 anos de escola de sodomia. Ora, os habitantes de Canaã eram todos sodomitas (Gn.10:19). A sodomia faz parte da maldição que Noé lançou sobre Cão, seu filho mais novo, quando viu a nudez de seu pai (Gn.9:20-29). A corrupção moral dos cananeus foi tanta, que Jeová resolveu exterminá-los (Lv.18:22-28). Jeová prometeu a Israel a terra dos cananeus sodomitas (Dt.7:1; Ex.33:2; 34:24). Mas o anjo de Jeová arrumou uma forma de não expulsar os cananeus de Canaã (Jz.2:1-3). E começou o convívio com os sodomitas por mais de 400 anos. As crianças israelitas iam à escola com as crianças “sodomisadas”, foi um curso de corrupção moral de sete estágios. O primeiro durou oito anos e o último quarenta anos (Jz.3:1-8; 13:1). O povo ficou tão marcado pela sodomia, que mil anos mais tarde Jeová chama Samaria de Sodoma, e Judá de Gomorra (Is.1:9-10).

Como podemos chamar este deus de Pai? Este não é o Pai de Jesus Cristo, nem nosso Pai.

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(573) – MINISTÉRIO DA INJUSTIÇA 2

O apóstolo Pedro diz: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pd.3:13). Sabem o que Pedro está dizendo? Que neste mundo em que vivemos não há justiça. A história da humanidade é a história da cobiça e das guerras. Os povos mais fortes fazem guerra aos mais fracos, saqueiam suas cidades, escravizam os homens para trabalhos forçados, e tomam suas mulheres. Os povos mais ricos exploram os mais pobres. A história do povo de Israel, que era o povo escolhido por Jeová, o deus de Israel, não foi diferente. Josué e seu exército tomaram Canaã pela guerra. Jeová, o Senhor dos exércitos, era quem comandava essas guerras injustas (Js.11:18-20). Os saques, isto é, os assaltos e roubos eram ordenados por Jeová, o deus do ouro e da prata (Dt.2:30-35).

Do ponto de vista natural, há justiça neste mundo? Um nasce perfeito, outro nasce aleijado; um nasce livre, outro nasce escravo. Vejamos o que diz a Sagrada Escritura: “Jeová é o que tira a vida, e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela; Jeová empobrece e enriquece; abaixa e também exalta; levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer assentar no trono da glória; porque de Jeová são os alicerces da terra, e assentou sobre elas o mundo” (1 Sm.2:6-8). “Disse-lhe Jeová: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, Jeová?” (Ex.4:11). “O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez Jeová” (Pv.22:2). “O pobre e o usurário se encontraram, e Jeová alumia os olhos de ambos” (Pv.29:13). “Jeová fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio para o dia do mal” (Pv.16:4).

Descobrimos finalmente a fonte de toda a injustiça do Velho Testamento. A fonte é Jeová.

Quando Pedro diz que nós, pela fé, aguardamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça, Pedro está dizendo que neste céu não há justiça também. Isso quer dizer que no universo inteiro não há justiça; e é fácil provar essa verdade: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou; na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme; e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm.8:20-22). “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão,e batalhava o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e Satanás, que engana a todo mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos com ele. E ouvi uma grande voz que dizia: Agora chegada está a salvação, e o reino do nosso Deus, e a força, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que tem pouco tempo” (Ap.12:7-12).

Primeiro foi restaurado o céu, e depois reconciliada a terra. O céu, quando Jesus subiu: “Cristo está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, as autoridades, e as potencias” (1 Pd.3:22). “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus” (Cl.1:19-20).

O ministério da justiça foi estabelecido quando Cristo fundou a Igreja, que é o seu corpo, e que vai pisar a cabeça da serpente (Rm.16:20). Paulo diz: “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a força da operação do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e domínio, e potestade e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef.1:18-23).

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(572) – MENTIRAS SAGRADAS 3

1.  Jeová faz uma declaração retumbante, de alguém que não pode ser vencido: “Eu sou Jeová; este é o meu nome; a minha glória a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Is.42:8). Mas o Todo-poderoso El Shaday não conhecia o futuro, pois declarou outra coisa: “Pois me provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-me o zelo com as suas imagens de escultura. Deus ouviu isto e se indignou, e sobremodo odiou a Israel, pelo que desamparou o seu tabernáculo em Siló, a tenda que estabelecera como morada entre os homens, e deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo. Entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança” (Sl.78:58-62). Jeová foi vencido por Bel (sol), e Milita (lua), deuses babilônicos, quando deu a sua glória ao inimigo. O fato é que mentiu, e quando deus mente, a mentira é sagrada, porque deus é soberano. Só que Jeová diz que ele não mente, e dizendo isto está mentindo (1 Sm.15:29).

O povo de Israel saiu do Egito, e 45 dias no deserto sem comer o fez murmurar, dizendo: “No Egito estávamos junto às panelas de carne, e comíamos pão até fartar. Por que nos trouxestes a este deserto para nos matardes à fome e à sede?”

2. Então disse Jeová a Moisés: “Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo sairá, e colherá a porção para cada dia, para que eu veja se anda na minha lei ou não” (Ex.16:4). No Salmo 78, lemos: E fiz chover sobre eles o maná para comerem, e lhes dei o pão do céu. Cada um comeu o pão dos anjos, e lhes deu comida em abundância” (Sl.78:24-25). Os judeus que não criam em Jesus disseram-lhe: “Que sinal operas tu para que vejamos, e creiamos em ti?” Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu pão do céu, meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu” (Jo.6:32). Temos aqui duas mentiras sagradas:

a)   Não foi Moisés que deu o maná, mas Jeová, portanto mentira sagrada.

b)  Jesus falou que ele era o verdadeiro pão do céu, portanto o maná não era o verdadeiro pão espiritual, portanto mentira sagrada.

c) Jesus falou mais: “Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu de Jeová, para que, o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre” (Jo.6:49-51).

3. “A bênção de Jeová é que enriquece, e não acrescenta dores” (Pv.10:22). Esta declaração bíblica não é verdadeira, pois Salomão, o queridinho de Jeová, orando, pediu sabedoria para governar o povo, e este respondeu: “Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias” (1 Rs.3:12-13). Jeová deu a Salomão sabedoria, riqueza e glória, e deu-lhe mil mulheres para ele gozar a vida. E as mulheres lhe corromperam o coração (1 Rs.11:1-11). E Salomão mesmo disse: “Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem Jeová se irar, cairá nela” (Pv.22:14). O próprio Jeová levantou dois adversários a Salomão, que lhe fizeram guerra por todos os seus dias (1 Rs.11:14-26).

Quem pôs o nome Salomão no filho de Davi foi o próprio Jeová, que disse: “Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor. Portanto Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias” (1 Cr.22:9). Salomão se traduz por ‘pacífico’. E Salomão nunca teve paz ou repouso; ele mesmo confessa: “Olhei para todas as obras que fizeram as minhas mãos, e também para o trabalho que eu, trabalhando tinha feito, e vi que tudo era vaidade e aflição de espírito, e vi que proveito nenhum havia debaixo do sol” (Ec.2:11). Salomão nunca teve paz. Jeová mentiu, ou não conhecia o futuro, e neste caso não é o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(571) – MENTIRAS SAGRADAS 2

Continuação do folheto “Mentiras Sagradas 1” – nº 570.

Quando dizemos mentiras divinas, são as mentiras aprovadas por Jeová deus.

5.    O rei Saul fora rejeitado por Jeová, que disse ao profeta Samuel: “Enche o teu vaso de azeite, e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita, porque entre seus filhos me tenho provido de um rei. E disse Samuel: Como irei eu? Pois ouvindo-o Saul, me matará. Então disse Jeová: Toma uma bezerra das vacas em tuas mãos, e dize: Vim para sacrificar a Jeová. E convidarás Jessé ao sacrifício, e eu te farei saber que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te disser” (1 Sm.16:1-3). Esta passagem mostra claro que Jeová ordenou a Samuel descer até a casa de Jessé ungir Davi como rei de Israel. Samuel disse a Jeová: “Eu não posso ir, pois ouvindo-o, Saul me matará. Então Jeová disse a Samuel: Toma uma bezerra das vacas, e dize: Eu vim sacrificar. E convida Jessé e os filhos para o sacrifício”. Esta vez Jeová não teve que aprovar uma mentira, pois foi ele que mandou Samuel mentir. Os seguidores de Jeová, neste caso, dizem que deus é soberano. Tudo bem, mas Paulo diz: “…em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt.1:2).

6.    Acabe era rei de Israel, mas um péssimo rei. Injusto, cruel, perseguidor, idólatra e ladrão. O profeta Elias acusava publicamente seus pecados, por isso Acabe queria matá-lo. Para piorar, Acabe tinha por mulher a Jezabel, mulher perversa, criminosa e idólatra. Josafá era rei de Judá. Um rei fiel a Deus, justo e abençoado por Deus. Ramate de Gileade era terra pertencente a Israel, e há três anos havia sido tomada pelo rei da Síria. Acabe perguntou a Josafá: “… Irás tu comigo à peleja a Ramote-Gileade? E disse Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, e o meu povo, como o teu povo, e os meus cavalos, como os teus cavalos. Disse mais Josafá ao rei de Israel: Consulta, porém, primeiro hoje a palavra do SENHOR” (1 Rs.22:5).

Então o rei de Israel ajuntou quase 400 profetas e os consultou. A resposta foi: “… Sobe que Jeová os entregará na mão do rei” (verso 6). Josafá perguntou: “Não há mais nenhum profeta? Acabe respondeu: Há um, de nome Micaías, mas só profetiza mal contra mim”. Josafá insistiu e Micaías profetizou bem de Acabe (1 Rs.22:14-15). Acabe falou, e disse: “Em nome de Jeová, fale a verdade”. Então Micaías profetizou: “Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra do SENHOR: Vi o SENHOR assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda. E disse o SENHOR: Quem induzirá Acabe, a que suba e caia em Ramote-Gileade? E um dizia desta maneira, e outro, de outra. Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do SENHOR, e disse: Eu o induzirei. E o SENHOR lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei e serei um espírito da mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás e ainda prevalecerás; sai e faze assim” (1 Rs.22:19-23). E Acabe, crendo na mentira, foi à guerra contra os sírios e morreu Jeová matou numa noite 185 mil assírios (2 Rs.19:35-37). Sem motivo, Jeová mandou a peste a Israel, e matou setenta mil homens. E agora, para matar Acabe, recorre ao expediente mais baixo e vil que existe: A MENTIRA! É um vexame divino (1 Rs.22:23).

7.      Jeová dividiu o reino de Israel em dois reinos por causa do pecado de Salomão. Roboão, filho de Salomão, ficou com a tribo de Judá e mais os levitas que ministravam no templo. Jeroboão ficou com as outras dez tribos. Jeroboão, para segurar o povo, fez dois bezerros de ouro, e pôs um em Betel, e outro em Dã. Nesses dois lugares o povo de Israel vinha sacrificar e prestar culto ao bezerro, deus egípcio. Jeová enviou um profeta moço profetizar contra o altar de Betel, e encontrou o rei Jeroboão sacrificando. O rei não gostou da profecia e arrancou da espada para matar o profeta moço, mas seu braço secou e não se movia. O rei implorou ao profeta que orasse a Jeová, e após a oração, o braço voltou ao normal. Então o rei convidou ao profeta para comer, e este respondeu: “Recebi ordens de não comer pão, não beber água, e não voltar pelo mesmo caminho. E foi-se o homem de Deus” (1 Rs.13:1-9).

Um profeta velho e da região, foi ao encontro do jovem profeta e lhe disse: “Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou pela palavra de Jeová, dizendo: Faze-o voltar contigo para tua casa, para que coma pão e beba água” (Porém, mentiu-lhe). O profeta jovem creu no profeta velho, e foi a sua casa comer pão e beber água. Estando na mesa, o profeta velho lhe disse: Foste rebelde à palavra de Jeová voltando e comendo pão. Vais morrer. O profeta moço albardou seu jumento e partiu, mas um leão o achou e o despedaçou, logo a mentira do profeta velho veio de Jeová (1 Rs.13:11-22; Jr.50:24).

Estão aí as sete mentiras que Jeová participou. Pode este ser o Deus Pai de Jesus Cristo que disse: “Eu sou o caminho, a VERDADE, e a vida…” ?

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(570) – MENTIRAS SAGRADAS 1

 

1.   Quando eu falo mentiras divinas, não me refiro ao Deus Pai revelado por Jesus Cristo, mas eu me refiro ao deus Jeová, revelado por Moisés. Abrão com sua mulher Sarai, mulher de deslumbrante beleza, foi peregrinar em Gerar, e disse a Sarai: “Fala que você é minha irmã, assim eles não me matarão por tua causa”. Abimeleque, rei de Gerar, viu Sarai, e mandou buscá-la para ser sua amante. Jeová, em sonhos, falou a Abimeleque, dizendo: “Se tocares na mulher de Abrão, morres, pois ela é mulher de profeta”. Abimeleque, apavorado, devolveu Sarai a Abrão, e disse: “Por que você não falou que ela era tua mulher?” (Gn.20:1-7). Uns anos antes, Abrão desceu ao Egito por causa de uma grande fome. Os egípcios viram a formosura de Sarai, e deram recado a Faraó, rei do Egito. Este, sabendo que ela era “irmã” de Abrão, tomou-a e ela foi sua amante por muito tempo. E de tal maneira Faraó ficou apaixonado, que encheu Abrão de presentes, pois teve ovelhas, e vacas, e jumentos, e servos, e servas, e camelos (Gn.12:10-16). No caso de Abimeleque, Jeová não concordou com a mentira, mas no caso de Faraó concordou e deixou Sarai ser contaminada. Se Jeová aprovou a mentira, é mentiroso também.

2.   Israel estava debaixo do jugo egípcio, mas se multiplicavam muito. O rei do Egito falou às parteiras, dizendo: “Quando nascerem meninas, deixai-as viver, mas se forem meninos matai-os. Mas as duas parteiras, cujos nomes eram PUÁ E SIFRÁ, temeram a deus, e deixaram os meninos viver. E os filhos de Israel mais se multiplicavam. Faraó chamou as parteiras e disse: Por que guardaste em vida dos meninos? As parteiras responderam: É que as mulheres hebréias são espertas, e quando nos chamam já tem dado à luz aos meninos. Jeová então fez bem às parteiras, e elas enriqueceram” (Ex.1:15-21). Quem apóia o mentiroso, é mentiroso também. Assim é Jeová!

3.   Depois de quarenta anos vagando pelos desertos, os filhos de Israel chegaram à terra de Canaã, em frente à cidade de Jericó. Moisés morreu, e Josué assumiu o governo, e mandou dois espias à terra de Jericó secretamente. Eles entraram na cidade até a casa de uma mulher prostituta de nome Raabe. A notícia chegou ao rei, que enviou soldados a casa de Raabe a buscar os espiões. Ela os escondeu no telhado e mentiu dizendo que eles saíram de madrugada. Os guardas se foram, e ela fez descer os espiões, e lhes disse: “Eu sei que Jeová vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e de todos os moradores desta terra; como Jeová vosso deus secou as águas do mar Vermelho quando saíeis do Egito, e como destruístes aos dois reis dos amorreus, que estavam dalém do rio Jordão. Estamos desmaiados de pavor. Agora jurai-me por Jeová, pois lhes fiz o bem, que deixareis eu e a minha família com vida. E eles juraram. Então os espias disseram: Quando entrarmos na terra, amarra este fio vermelho na tua janela. Josué e seu exército destruíram Jericó, e Raabe foi salva com sua família” (Js.2:9-18). O livro de Hebreus diz que Raabe foi salva pela fé, mas ela confessou que foi de pavor (Hb.11:31). Mas ela não deixou de ser meretriz, e Jeová passou por cima da mentira. Para Jeová os fins justificam os meios.

4.   Os gibeonitas, vendo o que Josué fizera em Jericó e em Ai, disseram: Nós vamos ser destruídos também. Então usaram de astúcia. Escolheram um grupo, colocaram sacos velhos e rotos para os jumentos, e odres de vinho velhos e cheios de remendos; nos seus pés sapatos velhos e remendados, e vestidos velhos, sujos e rasgados; nos alforjes pão velho e bolorento, e se apresentaram a Josué dizendo: Nós somos de uma terra distante. Fazei concerto conosco. Os homens de Israel responderam: Como vocês poderiam habitar no meio de nós? Então disseram: Teus servos seremos, pois viemos de uma terra distante, pois ouvimos o que Jeová, vosso deus, fez no Egito. E Josué fez concerto com eles sem consultar a Jeová. Passados três dias deste juramento foi descoberta a mentira, mas o juramento foi em nome de Jeová. Josué então lhes disse: Porquanto nos enganastes, e nós juramos em nome de Jeová, por isso não podemos voltar atrás, vós sereis malditos, e para sempre serão rachadores da nossa lenha, e tiradores da nossa água. E assim foi.Jeová aprovou o concerto e o juramento feito com os gibeonitas, baseados numa mentira (Js.9:1-23).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(569) – DEUS IMORAL? 1

Moral vem da palavra grega “Moss” e se traduz por costume. Todo mau costume é algo imoral. Deus é Deus, tem de ser um Deus moral; se for imoral, não é Deus, é demônio.

Jeová, que se declara Deus, tem de ser um ser moral; Jeová declara: “Eu formo a luz, eu crio as trevas; eu faço a paz, eu crio o mal; eu, Jeová, faço todas estas coisas” (Is.45:7). Se Jeová cria o mal e cria as trevas, ele não é Deus, porque João declara: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” (1 Jo.1:5). Melhor dizendo, o mal não faz parte de Deus, nem as trevas. Para provar que o mal e as trevas não fazem parte de Deus, João diz novamente: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo.3:19-20).

Jeová declara que é o criador do mal. Vamos mostrar, pela Escritura Sagrada, como o mal é criado:

  1. Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden nus, isto é, despidos de conhecimento, despidos de malícia e maldade; eram como crianças inocentes e puras. Havia no jardim todo tipo de árvore frutífera e boa para comida, e a árvore da vida, e a árvore do conhecimento do bem e do mal, no meio do jardim. Adão foi proibido de tocar no fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois se comesse do seu fruto, morreria (Gn.2:16-17). Em Gn.3:1 lemos: “Ora, a serpente era a mais astuta de todas as alimárias que o Jeová Deus tinha feito” (Gn.3:1). Diz a Escritura que Adão e Eva tinham os olhos fechados, isto é, estavam sem o domínio da razão. A serpente disse-lhes: “Se vocês comerem certamente não morrereis, mas sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Eva caiu na mentira da serpente, comeu o fruto proibido, deu a Adão, e ele comeu com ela. Quem é o culpado da queda de Adão? É Eva? Eva e Adão foram vítimas inocentes da mentira da serpente. Então foi a serpente a culpada? Também não. O culpado foi quem colocou a serpente junto com os inocentes. Se um pai sai de casa e deixa um ladrão para tomar conta dos filhos, ele vai ensinar as crianças a roubar e a matar. Jeová Elohim criaram o mal no momento em quem colocaram a serpente no Jardim do Éden. E a serpente é Satanás (Ap.12:9). Criar o mal é um ato imoral.
  2. Os cananeus eram todos sodomitas, e habitavam na terra de Canaã. “E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim, até Lasa” (Gn.10:19). Vamos citar as abominações dos povos de Canaã: “Com varão não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; não te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para juntar-se com ele; confusão é. Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram estas gentes que eu lanço fora de diante da vossa face” (Lv.18:22-24). Jeová prometeu lançar fora as sete nações sodomitas de Canaã (Dt.7:1; Ex.33:2; 34:24). Quando o povo entrou em Canaã, o anjo de Jeová lhes falou: “E subiu o anjo do Senhor de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco. E quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isto? Pelo que também eu disse: Não os expelirei de diante de vós; antes estarão às vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço” (Jz.2:1-3).

Ora, se Jeová declara no livro de Levíticos 18:22-29, todas as depravações dos povos cananeus, como sejam, sodomia, lesbianismo, pedofilia, bestialidade e outros, porque os deixou na terra para conviver com o povo de Israel? A resposta é óbvia: Jeová nunca teve a intenção de moralizar e santificar seus filhos. Ao deixar as sete nações sodomitas em Canaã, cometeu um ato imoral e inominável, além de mentir, pois prometeu e arrumou uma desculpa esfarrapada para não cumprir a promessa. É claro que Israel convivendo com os sodomitas ia se corromper. Se misturarmos um copo de água cristalina com um copo de água podre, a água cristalina apodrece. É o cúmulo da imoralidade.

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(568) – DEUS EM APUROS

O apóstolo João disse: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo.1:12).

O homem nascido da carne e do sangue, e da vontade do varão, é o nascido do ventre da mulher e do esperma do homem. Ora, o esperma do homem é imundo segundo a Escritura: “O homem, quando sair dele a semente da cópula, toda a sua carne lavará com água, e será imundo até à tarde” (Lv.15:16). “Também a mulher, com quem homem se deitar com semente da cópula, ambos se banharão com água, e serão imundos até à tarde” (Lv.15:18). O filho ou a filha, nascidos dessa união carnal e imunda, também é imundo, e depois de cumpridos os dias da sua purificação, por filho ou por filha, trará um cordeiro para o holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiação do pecado (Lv.12:1-6).

A semente de cópula não fica imunda porque eu sou imundo, mas eu fico imundo porque a semente de cópula sai de mim. Em última análise, o ato sexual é imundo. O remédio para anular a imundícia da semente é o matrimônio por amor. O matrimônio santifica o ato sexual. Paulo diz: “Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe, e se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe, porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido; doutra sorte os vossos filhos seriam imundos, mas agora são santos” (1 Co.7:12-14). Se houver divórcio, é porque acabou o amor, e acabando o amor, o sexo é imundo. O matrimônio santifica o ato sexual. Não precisa lavar com água à tarde (Lv.15:16-17).

Qualquer tipo de sexo, praticado fora do casamento, é imundo e criminoso, mas dentro do matrimônio é santo e abençoado, por que? Porque o matrimônio santifica o sexo.

Fica provado pelo acima dito, que, sendo o esperma imundo, e imunda a ovulação da mulher, sendo a cópula idem, é claro que os filhos nascidos da imundícia também são imundos (Lv.12:1-7).

  • Mas no Novo Testamento o casamento é santo, pois diz a Escritura: “Venerado seja entre vós o matrimônio e o leito sem mácula; PORÉM aos que se dão a prostituição, e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb.13:4).

A resposta é simples: NÃO HAVIA MATRIMÔNIO!!! Prova-se pela Escritura: Saul era rei e tinha muitas mulheres! Quando Saul morreu, Jeová deu todas elas a Davi (2 Sm.12:7-8). As mulheres deixaram de ser mulheres de Saul; agora eram mulheres de Davi, logo para Jeová não há casamento. Depois de uns anos Davi cometeu o adultério com Bat-Seba, e o homicídio de seu marido, de nome Urias, o heteu. Então Jeová pegou as mulheres que eram de Saul, e que dera a Davi, e deu a seu filho Absalão. As mulheres que eram de Saul foram dadas a Davi, e agora tira de Davi e dá para Absalão. Elas nunca foram mulheres de ninguém. São bonecas, na mão de Jeová, que devia honrá-las como viúvas (2 Sm.12:11; 16:20-23).

Na lei de Jeová está escrito que se um homem não der ouvidos a Jeová seu deus, nem guardar os seus mandamentos e os seus estatutos (Dt.28:15), então ele desposará uma mulher, e outro homem dormirá com ela, edificará uma casa, porém outro homem dormirá nela (Dt.28:30). Jeová não honra o matrimônio, não honra mulher desposada com marido, não honra as mulheres piedosas (Lm.4:10), e não honra filho de ninguém (Is.14:21), e não honra a sua palavra (Ml.2:2-3), nem seus juramentos (Dt.1:34-35).

Jeová resgata do Egito um povo com dez pragas, um povo que não conhece a graça de Cristo, um povo corrompido no Egito e idólatra, um povo que não se converteu dos pecados, que não foi lavado dos seus pecados, leva-os no monte Sinai, e diz: “Filhos sois de Jeová vosso deus”. E Jeová sabia do estado moral dos filhos de Jacó. Ele diz: “Eu sabia que obrarias muito perfidamente, e que eras prevaricador desde o ventre” (Is.48:8). E qual foi o ventre de Israel? O Egito. E Jeová os levou para o Egito, e lá ficaram se corrompendo por cem anos, no tempo de José, depois veio mais cem anos de cativeiro. Então diz: “Houve duas mulheres, filhas de uma mesma mãe. Estas prostituíram-se no Egito, prostituíram-se na sua mocidade. Ali foram apertados os seios da sua virgindade; e estas são Samaria e Jerusalém” (Ez.23:1-5). A este povo Jeová disse: “Filhos sois de Jeová vosso deus”.

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(567) – CRISTO SEGUNDO A CARNE

A Bíblia fala muito sobre o Cristo segundo a carne. Mas vamos definir quem é o “Cristo segundo a carne”. É o Cristo humano e igual a nós, exceto no espírito. É o filho do homem (Mt.17:22). É o Cristo nascido do ventre de Maria (Lc.1:34-35). O apóstolo João diz que o cristão tem de discernir o Cristo segundo a carne do Cristo segundo o Espírito. Depois de discernir, tem que confessar que Cristo veio em carne. Se não confessar está condenado. O texto diz assim: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo” (1 Jo.4:1-3).

  1. O Cristo segundo a carne é o Cristo fraco, por isso Paulo diz: “Ainda que foi crucificado por fraqueza, vive contudo pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas vivemos com ele pelo poder de Deus” (2 Co.13:4).
  2. O Cristo segundo a carne era o Cristo sujeito às tentações deste mundo. Ele disse aos seus discípulos: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações” (Lc.22:28). “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb.4:15).
  3. O Cristo segundo a carne foi o Cristo segundo as paixões da carne: ira, furor, jactância, etc.: “E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu para Jerusalém, e achou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambiadores assentados. E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou a todos fora do templo. Também os bois e as ovelhas, e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derrubou as mesas” (Jo.2:13-15).
  4. O Cristo segundo a carne era o Cristo sujeito a pecar: “Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também com este pensamento; que aquele que padeceu na carne, já cessou do pecado” (1 Pd.4:1). 
  5. O Cristo segundo a carne foi o Cristo que temia a morte pelo pecado: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto o que temia” (Hb.5:7). Davi profetizou que Jesus Cristo só sentaria no seu trono segundo a carne, isto é, sem morte e ressurreição: “Varões irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo pois ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto dos seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar no seu trono” (At.2:29-30). Que podemos entender deste texto? Que Cristo só pertenceu a Israel enquanto viveu em carne. O Cristo crucificado e ressuscitado pertence a toda humanidade.
  6. Paulo disse: “Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes, segundo a carne, que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne” (Rm.9:3-5). Neste texto Paulo declara que, por amor aos irmãos, que são israelitas, tinha de separar de Cristo, para poder ajudá-los, e dos israelitas que são os filhos, os concertos, a glória, a lei, o culto e as promessas, e Cristo segundo a carne. Ao separar de Cristo se une aos irmãos e a Cristo segundo a carne. E Paulo diz mais: “Daqui por diante a ninguém mais conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos mais desse modo” (2 Co.5:16). Segundo Paulo o Cristo ressuscitado não era mais o Cristo segundo a carne. Paulo se separava do Cristo ressuscitado para se unir ao Cristo segundo a carne. É obvio que para se unir ao Cristo ressuscitado, tem de se separar do Cristo segundo a carne. E Paulo conclui, dizendo: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus” (Rm.7:4).

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(566) – JOÃO BATISTA – I

JOÃO  BATISTA  1

 

João Batista foi um dos personagens mais importantes da Bíblia.

  1. Foi predito o seu nascimento, a sua vinda: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus” (Is. 40:3). Esta profecia está confirmada no Evangelho de Mateus 3:1-3.
  2.  Nasceu em resposta de oração: Mas o anjo lhe disse: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João” (Lc.1:13).
  3. Cheio do Espírito Santo desde o ventre: “porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc. 1:15).
  4. João Batista tinha os seus discípulos e Jesus os seus: “Houve, então, uma questão entre os discípulos de João e um judeu, acerca da purificação” (Jo.3:25). “E, quando o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João…” (Jo.4:1). Os discípulos de João não se misturavam com os de Jesus.
  5. João foi o precursor e Jesus Cristo. Ele disse: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt.3:11). Este foi o testemunho de João Pelo Evangelho de Mateus.

Vamos agora narrar o testemunho de João Batista a respeito de Jesus.

A.      “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo” (Jo.1:6-9).

B.      “No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu” (Jo.1:29-30).

C.      “E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo.1:32-34).

D.      “Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo […] (”Jo.3:28-29).

Sendo João Batista o precursor do Messias, profetizado pelo profeta Isaías, e confirmado no Novo Testamento, cheio do Espírito Santo desde o ventre da mãe, sendo enviado de Deus para testemunhar da luz verdadeira (Jo.1:6-9), e dando tantos outros testemunhos do Messias de Israel, isto é, o Cristo, porque Jesus nega o testemunho de João Batista? “Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade. Eu, porém, não recebo testemunho de homem, mas digo isso, para que vos salveis. Ele era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz. Mas eu tenho maior testemunho do que o de João, porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer;” (Jo.5:33-37). A declaração de Jesus a respeito de João Batista nos faz crer que houve dois Cristos em uma mesma pessoa. Um, que foi profetizado por Jeová e outro, que é o autor da salvação. O anjo Gabriel falou à Maria que o fruto do seu ventre iria se assentar no trono de Davi e o seu reino não teria fim (Lc.1:33). E Jesus declarou: “[…] O meu Reino não é deste mundo […]” (Jo.18:36; Hb.12:12). Cristo é o autor e consumador da fé.

 

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(565) – MINISTÉRIO DA INJUSTIÇA – I

MINISTÉRIO DA INJUSTIÇA 1

O apóstolo Pedro diz: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (II Pd.3:13). Sabem o que Pedro está dizendo? Que neste mundo em que vivemos não há justiça. A história da humanidade é a história da cobiça e das guerras. Os povos mais fortes fazem guerra aos mais fracos, saqueiam suas cidades, escravizam os homens para trabalhos forçados, e tomam suas mulheres. Os povos mais ricos exploram os mais pobres. A história do povo de Israel, que era o povo escolhido por Jeová, o deus de Israel, não foi diferente. Josué e seu exército tomaram Canaã pela guerra. Jeová, o Senhor dos exércitos, era quem comandava essas guerras injustas (Js.11:18-20). Os saques, isto é, os assaltos e roubos eram ordenados por Jeová, o deus do ouro e da prata (Dt.2:30-35).

Do ponto de vista natural, há justiça neste mundo? Um nasce perfeito, outro nasce aleijado; um nasce livre, outro nasce escravo. Vejamos o que diz a Sagrada Escritura: “Jeová é o que tira a vida, e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela; Jeová empobrece e enriquece; abaixa e também exalta; levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer assentar no trono da glória; porque de Jeová são os alicerces da terra, e assentou sobre elas o mundo” (I Sm.2:6-8). “Disse-lhe Jeová: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, Jeová?” (Ex.4:11). “O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez Jeová” (Pv.22:2). “O pobre e o usurário se encontraram, e Jeová alumia os olhos de ambos” (Pv.29:13). “Jeová fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio para o dia do mal” (Pv.16:4).

Descobrimos finalmente a fonte de toda a injustiça do Velho Testamento. A fonte é Jeová. Quando Pedro diz que nós, pela fé, aguardamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça, Pedro está dizendo que no céu não há justiça também. Isso quer dizer que no universo inteiro não há justiça; e é fácil provar essa verdade: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou; na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme; e está juntamente com dores de parto até agora” (Rm.8:20-22). “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão,e batalhava o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e Satanás, que engana a todo mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos com ele. E ouvi uma grande voz que dizia: Agora chegada está a salvação, e o reino do nosso Deus, e a força, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que tem pouco tempo” (Ap.12:7-12). Primeiro foi restaurado o céu, e depois reconciliada a terra. O céu, quando Jesus subiu:“Cristo está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, as autoridades, e as potencias” (I Pd.3:22). “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus” (Cl.1:19-20).

O ministério da justiça foi estabelecido quando Cristo fundou a Igreja, que é o seu corpo, e que vai pisar a cabeça da serpente (Rm.16:20). Paulo diz: “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a força da operação do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e domínio, e potestade e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef.1:18-23).

 

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(564) – DOIS MINISTÉRIOS – XXV

DOIS  MINISTÉRIOS  25

O Velho Testamento é o ministério da injustiça, e o Novo Testamento é o ministério da justiça. Comecemos pelo ministério da injustiça, que é o ministério de Jeová e dos anjos. É obvio que está escrito que havia justiça no Velho Testamento. Leiamos: “A tua justiça é eterna, e a tua lei é a verdade” (Sl.119:142). “Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei” (Is.51:7). Vamos ver se no ministério de Jeová havia justiça:

  1.  Não é justo que o deus Jeová cobre dos filhos a maldade dos pais: “Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais” (Is.14:21).
  2. “Moisés e Arão fizeram todas as maravilhas diante de Faraó, mas Jeová endureceu o coração de Faraó, que não deixou os filhos de Israel sair de sua terra” (Ex.11:10). Então Jeová mata a todos os primogênitos, desde o primogênito de Faraó, até os primogênitos dos cativos, e até os primogênitos dos animais (Ex.12:29). Isto é o cúmulo da injustiça. Jeová endurece o coração de Faraó, para que não deixasse o povo sair do Egito no capítulo onze de Números, e no capítulo dozemata os primogênitos do Egito, porque Faraó não deixou Israel sair do Egito? Ou melhor, Faraó queria deixar, mas Jeová, o deus sádico, endureceu o seu coração. Mas eu tenho um caso mais tenebroso:
  3. Quando Israel saiu do Egito pela mão de Moisés, os amalequitas fizeram guerra contra Israel. Quem era Amaleque? (Gn.36:12-16). Amaleque era um príncipe e neto de Esaú, filho de Isaque. Era, portanto, da linhagem de Abraão. Mas porque Amaleque fez guerra a Israel, Jeová se encheu de ódio eterno contra Amaleque, e disse: “Porquanto jurou Jeová, haverá guerra de Jeová contra Amaleque de geração em geração” (Ez.17:16). Quatrocentos e trinta anos mais tarde, quando Saul foi ungido rei sobre Israel, Jeová disse ao rei: “Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel, como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhes perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos” (I Sm.15:2-3). No exército de Saul eram duzentos e dez mil soldados(I Sm.15:4). Foram mortos a fio de espada velhos, moços, mulheres e crianças, grávidas, milhares de bebês de mama, todos inocentes. Mas onde não há amor, não há justiça nem piedade.
  4. Mas as Escrituras Sagradas narram coisas mais horripilantes. Saul, rejeitado por Jeová, estava morto há mais de trinta anos, e Davi reinava em lugar dele. Saul devia estar no inferno, pois quem lançava no inferno era Jeová (Ez.31:16-17). O mais certo é que Saul está esperando a ressurreição do juízo, conforme Jo.5:28-29. O fato é que o cruel Jeová curtia um ódio mortal contra o defunto Saul. Então Jeová teve uma idéia genial: Fez vir sobre Israel uma fome de três anos, de ano em ano. Davi foi perguntar a Jeová sobre o assunto, e Jeová disse: É por causa de Saul, e da sua casa sanguinária; porque matou os gibeonitas. Ora, os gibeonitas não eram do povo de Israel, mas faziam parte dos amorreus e cananeus, e com enganos conseguiram se unir a Israel. Davi disse aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça para resolver esta questão? Eles disseram: Dá-nos sete filhos de Saul para que os enforquemos a Jeová, e estará tudo resolvido entre nós. Davi pegou sete filhos de Saul, e os deu na mão dos gibeonitas, os quais foram enforcados em sacrifício a Jeová (II Sm.21:4-9). Depois disso, Jeová se aplacou para com a terra. Fica assim provado que não havia justiça no Velho Testamento, pois sete inocentes foram enforcados a Jeová. Essa história toda da vingança de Jeová contra o defunto de Saul está no segundo livro de Samuel, capítulo 21:1 a 14.Os gibeonitas foram fantoches na mão de Jeová.
  5. Vejamos o ministério da justiça do Novo Testamento: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm.10:4). Ora, Cristo não faz parte do sacerdócio levítico, que é o ministério da lei (Hb.7:8-14). Se o fim da lei é Cristo, para que haja justiça, a lei é o ministério da injustiça.

 

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(563) – DOIS MINISTÉRIOS – XXIV

DOIS   MINISTÉRIOS   24

  • No Velho Testamento Jeová era o cabeça. Ele mesmo declara que não havia outro deus além dele:“A ti te foi mostrado para que soubesses que o Jeová é deus; nenhum outro há senão Ele” (Dt.4:35). “Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça” (Is.44:8). “Eu sou Jeová, e não há outro; fora de mim não há deus” (Is.45:5).
  • No ministério do Novo Testamento o cabeça é Jesus Cristo. Paulo diz: “E estais perfeitos nele, que é o cabeça de todo principado e potestade” (Cl.2:10). Principados e potestades são hierarquias angelicais. Jesus Cristo é, acima de tudo, o cabeça da Igreja (Cl.1:18; Ef.1:18-23). E Paulo esclarece que Cristo é o cabeça, mas há outra cabeça acima dele, que é o Pai: “Quero que saibais que Cristo é o cabeça de todo o varão, e o varão é a cabeça da mulher; e Deus o cabeça de Cristo” (I Co.11:3). E Jeová não sabia da existência de Cristo nem do Pai, pois disse que fora dele não há deus. E disse mais: “Eu sou Jeová, e fora de mim não há salvador” (Is.43:11). Jeová nega o Pai e o Filho! No Novo Testamento são três deuses que governam o universo: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt.28:19).

Existe uma grande diferença entre os dois ministérios. O povo de Israel tinha quatro grandes inimigos no ministério do Velho Testamento, a seguir:

  1. O PRIMEIRO FOI O ANJO DE JEOVÁ: “Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho, e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira, porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele” (Ex.23:20-21). O anjo não guardou a Israel, e ainda os acusou, dizendo: “E subiu o anjo de Jeová de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco. E quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isto? Pelo que também eu disse: Não os expelirei de diante de vós; antes estarão nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão porlaço” (Jz.2:1-3). O anjo não guardou o povo de deus, e ainda os entregou a povos sodomitas.
  2.  A lei é inimiga, pois é contra o povo: “Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca do concerto de Jeová vosso deus, para que ali esteja por testemunha contra ti” (Dt.31:26).
  3. O terceiro inimigo é o espírito santo de Jeová, pois Isaias diz: “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu espírito santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is.63:10).
  4. Este inimigo é o pior, pois disse: “Este é o conselho que foi determinado contra toda esta terra; quem pois o invalidará? e a sua mão estendida está sobre todas as nações. Porque Jeová dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? e a sua mão estendida está; quem pois a fará voltar atrás?” (Is.14:26-27). Contra Israel Jeová disse: “Por isso, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, sim, eu, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações. Portanto os pais comerão os filhos, e os filhos comerão os pais; e espalharei todo o remanescente aos quatro ventos” (Ez.5:8-10). Damos mais alguns textos de lambuja (Is.23:11; Am.9:8-10; Jr.21:10).
  5. Jesus estabeleceu um novo ministério no Novo Testamento, no qual os homens todos, de todas as raças, bons e maus, justos e injustos, ricos e pobres, pecadores e santos, honestos e desonestos, responsáveis e irresponsáveis, ladrões, prostitutas, tarados, pedófilos, enfim, todos, têm quatro amigos infalíveis:
  • PRIMEIRO: JESUS CRISTO – Paulo disse: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tm.1:15).
  • SEGUNDO: DEUS, O PAI DE JESUS – Paulo disse: “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm.8:31-32).
  • TERCEIRO: O ESPÍRITO SANTO – É ele que guia nossos passos (Rm.8:14). E ele que nos enche do amor de Deus (Rm.5:5). É ele que abre os olhos do nosso entendimento (Ef.1:17-18). É ele que revela os mistérios mais profundos de Deus (I Co.2:7-10). É ele que confere dons e maravilhas para o exercício do ministério (I Co.12:7-11). É ele que opera nos cristãos uma nova natureza (I Co.6:10-11).
  • A GRAÇA: Paulo diz: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11). Que é graça? É o perdão total concedido a todos os homens pelo sacrifício de Cristo na cruz.

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(562) – AS CONCUBINAS

AS   CONCUBINAS

 

O que é uma concubina? É uma mulher secundária na era patriarcal. Era uma escrava ou uma cativa: “E se alguém vender a sua filha por serva, não sairá como saem os servos. Se desagradar aos olhos de seu senhor, e não se desposar com ela, fará que se resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, usando deslealmente com ela. Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme os direitos das filhas. Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital. E se lhe não fizer estas três coisas, sairá de graça, sem dar dinheiro” (Ex.21:7-11).

Com os cativos era diferente: “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e Jeová teu deus os entregar na tua mão, e tu deles levares prisioneiros, e tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a queiras tomar por mulher, então a trarás para a tua casa; e ela rapará a cabeça e cortará as suas unhas, e despirá o vestido do seu cativeiro, e se assentará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; e depois entrarás a ela, e tu serás seu marido, e ela será tua mulher. E será que, se te não contentares dela, a deixarás ir à sua vontade; mas de sorte nenhuma a venderás por dinheiro, nem com ela mercadejarás, pois a tens humilhado” (Dt.21:10-14).

Por estes textos ficamos sabendo a diferença de uma serva ou escrava, e uma cativa. A serva foi comprada, e a cativa foi arrancada da família, goste ou não goste. Quando o reino de Judá foi para o cativeiro babilônico no ano 587 AC, forçaram as mulheres casadas e as virgens foram violadas, porque os cativos não têm direitos (Lm.5:11).

Jacó, aconselhado por Isaque, seu pai, e fugindo se seu irmão Esaú, que queria matá-lo por ter perdido a bênção da primogenitura, foi-se para a casa de Labão, em Padã-Arã (Gn.27:41; 28:1-3). Jacó serviu a Labão por sete anos por amor de Raquel (Gn.29:20). No dia das núpcias, Labão lhe deu Léia, sua filha mais velha, dizendo: Na nossa terra a mais velha casa primeiro. Cumpre os sete dias da mais velha, e depois toma a mais nova por mais sete anos. Para a mais velha, Labão deu a sua serva Zilpa, e pela mais nova, Raquel, deu Bila por serva (Gn.29:28-29). E Léia concebeu quatro vezes, e teve quatro filhos, Rubem, Simeão, Levi e Judá. Raquel, vendo que era estéril, deu sua serva Bila para Jacó, dizendo: Entra à minha serva Bila e assim terei filhos por ela (Gn.29:32-35; 30:3). Assim Bila, serva de Raquel, deu dois filhos a Jacó: Dã e Naftali (Gn.30:6-8).

Vendo Léia que cessava de gerar, deu também sua serva Zilpa a Jacó, e Zilpa concebeu, e deu a Jacó dois filhos de nomes Gade e Aser (Gn.30:11-13). Ora, todos sabemos que Jeová fecha e abre as madres quando quer (Gn.20:17). Sendo assim, quando Jeová fechou a madre de Léia, estava forçando Léia a entregar sua serva Zilpa para ser mulher de Jacó (Gn.30:9). Depois que Zilpa concebeu duas vezes, Jeová abriu novamente a sua madre para gerar filhos. Fica assim provado que Jeová não é a favor da monogamia, mas da poligamia. Da mesma maneira, a serva de Raquel, depois que deu à luz dois filhos a Jacó, Jeová abriu a madre de Raquel, que teve dois filhos, José e Benjamim (Gn.30:22-24; 35:16-19).

Depois destas coisas, aconteceu que Rubem, o primogênito de Jacó, deitou-se com Bila, concubina de seu pai, e Israel soube-o (Gn.35:22). Por este ato abominável, Rubem perdeu a primogenitura (I Cr.5:1-2).

O que é de espantar é que Sara morreu com 127 anos. Nessa altura, Abraão tinha 137 anos, e estava muito envelhecido já aos 100 anos (Rm.4:18-19). Logo depois que Sara morreu, Abraão casou de novo com Cetura, que lhe gerou seis filhos, fora os filhos das concubinas. É até engraçado que o maior patriarca das Escrituras, aos cento e setenta e cinco anos era carnal (Gn.25:1-7). Pudera, Jeová era o deus de toda carne (Jr.32:27).

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(561) – ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS – I

ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS 1 

 

Jesus Cristo foi pregado na cruz. É impossível ver uma cruz sem pensar em JESUS. Tudo o que vamos escrever está na Bíblia, e quando lemos, por associação de idéias, lembramos de um nome. Comecemos:

  1. Onde você ouve falar de guerra, você lembra de Jeová, porque Moisés declarou: “Jeová é varão de guerra, Jeová é o seu nome” (Ex.15:3). Davi disse ao gigante Golias; “…tu vens a mim com espada, com lança e com escudo: porém eu venho a ti em nome do Senhor do Exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (I Sm.17:45) (Jeová Tzabaot). Por outro lado quando você ouve falar de paz, você lembra de JESUS (Jo.14:21).
  2. Onde você vê violência, lembra de Jeová, por que ele diz: “…porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até o mais profundo inferno, e consumirá a terra com sua novidade, e abrasará os fundamentos dos montes, males amontoarei sobre eles, as minhas setas esgotarei contra eles, exaustos serão de fome, comidos de carbúnculo e de peste amarga; entre eles enviarei dentes de feras com ardente peçonha de serpentes do pó. Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor: ao mancebo, juntamente com a virgem, assim como à criança de mama, como ao homem de cãs” (Dt.32:22-26). Mas onde você vê mansidão e humildade, lembra de Jesus Cristo (Mat.11:29).
  3.  Onde você vê escravidão, lembra de Jeová. “Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvi vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria: porque estes são dois concertos: um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). Jesus é quem liberta, pois João diz; “Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo.8:36).
  4.  Onde você vê pragas e pestes mortais, lembra-se do Egito. Jeová disse a Moisés: Tomou, pois, Moisés sua mulher e seus filhos, e os levou sobre um jumento, e tornou à terra do Egito; e Moisés tomou a vara de Deus na sua mão. E disse o Jeová a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo” (Ex.4:20-21). Jeová se deliciava com as pragas (Dt.28:59).
  5.  Onde você ouve falar de vinganças, lembra logo de Jeová, o mais vingativo que já existiu. Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo em que resvalar o seu pé; […]” (Dt.32:35). “Jeová é um deus zeloso, que toma vingança e é cheio de furor. Jeová toma vingança contra seus adversários, e guarda ira contra os seus inimigos” (Na.1:2). Jeová tomou vingança do rei Amaleque após 450 anos a sua morte, pobres dos que pagaram por isso, nem sabiam porque(Ex.17:16; I Sm.15:2-3). Tomou vingança de Saul depois de trinta anos da sua morte (II Sm.21:1-14). Que horror! Que ódio!!!

Devemos levantar as mãos para os céus e dar glória a Deus Pai, que enviou seu Filho unigênito a este mundo para fazer propiciação pelos nossos pecados, porque Deus, o Pai, quer que todos se salvem (I Tm.2:4). O apóstolo João diz: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo.1:1-2). Jesus cassou a fúria de Jeová! Os mortos podem descansar em paz!

Autoria: PASTOR OLAVO SILVEIRA PEREIRA

(560) – A CARNE E O SANGUE

A CARNE E O SANGUE

Jeová diz na sua lei: “Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma que comer sangue, eu porei a minha face, e a extirparei do seu povo. Porque a vida da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas. Portanto tenho dito aos filhos de Israel: Nenhuma alma entre vós comerá sangue” (Lv.17:10-12).

Jeová diz também: “A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis” (Gn.9:4). É claro, pois a carne está sempre impregnada de sangue.

Mas o apóstolo Paulo diz: “E agora digo isto, irmãos: Que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (I Co.15:50). Agora fala Jeová, dizendo: “Eis que eu sou Jeová, o deus de toda a carne” (Jr.32:27). É como se Jeová dissesse: ‘Eis que eu sou Jeová, o deus de toda a corrupção’ !!!

Por que a carne e o sangue são corrupção? Paulo responde: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem estas coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl.5:19-21). E Jeová, o deus de toda a carne, é o deus de todos estes excessos vergonhosos de conduta carnal.

  • João, o apóstolo, diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I Jo.2:15-17).
  • Jeová é o deus de toda a carne, e a carne é contra Deus. Vejamos: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito” (Rm.8:5). Segundo João 4:24, a carne de Jeová se opõe ao Espírito de Deus.
  • “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm.8:6).Isto casa com Rm.8:13 que diz: “Porque se viverdes segundo a carne morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis”. Se algum doutor em teologia quiser afirmar que as obras más da carne são fruto da nossa vontade corrompida, Paulo diz o contrário emEf.2:3. Somos nós que fazemos a vontade da carne como os animais irracionais (Ec.3:18-21).
  • “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser” (Rm.8:7). E Jeová é o deus de toda a carne? E Jeová declara que vai criar novos céus e nova terra, e então toda carne ira adorar perante a sua face? (Is.66:22-23). Está claro que Jeová se agrada da carne que não entra no reino de Deus. Para Jeová existe carnes santas. O profeta Jeremias disse a respeito de Israel: “Que tem o meu amado que fazer na minha casa, visto como muitos nela cometem grande abominação e as carnes santas se desviaram de ti?” (Jr.11:15).
  • “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm.8:8). Se não agrada a Deus, agrada a quem? Ao deus de toda carne e ao diabo, e ao mundo, etc.
  • “Vós porém não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm.8:9). Só pode sair da carne quem é habitado pelo Espírito Santo de Deus. Daí o Espírito Santo, depois de tirar a carne de dentro de nós, forma o Espírito de Cristo em nós, isto é, o caráter de Cristo. Como o Espírito Santo faz isto? Paulo explica: “Os que são de Cristo, crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl.5:24).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(559) – DOIS MINISTÉRIOS – XXIII

DOIS  MINISTÉRIOS  23

O CORPO DO PECADO

 

  1. “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não servirmos mais ao pecado” (Rm.6:6).

Que é corpo do pecado? Expliquemos pelas Escrituras. O apóstolo João diz: “Quem comete pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio” (I Jo.3:8). E o apóstolo Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm.5:12). Foi assim formado o corpo do pecado, isto é, se todos pecam se fazem semelhantes ao diabo. O pecado é a semente do maligno, que, ao entrar no nosso coração nos torna filhos do diabo. É por isso que João diz: “Quem comete o pecado é do diabo” (I Jo.3:8). O homem é dotado de livre arbítrio, isto é, o homem só faz o que quer e só peca quando quer. Se ele não quer pecar, mas peca, não tem vontade própria, e neste caso faz parte do corpo do pecado, que é o corpo de Satanás. Salomão diz: “Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec.7:20). Os pecadores todos estão presos à vontade de Satã (II Tm.2:24-26).

2. Jesus Cristo tem um corpo: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (I Co.12:13). E Paulo continua revelando: “Ele é a cabeça do corpo, da Igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl.1:18). Suponhamos que numa igreja o pastor ensine que ninguém pode deixar de pecar, baseado em I Jo.1:8-10. Neste caso a cabeça da Igreja é o diabo, ou Satanás, pois está escrito que quem comete pecado é do diabo (I Jo.3:8). E o mesmo João diz: “E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo.3:5-6).

Se Jesus Cristo estivesse no Velho Testamento, faria parte do corpo do pecado de Satanás. E por isso também, a Igreja, que é o corpo de Cristo, não aparece no Velho Testamento. Com a morte de Cristo na cruz se desfaz o corpo do pecado, o poder de Satã é quebrado. Quando somos batizados em Cristo, somos crucificados com ele, isto é, morremos com ele para a carne, para o mundo, para os deleites, para as paixões pecaminosas, e assim passamos a ter poder sobre Satanás, e ele foge de nós (Rm.6:6). “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg.4:7).

O homem velho é descendente do primeiro Adão, e forma o corpo do pecado do qual Satanás é cabeça. O segundo Adão, ou melhor, o último, é o primeiro de uma nova criação, e o seu corpo, que somos nós, não peca (I Jo.3:9; 5:18; 3:5-6).

Se o cristão não peca, faz com que o corpo do pecado de Satã, se uma ao corpo santo de Cristo, e por causa disso João apóstolo diz: “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás, que promove dissensões, a ponto de matar as testemunhas fiéis, como Antipas” (Ap.2:12-14).

No Velho Testamento só havia corpo do pecado, e Satanás reinava absoluto. Acontece que Jeová reinava sobre as nações pecadoras. Leiamos os textos da Escritura que provam essa verdade: “Porque o reino é de Jeová, e ele governa entre as nações” (Sl.22:28). “Porque Jeová Altíssimo é tremendo, e rei grande sobre toda a terra” (Sl.47:2). “Dizei entre as nações: Jeová reina; o mundo também se firmará para que se não abale” (Sl.96:10). “Jeová reina; tremam as nações; ele está entronizado entre os querubins” (Sl.99:1). “Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? pois isto só a ti pertence; porquanto entre todos os sábios das nações, e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti” (Jr.10:7). Jeová se gabava de ser rei universal (Jr.46:18; 48:15; 51:57). Jeová era o grande rei do corpo do pecado.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(558) – DOIS MINISTÉRIOS – XXII

DOIS   MINISTÉRIOS   22

No ministério de Jeová, no Velho Testamento, existe o livro da vida de Jeová.

No ministério de Jesus Cristo, no Novo Testamento, existe o livro da vida do Cordeiro.

  • Comecemos pelo Velho Testamento: Davi escreveu o Salmo 69, que é um salmo profético, e revela que Jeová tem um livro da vida. Nesse salmo ele pede auxílio de Jeová contra os inimigos, e diz:“Sejam riscados do livro da vida, e não sejam inscritos com os justos” (Sl.69:28). Há, porém, um detalhe. O livro da vida de Jeová é o livro do nascimento carnal de todos, como fazem os casais nos cartórios hoje em dia.

Moisés, indignado porque Jeová tinha decidido destruir todo o povo que saíra do Egito, por causa do bezerro de ouro, orou veementemente para que Jeová não os destruísse, e falou o seguinte nessa oração: “Este povo pecou grande pecado, fazendo deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado, senão, risca-me, peço-te, do livro que tu tens escrito. Então disse Jeová a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro” (Ex.32:10; 31-33). Mas Jeová falou por boca de Ezequiel, dizendo: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, fazendo conforme as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória. No pecado que pecou, nele morrerá” (Ez.18:24). Isto quer dizer que uma pessoa só fica com o nome no livro da vida de Jeová enquanto não pecar. No dia em que cometer um pecado, o seu nome é riscado para sempre. Mas se conseguisse passar pela vida sem pecar, permaneceria com o seu nome no livro da vida.

Acontece que Jeová acrescentou mais um verso na Escritura Sagrada, que diz: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec.7:20). Se todos um dia vão pecar, todos terão seu nome riscado do livro da vida de Jeová. E em outro lugar Jeová escreveu, dizendo: “Quando pecarem contra ti, pois não há homem que não peque” (I Rs.8:46). É por isso que no Velho Testamento, todos estão mortos (Rm.5:12, 17). Jeová era o deus dos mortos e reinava sobre eles.

  • No ministério do Novo Testamento, Jesus, o Verbo, se fez carne (Jo.1:14). Sobre esse assunto Paulo diz: “Portanto o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm.8:3), isto é, Cristo tomou para si a carne do pecado, isto é, carne de corrupção, e não pecando condenou o pecado na carne, e por isso podia libertar os que creem, do pecado e da carne. E nessa libertação o cristão nasce de novo, e neste segundo nascimento nasce para a vida eterna, pois não morre mais, por isso Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24).

O livro da vida do Cordeiro – Ap.13:8 – é diferente do livro da vida de Jeová.

Os que são riscados do livro da vida de Jeová vão para o pó, vão para o lago de fogo.

Os que são inscritos no livro do Cordeiro vão para o céu eternamente, pois são ressuscitados.

E Jesus declara que o nome dos salvos não será riscado (Ap.3:4-5).

O Juízo final de Ap.20:11-15, neste trecho não aparece o livro da vida de Jeová, porque não é livro da vida, mas livro dos mortos, pois todos morreram, portanto livro da vida só existe um, pois só Jesus nos dá vida eterna (Jo.11:25-26), onde lemos: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá”.

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira