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(557) – DOIS MINISTÉRIOS – XXI

DOIS MINISTÉRIOS  21

(II Co.3:7-9)

No Velho Testamento, deus tinha comunhão com as trevas. Quando Jeová deus deu as tábuas da lei com os dez mandamentos, ele falou do meio das trevas (Dt.5:22-24).

No ministério do Novo Testamento não há comunhão com as trevas, e Deus, o Pai, é luz, e não há nele trevas nenhumas (I Jo.1:5; II Co.6:14).

  1.  Jeová habitava no meio dos filhos de Israel (Nm.35:34). E o povo de Israel vivia em trevas totais. O povo clamava, dizendo: “A justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão. Apalpamos as paredes como cegos; como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas, e nos lugares escuros somos como mortos” (Is.59:9-10). JESUS desceu a este mundo, e declarou: “Eu sou a luz que vim ao mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo.8:12).
  2. Jeová deus, no ministério do Velho Testamento, punha trevas no caminho dos santos. Quem declara isso é Jó: “Sabei agora que Deus é que me transtornou, e com sua rede me cercou. Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça. O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas” (Jó.19:6-8). No ministério do Novo Testamento, a missão de Cristo e de seus discípulos é libertar os homens das trevas para a luz. Paulo declara que Jesus o libertou da religião judaica, e o enviou aos gentios, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que sejam salvos (At.26:18).
  3. No Velho Testamento quem punha enfermidades malignas era Jeová. Ele mesmo o declara: “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, Jeová teu deus, então Jeová fará maravilhosas as tuas pragas, e as pragas da tua semente, grandes e duradouras pragas, e enfermidades más e duradouras. Também Jeová fará vir sobre ti toda a enfermidade e toda a praga, que não está escrita no livro desta lei, até que sejas destruído” (Dt.28:58-61). No ministério do Novo Testamento Jesus só curava e libertava (Mt.15:29-31). Como o ministério de Jesus era de salvar, curar e libertar, ele passou para os discípulos o mesmo poder (Mc.16:17-18).
  4. Jeová deus era, no Velho Testamento, a fonte de todo espírito perverso e maligno. Jeová odiava o Egito; então derramou no meio deles um perverso espírito: “Onde estão agora os teus sábios? Anunciem-te agora, ou informem-te do que o Senhor dos Exércitos determinou contra o Egito. Loucos se tornaram os príncipes de Zoã, enganados estão os príncipes de Note; eles farão errar o Egito, eles que são a pedra de esquina das suas tribos. Jeová derramou no meio deles um perverso espírito; e eles fizeram errar o Egito com toda a sua obra, como o bêbado se revolve no seu vômito” (Is.19:12-14).

Jeová queria matar o rei Acabe, e colocou um espírito de mentira na boca dos profetas de Israel, e enganado, foi à guerra contra a Síria, e Jeová o matou (I Rs.22:23). Também Jeová reprovou Saul como rei de Israel, e por isso retirou dele o seu bom espírito, e colocou nele um espírito maligno que o atormentava (I Sm.16:14-15); e assim por diante.

No ministério do Novo Testamento Jesus Cristo libertava a todos esses oprimidos de Jeová. No livro de Atos dos Apóstolos, lemos: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At.10:38). E esse ministério glorioso Jesus passou para os discípulos: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mt.10:7-8).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(556) – CIDADE DE DEUS – II

CIDADE DE DEUS  2

 

As Escrituras Sagradas falam de obras gloriosas a respeito de Jerusalém. Em primeiro ligar diz a Escritura que Jerusalém é a cidade de Deus, e os povos, os reinos que a oprimiram virão e se prostrarão diante de seus pés, e dirão: Esta é a cidade de Jeová, a Sião do Santo de Israel (Is.60:14).

Salomão disse: “Certamente te edifiquei uma casa para morada, assento para tua eterna habitação” (I Rs.8:13). E as Escrituras Sagradas confirmam as palavras de Salomão: “E alguns dos chefes dos pais, vindo à casa de Jeová, que habita em Jerusalém, deram voluntárias ofertas para a casa de Deus” (Ed.2:68). “E para levares a prata e o ouro que o rei e seus conselheiros voluntariamente deram ao deus de Israel, cuja habitação está em Jerusalém” (Ed.7:15). “Bendito seja Jeová desde Sião, que habita em Jerusalém. Louvai a Jeová” (Sl.135:21).

Jeová profetizou e escolheu o lugar da sua morada mil e seiscentos anos antes: “Tu os introduzirás e os plantarás no monte da tua herança que tu, ó Jeová, aparelhaste para tua habitação, no santuário, ó Jeová, que tuas mãos estabeleceram. Jeová reinará eterna e perpetuamente” (Ex.15:17-18).

Toda esta história da habitação de Jeová em Jerusalém, edificada sobre o monte Sião é desmentida no livro dos Atos dos Apóstolos que diz: “O DEUS QUE FEZ O MUNDO E TUDO O QUE NELE HÁ, SENHOR DO CÉU E DA TERRA, NÃO HABITA EM TEMPLOS FEITOS POR MÃOS DE HOMENS, COMO QUE NECESSITANDO DE ALGUMA COISA” (At.17:24-25 – maiúsculo nosso). E o apóstolo Paulo, para arrematar diz: “Aquele que tem ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; ao qual nenhum dos homens viu, nem pode ver; ao qual seja a honra, e o poder sempiterno. Amém” (I Tm.6:16).

Voltando à cidade de Deus:

  1. 1.        “Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida” (Sl.122:3)
  2. 2.        “Naquele dia se entoará este cântico em Judá: uma forte cidade temos, a que Deus pôs a salvação por muros e antemuros” (Is.26:1).
  3. 3.        “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã” (Sl.46:4-5).
  4. 4.        “Olha para Sião, a cidade das nossas solenidades; os teus olhos verão a Jerusalém, habitação quieta, tenda que não será derribada, cujas estacas nunca serão arrancadas, e das suas cordas nenhuma se quebrará” (Is.33:20).
  5. 5.        “Os que confiam em Jeová serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o SENHOR está em volta do seu povo, desde agora e para sempre” (Sl.125:1-2).

No entanto, Jeová está em volta do seu povo para matar e destruir pois ele disse: “Porque pus o rosto contra esta cidade para mal e não para bem, diz o SENHOR; na mão do rei de Babilônia se entregará, e ele a queimará a fogo (Jr.21:10). “Eis que velarei sobre eles para mal e não para bem; e serão consumidos todos os homens de Judá que estão na terra do Egito à espada e à fome, até que se acabem de todo” (Jr.44:27). “E disse JEOVÁ: Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs. 23:27).

Enfim, tudo o que Jeová disse de bom sobre Jerusalém era tudo mentira. Jeová nunca guardou o seu povo, nunca preservou a cidade santa. Jerusalém foi destruída por Nabucodonozor, o templo queimado a fogo no ano 587 a.C., foi restaurado por ordem de Ciro, o persa, no ano 438 a.C.. Foi destruída de novo no ano 70 d.C. pelo General Tito, filho de Vespasiano, o povo foi espalhado aos quatro ventos, e só sobrou o muro das lamentações até hoje, a obra prima de Jeová.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(555) – CIDADE DE DEUS – I

CIDADE   DE   DEUS   1

 

Diz o salmista: “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã” (Sl.46:4-5).  As outras cidades, e também os reinos deste mundo são do diabo. Ele, ao tentar Jesus, levou-O a um alto monte, e “…mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu”. E Jesus respondeu: “Vai-te Satanás” (Lc.4:5-8). A cidade de Jerusalém pertencia aos jebuseus, uma das sete nações que habitavam em Canaã, antes da conquista dos israelitas (Gn.10:16). Davi, logo que começou a reinar, partiu com seus homens contra Jerusalém, e a tomou dos jebuseus.  Jerusalém ficou sendo chamada ‘Cidade de Davi’. Como Jeová fez um pacto eterno com Davi, Jerusalém é também chamada ‘Cidade de Deus’ (II Sm.5:6-7). Ficou esta cidade afamada entre os israelitas. “Grande é o SENHOR e mui digno de louvor na cidade do nosso Deus, no seu monte santo. Formoso de sítio e alegria de toda a terra é o monte Sião sobre os lados do Norte, a cidade do grande Rei” (Sl.48:1-2). “Coisas gloriosas se dizem de ti, ó cidade de Deus” (Sl.87:3). “Pela manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do SENHOR todos os que praticam a iniqüidade” (Sl.101:8).  “Bendito seja, desde Sião, o SENHOR, que habita em Jerusalém…” (Sl.135:21).

Vejamos mais o que diz a Escritura Sagrada de Jerusalém:

  1.  CIDADE DAS ABOMINAÇÕES – “Filho do homem, faze conhecer a Jerusalém as suas abominações” (Ez.16:2).
  2. CIDADE SANGUINÁRIA – “Tu, pois, ó filho do homem, julgarás, julgarás a cidade sanguinária? Faze-lhe conhecer, pois, todas as suas abominações e dize: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai da cidade que derrama o sangue no meio dela,…” (Ez.22:2-4).
  3. JERUSALÉM, CIDADE DAS PROSTITUIÇÕES – “Como se fez prostituta a cidade fiel!” (Is.1:21ª). “E tomaste as tuas jóias de enfeite, que eu te dei do meu ouro e da minha prata, e fizeste imagens de homens, e te prostituíste com elas” (Ez.16:17). “Filho do homem, houve duas mulheres, filhas de uma mesma mãe. Estas prostituíram-se no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os seus peitos, e ali foram apalpados os seios da sua virgindade. E os seus nomes eram: Oolá, a mais velha, e Oolibá, sua irmã; e foram minhas e tiveram filhos e filhas; e, quanto ao seu nome, Samaria é Oolá, e Jerusalém é Oolibá. E prostituiu-se Oolá, sendo minha; e enamorou-se dos seus amantes, dos assírios, seus vizinhos, vestidos de azul, prefeitos e magistrados, todos jovens de cobiçar, cavaleiros montados a cavalo. Assim, cometeu ela as suas devassidões com eles, que eram todos a flor dos filhos da Assíria,…” (Ez.23:2-7).

Vendo isto, a sua irmã mais nova, Aolibá (Judá) corrompeu o seu amor ainda mais do que ela. Enamorou-se dos filhos da Assíria (Ez.23:11-12). E enamorou-se dos caldeus (Ez.23:15-19).

        4. “Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo” (Sl.146:4). Só se for um rio caudaloso de abominações. Salomão, cuja sabedoria foi dada por Jeová (I Rs.3:12), se entregou ao culto de Astarote, deusa dos sidônios e a Milcom, abominação dos amonitas; edificou um alto a Quemós, abominação dos moabitas, e a Moloque, abominação dos filhos de Amon (I Rs.11:4-7). O santuário das moradas do Altíssimo era a abóbada das prostituições dos dois reinos (Ez.23:1-8). E Jeová habitava em Jerusalém, cidade das abominações e prostituições(Sl.135:21).

A descrição poética dos salmistas inspirados sobre Jerusalém não condiz com a realidade. Por isso o profeta Jeremias diz: “Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Verdadeiramente trouxeste grande ilusão a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz; pois a espada penetra-lhe até à alma” (Jr.4:10).Por isso, Jerusalém é chamada de Sodoma e Egito (Ap.11:8).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(554) – LEI IMPERFEITA – III

LEI IMPERFEITA  3

“Porque, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar. Visto ser manifesto que o nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio” (Hb.7:11-14).Primeiro vamos entender estes quatro versos, do capítulo sete, da carta aos Hebreus:

1.    A lei de Jeová não é perfeita, e o sacerdócio levítico não é perfeito.

2.    Para remediar o que era imperfeito por natureza, foi chamado outro sacerdote que não fosse da tribo de Levi e nem da ordem de Arão (Hb.7:11).

3.    Porque mudando-se o sacerdócio necessariamente se faz a mudança da lei (Hb.7:12).

Nesta mudança de sacerdócio, tudo o que compunha o sacerdócio levítico foi mudado, logo, foi abolido. E se o sacerdócio levítico, que era o sacerdócio ordenado por Jeová através de Moisés, foi abolido, Jeová também foi abolido, porque Deus não muda o que faz, e tudo o que Jeová fez foi mudado. Convém lembrar que Cristo deu um mandamento que não está no Velho Testamento: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo.13:34 – maiúsculo nosso ). O mandamento do amor era diferente no Velho Testamento. O primeiro era: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda o teu pensamento” (Dt.6:5 – maiúsculo nosso ). Este é o primeiro grande mandamento(Mt.22:35-38). E o segundo, semelhante a este é: “AMARÁS O PRÓXIMO COMO A TI MESMO” (Mt.22:39-40 – maiúsculo nosso ). E disse Jesus: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mt.22:40).

No mandamento de Jesus foi suprimido o primeiro e grande mandamento da lei, que é amar a Deus de toda a tua alma, de todo coração e de todo pensamento. E sabem por que? Porque João diz: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual vê, como pode amar a Deus, a quem não vê?” (I Jo.4:20). No mandamento de Jesus temos que amar ao irmão como Deus ama. A medida do amor não é humana, mas divina.

Como dos dois mandamentos do amor, no Velho Testamento, depende toda a lei e os profetas(Mt.22:35-40), caindo este mandamento caiu também a lei e os profetas. Por isso Lucas diz: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega forças para entrar nele” (Lc.16:16; Mt.11:12-13). E Paulo declara que o Velho Testamento foi abolido por Cristo (II Co.3:14). Ora, a queda do império de Jeová foi com grande estrondo. O reino caiu no ano quinhentos e oitenta e sete A.C. (II Cr.36:11-20). O templo de Salomão, onde o povo ia adorar Jeová foi queimado a fogo (II Cr.36:19). A arca do concerto desapareceu. Os sacerdotes foram passados a fio de espada. O povo foi levado para o cativeiro. As mulheres foram forçadas (Zc.14:2). O Messias, ao ressuscitar, era outro (Rm.7:4). O sacerdócio mudou (I Pd.2:9). A herança mudou, pois era terrena, e agora é celestial, pois o reino de Cristo não é deste mundo (Jo.18:36). Lancemos fora tudo o que é imperfeito. Paulo diz: “O mistério que esteve oculto durante séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos. Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória. (Cl.1:26-27). Cristo nos fez perfeitos (Cl.3:14; II Tm.3:16-17).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(553) – DOIS MINISTÉRIOS – XX

DOIS   MINISTÉRIOS   20

No ministério do Velho Testamento vigorava a lei de Jeová, isto é, os dez mandamentos. No ministério do Novo Testamento Jesus deu uma nova lei, isto é, a lei do amor: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (Jo.13:14).

No Velho Testamento não havia grandes povos como hoje. Havia patriarcas que comandavam as famílias, e quando crescia muito, viravam tribos que lutavam umas com as outras. Eram todos guerreiros. Havia dois tipos de tribos: as nômades e as sedentárias. As sedentárias se fixavam num vale fértil; onde havia muita água e terra para plantio, e pastagens para gado bovino e caprino. As tribos nômades habitavam em tendas, eram selvagens e ferozes, e saqueavam as tribos sedentárias, roubando tudo. Nesse quadro onde imperava a lei do mais forte, o povo de Israel, ou melhor, os descendentes de Jacó eram escravos dos egípcios, os anjos escolheram a linhagem de Jacó, e o chefe deles apareceu a Moisés(Ex.3:2-7). O apóstolo Paulo declara que era um anjo (Gl.3:19). Estêvão, o primeiro mártir, confirma isso dizendo: “Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes” (At.7:53).

Vejamos o que diz a Escritura sobre a lei de Jeová: “A lei de Jeová é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho de Jeová é fiel, e dá sabedoria aos símplices” (Sl.19:7). “Os preceitos de Jeová são retos, e alegram o coração; o mandamento de Jeová é puro, e ilumina os olhos” (Sl.19:8). “Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei” (Sl.119:18). “Todos os teus mandamentos são verdade” (Sl.119:86). “A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade” (Sl.119:142). “Atendei-me, povo meu; nação minha, inclinai os ouvidos para mim; porque de mim sairá a lei, e o meu juízo se estabelecerá como luz dos povos” (Is.51:4). “Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei” (Is.51:7). “O mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz” (Pv.6:23).

Vamos ver o que o ministério do Novo Testamento fala sobre a lei do Velho Testamento:

  1. As tábuas de Jeová são o ministério da morte (II Co.3:7-8). Ninguém se salva.
  2. A lei é um véu que cega o entendimento do homem (II Co.3:14-16).
  3. Os que seguem a lei de Jeová não dão frutos para Deus. Paulo diz: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus, porque, quando estávamos na carne, as paixões do pecado, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm.7:4-5).
  4. A lei está velha e amarra os crentes: “Mas agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de Espírito, e não na velhice da letra” (Rm.7:6).
  5.  A lei não produz homens livres, mas só escravos sem capacidade de pensar por si. Paulo diz:“Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa, o que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos, um, do monte Sinai, gerando filhos para a escravidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26).
  6. A lei separa de Cristo: “Estai firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído” (Gl.5:1-4).

Está bem claro que o ministério do Novo Testamento é contra a lei do Velho Testamento, porque a lei anula a graça de Deus e a obra libertadora de Cristo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(552) – DOIS MINISTÉRIOS – XIX

DOIS   MINISTÉRIOS   19

(II Co.3:7-8)

Nas Escrituras sagradas há muitos mistérios. Mas, talvez, o maior deles é o mistério dos dois ministérios. Vamos tratar do ministério da morte, do Velho Testamento, e o ministério do Espírito, do Novo Testamento.

MINISTÉRIO DA MORTE

1.    O homem criado por Deus no livro de Gênesis era perfeito? Não! Por que? Porque pecou. Se fosse perfeito não teria pecado.

Da descendência do primeiro homem conhecido, houve algum perfeito? Não! Por que? Paulo responde: “Pelo que, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm.5:12). Os homens não herdaram a morte de Adão; todos são imperfeitos, por isso pecam e morrem.

2.   Segundo argumento: “Como está escrito: Não há justo, nenhum sequer” (Rm.3:10).

3.   “Jeová olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl.14:2-3).

4.   Na lei de Javé está escrito: “Os pais não morrerão pelos filhos nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu próprio pecado” (Dt.24:16).

5.   “Porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” (Rm.3:23).

6.   “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec.7:20).

7.    Disse Salomão, o sábio: “Disse eu no meu coração: É por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um mesmo lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão. Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima, e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?” (Ec.3:18-21). Ora, os animais, não são perfeitos porque não tem entendimento. As Escrituras declaram isso no Salmo 32:9 e14:2-3.

MINISTÉRIO DO ESPÍRITO

Já o Novo Testamento é o ministério da perfeição para os cristãos, porque os outros permanecem no ministério da imperfeição. Jesus Cristo abriu a porta da perfeição. Paulo diz: “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos; sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco” (II Co.13:11). Perfeitos no quê? “Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos, mas não a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam” (I Co.2:6). A sabedoria dada a Salomão foi satânica, pois com ela Salomão se tornou carnal, lúbrico, lascivo (I Rs.3:9-12; 11:1-3). Com a sabedoria vinda dos céus Salomão impôs ao povo um jugo de impostos que o povo não suportou (I Rs.12:1-14). Os impostos somavam 666 talentos de ouro (I Rs.10:14). Esses 666 talentos de ouro valeriam hoje cento e sete bilhões de reais.

A terceira estupidez de Salomão com sua sabedoria divina foi a idolatria. Esse rei foi o maior idólatra da história de Israel. Ninguém foi maior que ele (I Rs.11:4-11). O reino se dividiu em dois, sendo o do norte composto por dez tribos, que desapareceram no período do cativeiro assírico (II Rs.17:19-23).

Se o maior sábio do Velho Testamento foi o mais imperfeito, João Batista que foi o maior profeta do Velho Testamento, mas o menor homem no reino dos céus, é maior do que ele (Mt.11:11). Com isto vimos que o maior homem do ministério da imperfeição, não faz parte do ministério da perfeição, que é o reino de Deus.

 

 

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

(551) – DOIS MINISTÉRIOS – XVIII

DOIS  MINISTÉRIOS  18

  1. Velho Testamento era o ministério da vantagem e do proveito próprio. Um exemplo claro são os levitas. Os levitas são os descendentes de Levi, um dos doze filhos de Jacó, que Jeová separou para servir no templo. Era o sacerdócio santo de Jeová. Os dízimos, isto é, a décima parte de tudo o que um israelita plantava, ou de seu gado bovino, ovelha, jumentos, etc., a décima parte era dos levitas. O dízimo foi dado como herança aos levitas (Nm.18:24).

O favor e a bênção de Jeová se traduziam em fartura, saúde física, riquezas em abundância; os levitas viviam como reis, sendo sacerdotes.

Outro exemplo foi Jó. Como vivia Jó? “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus, e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E era o seu gado sete mil ovelhas, e etrês mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também muitíssima gente ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior do que todos os do Oriente” (Jó 1:1-4). E qual o motivo de tanto sucesso na vida? Como seus filhos celebravam muitos banquetes, Jó os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: “Porventura pecaram os meus filhos, e blasfemaram de Deus no seu coração. E assim fazia Jó continuamente” (Jó 1:4-5). Está ai a solução do mistério. Jó era fiel a Jeová, e por isso era tão abençoado.

Elifaz, um dos três amigos de Jó, sabia o segredo do sucesso, e vendo Jó na miséria total, e com aquela enfermidade maligna, lhe disse: “Aceita, pois, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração. Se te converteres ao Todo-poderoso, serás edificado: afasta a iniquidade da tua tenda. Então amontoaras ouro como pó, e o ouro de Ofir como pedras do ribeiro. E até o Todo-poderoso te será por ouro, e por prata amontoada. Então te deleitarás no Todo-poderoso, e levantarás o teu rosto para Deus. Tu orarás a ele, e ele te ouvirá; e pagarás os teus votos” (Jó 22:22-27).

           2.       No Novo Testamento é o contrário; no ministério do sacrifício não tiramos proveito material ou vantagem da fé. Temos um exemplo magnífico: “Tiago e João, filhos de Zebedeu, eram íntimos de Jesus, e lhe fizeram um pedido, dizendo: Mestre, concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. Jesus os chamou e disse-lhes: Qualquer que entre vós quiser ser grande, seja vosso serviçal; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro será servo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc.10:35-45).

Jesus deu ordens expressas aos que queriam segui-lo, dizendo: “Quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mt.10:38). Qualquer que quiser seguir a Jesus tem de segui-lo com a cruz nas costas. Mais tarde Jesus volta ao assunto, dizendo: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me (Mt.16:24). No primeiro caso, a cruz eram as gozações, o desprezo, perder as amizades mundanas, resistir às tentações, os vícios. Muitos filhos do diabo fazem de tudo para derrubar um cristão e depois dizem: ‘Ele dizia que era cristão, mas eu pude provar que não era. Só aparência!’

A segunda vez que Jesus falou na nossa cruz, falou da renúncia de si mesmo: Temos de renunciar nossos desejos, nossa vaidade, nosso orgulho, nossas opiniões, nossos projetos, nossa implicância, nosso status, nossa posição social, nossos julgamentos, nossa arrogância, nossos preconceitos, nossa ira, nosso furor, nossos planos de vingança, nossos maus pensamentos, etc, etc. Todas estas coisas têm de ir para cruz se quisermos seguir a Cristo. Paulo diz: “Rogo-vos pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional, e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12:1-2). Se optarmos pelas vantagens e prêmios deste mundo, Satanás pode nos tirar tudo, como fez com Jó. Mas se seguir o caminho com a cruz nas costas, o Satã está derrotado, porque o nosso reino não é deste mundo, e Satanás é deste mundo (I Jo.5:19).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(550) – DOIS MINISTÉRIOS – XVII

  DOIS  MINISTÉRIOS  17

Os descendentes do primeiro Adão nascem para pecar: Diz a escritura do Velho Testamento: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque” (Ec.7:20). “Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares na mão do inimigo…” (I Rs.8:46). Os descendentes do primeiro Adão eram todos pecadores, até Jesus Cristo. Paulo então diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm.5:12).

Se os descendentes do último Adão (Cristo) nascem também para pecar, todos são farinha do mesmo saco. O novo nascimento é apenas palavra, e não realidade. Mas Jesus fala que quem não nascer da água e do Espírito não entra no reino de Deus; e termina dizendo: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo.3:3-6). Se os nascidos de novo pecam, não há nova criatura que faça a obra de Deus (Ef.2:10). As coisas velhas permanecem, e nada se fez novo (II Co.5:17).

Mas, em contrário, lemos no Novo Testamento, que os descendentes do último Adão, não nasceram para pecar, mas para serem iguais a Jesus. Diz Paulo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e o conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4:13). É preciso lembrar que Cristo nunca pecou (Hb.4:15). “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (I Jo.2:6). “Nisto é perfeita a caridade, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo” (I Jo.4:17). “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (I Jo.3:9).

Se os nascidos do segundo Adão não nascem para pecar, mas pecam, então o último Adão é igual ao primeiro Adão, isto é, o diabo é igual a Jesus; pois se os discípulos de Jesus são iguais aos discípulos do diabo, seguem a mesma doutrina. Ou Jesus e o diabo são a mesma pessoa, ou Jesus mudou. Se os nascidos do segundo Adão não nascem para pecar, mas pecam, é que foram seduzidos pela carne, e as obras da carne são: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não entrarão no reino de Deus” (Gl.5:19-21). O carnal anda segundo a carne e não segundo o Espírito, e a inclinação da carne é morte, mas a inclinação do Espírito é vida e paz, pois a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós (Rm.8:5-9). Estão nestes versos definidos os dois ministérios: o do Velho Testamento e o do Novo Testamento. O ministério do Velho Testamento é o da carne, cujo deus é Jeová, que declarou: “Eu sou o deus de toda a carne” (Jr.32:27). O ministério do Novo Testamento é o ministério do Espírito.

O apóstolo Paulo diz: “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis” (Rm.8:13). E segue dizendo: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm.8:14). Mas a carne resiste ao Espírito Santo. Paulo diz: “Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne, porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito Santo não estais debaixo da lei” (Gl.5:16-18). Para fazer parte do reino de Deus, temos que fazer parte do ministério do Espírito, que é o Novo Testamento. Se ficarmos divididos entre a carne e o Espírito, ficaremos estéreis (II Co.3:5-9).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(549) – DOIS MINISTÉRIOS – XVI

DOIS  MINISTÉRIOS  16

  1.     No Novo Testamento, o apóstolo João declarou enfaticamente: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou; para desfazer as obras do diabo” (I Jo.3:8). Temos aqui dois ministérios: O do pecado, cujo autor é o diabo, e o ministério de Cristo, que é desfazer as obras do diabo, isto é, tirar do coração do homem o desejo de pecar. O poder do desejo e da concupiscência carnal é tão violento, que a lei de Jeová, sendo dada para coibir o pecado, acabou fazendo o efeito contrário, por isso Paulo diz: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm.3:20). As proibições e ameaças da lei com maldições e pragas mortais vão reprimindo a carne a tal ponto, que o que era um simples desejo se transforma numa paixão incontrolável e anormal. O apóstolo Paulo assim descreve essas paixões: “Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm.7:5). A lei é contrária aos nossos desejos secretos, e ao proibi-los, incita a carnal prática do pecado, ciente de que as consequências são mortais. E Paulo então, diz: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Co.15:56).

Ora, o apóstolo Paulo revela aos cristãos uma coisa assombrosa, dizendo: “Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos, e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas, e matricidas, para os homicidas, para os fornicários, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina” (I Tm.1:9-10). Salomão, o grande sábio de Jeová, e o maior pecador, disse: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec.7:20; I Rs.8:46). O rei Davi, disse: “Jeová olhou desde os céus para ver se havia alguém que tivesse entendimento, e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl.14:2-3). Dentro desse caos moral justificou-se a lei. No Velho Testamento formou-se o corpo do pecado.

         2.     Jesus Cristo desceu do céu e iniciou o Novo Testamento e um novo ministério. Paulo explica:“Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes chamados, e, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm.6:17-18).Está formado o ministério da justiça, pois os que são servos do pecado formam o ministério da injustiça, que diz: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?” (I Co.6:9). E o apóstolo João diz: “Vós bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo.3:5-6). Jesus recebeu do Pai todo o poder (Mt.28:18). Se o diabo formou o corpo do pecado, e Jesus, com todo poder não pode desfazê-lo, o diabo é mais poderoso do que Cristo. A explicação real deste assunto é que a maioria dos cristãos é carnal e não resiste aos apelos da carne e do mundo. Estes cristãos são amigos do mundo e são semeadores do joio nas igrejas. Destes Tiago diz:“Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade com Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se em inimigo de Deus” (Tg.4:4). Os cristãos, como dissemos, formam o corpo de Cristo; e Cristo nunca pecou. Se um membro do corpo de Cristo peca, macula o corpo de Cristo, forçando-o a pecar. Com o pecado esse cristão une o corpo de Cristo ao corpo do diabo. Leiamos o que diz João: “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Eu sei as tuas obras e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita” (Ap.2:12-13).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(548) – LEI IMPERFEITA – II

LEI   IMPERFEITA   2

A lei de Jeová é imperfeita. Por quê? Porque foi dada para imperfeitos: “Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicários, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para os que forem contrários à sã doutrina” (I Tm.1:9-10).

A própria Bíblia declara que a lei não aperfeiçoa ninguém: “Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade, pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou” (Hb.7:18-19). A lei de Jeová é tão nociva, que além de não aperfeiçoar o cristão, ainda ensina a pecar. Paulo declara: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm.3:20). E Paulo vai mais além: “Porque, quando estávamos na carne, as paixões do pecado, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora, agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Rm.7:5-6). É por isso que Paulo diz: “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Co.15:56). E Paulo termina dizendo: “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm.8:2).

Você sabe por que a lei é fraca e inútil? Você sabe por que a lei separa de Cristo? (Gl.5:1-4). Você sabe por que a lei só produz escravos, e não liberta ninguém? (Gl.4:21-24). A escritura responde:“Porquanto o que era impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm.8:3). É de confundir a cuca: O homem tem mil problemas e defeitos. Não tendo solução para eles, busca a Deus e a religião, esperando cura e libertação, e Jeová lhes dá uma lei que não é boa, e juízos pelos quais eles vão morrer (Ez.20:25), lhes dá uma lei que é fraca e inútil, e nada aperfeiçoa (Hb.7:18-19), lhes dá uma lei que acusa de dia e de noite (Jo.5:45), lhes dá uma lei que é contra, e não a favor(Dt.31:26), uma lei que traz no seu bojo todo tipo de enfermidade e maldições (Dt.28:61-63). Tudo isto é muito próprio de um deus que passa o tempo forjando doenças, enfermidades e pragas para atormentar o seu povo (Lv.26:16).

Um jovem aproximou-se de Jesus, e disse: Bom mestre, que bem farei para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. e O jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades” (Mt.19:16-22 – maiúsculo nosso).

Notaram o que Jesus disse ao moço? “SE QUERES SER PERFEITO”. O jovem conhecia e praticava a lei desde a mocidade, mas não tinha caridade. A perfeição está no amor e na caridade. O conhecimento da lei foi um tropeço na vida do moço rico. Este, frente a frente com Jesus, ouviu o que precisava para ser salvo, mas a lei o cegou, a lei endureceu o seu coração, e foi para o inferno com todos os doutores da lei. Que pena!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(547) – LEI IMPERFEITA – I

LEI  IMPERFEITA  1

 

Existem dois Testamentos: O Velho e o Novo.

  1. Existem dois concertos: O velho concerto e o novo. Paulo explica: “Dizei-me vós, os que quereis estar debaixo da lei; não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa, o que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos. Um, do monte Sinai, gerando filhos para a escravidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). Está claro neste texto que Agar é o concerto da lei, e Sarah é o concerto da graça. Está claro também que os da lei são escravos. Foram castrados mentalmente.

Existem duas heranças: Uma na terra, para os de Jeová, outra no céu, para os livres. E o texto diz em seguida: “Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo nenhum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl.4:30). Caro amigo, se você quer ficar com o concerto da lei, será lançado fora como Ismael e Agar, e nunca verá o reino de Deus.

        2.      Quer que eu prove esta verdade? Lá vai: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E, de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído” (Gl.5:1-4).

        3.      Você sabe por que a lei é tão maligna assim? Porque Jeová deu a lei, não para ajudar Israel, mas deu a lei para ser contra (Dt.31:26; Ne.9:34). E Jeová declara: “Pelo que lhes dei estatutos que não eram bons, e juízos pelos quais não haviam de viver” (Ez.20:25).

        4.      Paulo diz: “Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicários, para os desobedientes, para os roubadores de homens, para os sodomitas, para os mentirosos, para os perjuros, e para os que forem contrários à sã doutrina” (I Tm.1:9-10).

É uma pena que muitos, por não ter olhos abertos, se ponham entre os pecadores e anormais, só para honrar a lei de Jeová.

5. Paulo declara que Cristo aboliu o Velho Testamento em II Co.3:14, e o Velho Testamento inclui a lei de Jeová.

É claro que a lei está em pleno vigor para os pecadores perdidos, e também para os judeus, que não creram em Cristo e crucificaram o Senhor da glória (At.2:36; 5:30-31).

Nós, os cristãos nascidos da água e do Espírito não somos mais deste mundo, por isso não estamos mais debaixo da lei (Rm.6:14).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(546) – FÉ E LÓGICA

FÉ   E   LÓGICA

Que é lógica? É a ciência que ajuda a raciocinar com justeza. A lógica é, portanto, a ciência do raciocínio, e estuda os processos e as condições do pensamento correto e do conhecimento exato. Existem dois tipos de lógica: a dedutiva e intuitiva. A dedutiva é resultado do conhecimento, e a intuitiva é resultado de uma inspiração ou de uma visão.

PERGUNTA-SE: EXISTE LÓGICA NA FÉ?

  1. “Jesus retirou-se para um lugar longínquo e deserto, mas formou-se uma multidão vinda de cidades próximas. Era já tarde, a hora avançada, e o lugar deserto. Os discípulos disseram a Jesus: É tarde, despede a multidão para que vão pelas aldeias e comprem algo para comer. Jesus lhes disse: Não é correto despedir o povo com fome. Dai-lhes vós de comer. Eles lhe disseram: Nós só temos cinco pães e dois peixes. Jesus lhes disse: Trazei-mos. Jesus então mandou que a multidão sentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e partindo os pães deu aos discípulos, e os discípulos à multidão. E todos comeram, e ainda sobraram doze cestos cheios. E os que comeram foram cinco mil homens, fora mulheres e crianças” (Mt.14:13-21). Este milagre não tem explicação e foge às regras do conhecimento e da lógica. Não existe, portanto, lógica na fé.
  2. “Logo em seguida, Jesus ordenou que os discípulos entrassem no barco, e fossem para outra banda, enquanto despedia a multidão. Despedida a multidão subiu ao monte para orar, até que escureceu. O barco estava já no meio do mar açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar. Os discípulos assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus os acalmou, dizendo: Não temais, sou Eu. Pedro então disse: Se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem! E Pedro pulou do barco, e andou por sobre as águas” (Mt.14:22-29). Eu então pergunto: Isso tem lógica? NÃO!
  3. O concerto da lei foi feito com o povo de Israel, que é a linhagem de Isaque, filho de Abraão, depois que saíram do Egito pela mão de Moisés. 1650 anos depois, o apóstolo Paulo revela que aquele fato histórico e real foi uma alegoria. Leiamos o que Paulo escreveu: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos, um, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém, que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós” (Gl.4:21-26). Isto está fora da lógica. No Velho Testamento lemos que o concerto da lei foi feito com Israel, e no Novo Testamento lemos que o concerto foi feito com os árabes, pois Ismael, filho de Agar, é o pai dos árabes. Vemos que a fé não casa com a lógica.
  4. Em Gn.1:1-31 lemos a narração dos sete dias da criação. No terceiro dia foram criados todos os tipos de ervas, e de árvores com as respectivas sementes (Gn.1:11-13). O Sol foi criado no quarto dia, e a ciência prova que as plantas transformam o gás carbônico em compostos orgânicos, com a utilização da energia luminosa. Isto é o processo químico mais importante da superfície da terra. Sem o sol não haveria plantas. A linguagem de Deus é alegórica e figurada, logo a erva de Gn.1:11-13não fala de vegetais, mas da humanidade. Isaías declara que os homens são erva (Is.40:6-7). As árvores não são árvores, mas reinos (Ez.31:1-9). O Sol não é Sol, mas o Messias, que surgiria mais tarde. Jesus declarou que o sol do Deus Pai se levanta sobre maus e bons, e a chuva desce sobre justos e injustos (Mt.5:45). E chuva na Bíblia não é chuva da água, mas chuva da palavra de Deus. A lógica da ciência humana não é a verdade da fé. Como faz dois mil anos que a ciência humana insiste em provar que a Bíblia está errada na narrativa da criação, fica provado que, quanto mais culto o homem, mais cego. É por isso que Jesus disse: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mt.11:25).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(545) – DEUS FAZ O MAL? – II

DEUZ FAZ O  MAL?   2

Deus, o Pai, não faz o mal, porque Tiago diz: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg.1:13). Se Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta, Jeová não é Deus porque foi tentado pelo mal. O caso deu-se assim: “E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante Jeová, veio também Satanás entre eles. Então disse Jeová a Satanás: Donde vens? Então Satanás respondeu: De rodear a terra, e passear por ela. E disse Jeová a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal. Então respondeu Satanás a Jeová, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo o quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado está aumentando sobre a terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!” (Jó.1:6-11 – maiúsculo nosso). Aqui Satanás tentou Jeová! E Jeová caiu em pecado porque disse a Satanás: “Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença de Jeová” (Jó.1:12).

Jó tinha sete filhos e três filhas (Jó.1:2). Satanás matou os dez filhos de Jó (Jó.1:13-15). Ao entregar os filhos de Jó na mão de Satanás, Jeová fez o mal a eles, pois Satã é perverso e os matou, sendo eles inocentes (Jó.1:2-5).

Quando Jeová entrega seu povo na mão dos maus, está fazendo o mal, porque os maus vão torturar e corromper. Ezequiel, o profeta, falou, dizendo da parte de Jeová: “E os rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, e assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos; eu, Jeová, falei” (Ez.30:12). Ora, quem entrega na mão dos maus, faz o mal que os maus vão fazer. Jeová ao entregar aos maus, assola pela mão dos estranhos (Jr.49:37).

Jeová cegou o seu povo (Is.6:10). E Jesus revela que Jeová cegou para que não cressem em Jesus para serem curados e salvos. Jesus disse: “E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele; para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso não podiam crer, pelo que Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, afim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure” (Jo.12:37-40). Ao cegar o seu povo, Jeová fez um mal sem limite, porque os judeus cegos não conheceram a Cristo, e por isso não creram, e o mataram como impostor, e estão sendo condenados ao inferno (I Co.2:7-8). Jeová faz o mal quando promete e não cumpre. Jeová prometeu a terra de Canaã por possessão eterna aos filhos de Israel (Gn.17:8). Os povos que habitavam em Canaã eram perversos e corruptos. Então Jeová faz uma promessa: “Eu enviarei um anjo diante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus” (Ex.33:2). Repete a promessa em Ex.34:24 eDt.7:1. Repete em Josué 23:5. Quando Israel entrou em Canaã Jeová mudou, e disse: “Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco. E quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra, antes derrubareis os seus altares; mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isto? Pelo que também eu disse: Não os expelirei de diante de vós; antes estarão nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço” (Jz.2:1-3). E o povo levantou a sua voz e chorou.

Deixar os povos corruptos na terra foi um terrível mal, pois o povo de Israel se misturou com eles e se corrompeu. Então Jeová os entregou na mão de Cusam-Rizataim, rei da Mesopotâmia, para se corromper ainda mais (Jz.3:1-8). Dizer que esse Deus corrupto é o Pai de Jesus é blasfemar.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(544) – DEUS FAZ O MAL? – I

DEUS FAZ O MAL?   1

O apóstolo Paulo declara que Deus, o Pai, nunca interferiu na história dos povos: “Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo quanto há neles; o qual nos tempos passados deixou andar todas as gentes em seus próprios caminhos” (At. 14:15-16). E Tiago diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg. 1:17). Este texto deixa claro que do Pai das luzes não vem trevas, nem dádivas malignas, nem dons imperfeitos, e que em Deus não há mudança de humor.

Por outro lado Paulo diz: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (I Tm. 2:3-4). Ninguém faz amigos com maus tratos, como diz a populaça: ‘Bronca é ferramenta de otário’; e o provérbio diz: ‘Não se pega moscas com vinagre’.

A escritura sagrada declara que Deus, o Pai, é amor. João, o apóstolo do amor, escreveu dizendo:“Amados, amemo-nos uns aos outros; porque a amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque DEUS É AMOR” (I Jo. 4:7-8). E o grande apóstolo Paulo diz: “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Rm. 13:10). Paulo declara também que o amor é o vínculo da perfeição (Cl. 3:14). E o que é vínculo? É o laço que une de forma absoluta. O amor é o vínculo conjugal; sem amor o matrimônio acaba. O amor está ligado à perfeição. Deus é amor, logo Deus é perfeito. É por isso que Paulo nos diz: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que eu distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que eu entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” (I Co. 13:1-8 – maiúsculo nosso). É POR ISSO QUE DEUS É AMOR.

É óbvio que, se Jeová é Deus, é também amor, e, se é amor, não faz o mal. Citemos palavras do próprio Jeová sobre o assunto:

  1. “Será porém que, se não deres ouvidos à voz de Jeová teu deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, todas estas maldições virão sobre ti, e te alcançarão” (Dt.28:15). Maldição é o mal ordenado por Jeová que destrói e mata (Dt. 28:20; 28:61). Jeová é especialista em praticar o mal.
  2. “No momento em que eu falar de uma gente, ou de um reino, para edificar e para plantar, se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então eu me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria. Fala agora aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, dizendo: Assim diz Jeová: Eis que estou forjando mal contra vós” (Jr. 18:9-11).Jeová tem uma forja para criar seus malefícios.
  3. “Eis que pus o meu rosto contra esta cidade para mal, e não para bem, diz Jeová. Na mão do rei da Babilônia será entregue” (Jr. 21:10). Aqui Jeová confessa que o cativeiro foi um mal e não um bem. Ele não queria salvar Israel, mas destruir. Jeová faz o mal, logo não é amor, e se não é amor não é Deus, Pai de nosso senhor Jesus Cristo.

 

Autor: Pastor Olavo Silveira Pereira

(543) – ONISCIÊNCIA

 ONISCIÊNCIA

Definição: Onisciência é ter conhecimento de tudo o que os homens pensavam e fizeram no passado. É ter conhecimento claro de tudo o que todos os homens pensam e fazem no presente em todo o universo. Onisciência é ter o conhecimento claro de tudo o que os homens vão pensar, desejar e realizar no futuro longínquo. Jeová se declara Deus em Isaías 43:12. E Jeová declara que fora dele não há Deus salvador (Is. 43:11). Jeová declara que sabe as coisas futuras (Is. 41:22-23; 45:11).

  1. Jeová escolheu Saul para ser rei de Israel (I Sm. 10:1-7). Mas Saul desobedeceu a Jeová (I Sm. 15:1-11). Jeová não sabia o que Saul ia fazer. Se fosse da vontade de Jeová o que Saul fez, Jeová não teria se arrependido.
  2. 2.       Quando Jeová predestinou Salomão para ser rei e edificar o templo, sabia o futuro? Davi, o ungido de Jeová, disse o seguinte: “Porém a mim a palavra de Jeová veio, dizendo: Tu derramaste sangue em abundância, e fizeste grandes guerras; não edificarás casa ao meu nome, porquanto muito sangue tens derramado na terra perante a minha face. Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor. Portanto Salomão será o seu nome, e paz e descanso hei de dar a Israel nos seus dias. Este edificará casa ao meu nome, e ele me será por filho, e eu a ele por pai; e confirmarei o trono de seu reino sobre Israel, para sempre” (I Cr. 22:8-10).

O que aconteceu no tempo do rei de Salomão?

  1. Não houve paz em Israel nos seus dias por causa dos seus pecados. O próprio Jeová levantou um adversário a Salomão, de nome Hadade, o edomeu. Este Hadade se retirou para o Egito, até a morte de Davi; depois voltou à Israel para fazer guerra contra Salomão. E Jeová levantou outro adversário contra Salomão, a Rezom, filho de Eliada. Este ajuntou um esquadrão, e foi adversário contra Salomão por todos os seus dias, além do que Hadade fazia, porque odiava a Israel e reinava sobre a Assíria (I Rs. 11:14-25).
  2. Salomão, o rei lúbrico, voluptuoso e lascivo, amou muitas mulheres, moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, das nações que Jeová proibira, por serem corruptas, além da filha de Faraó. Foram ao todo mil, e perverteram o coração de Salomão, que se tornou o maior idólatra de Israel. Salomão andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios, e em seguimento a Milcom, a abominação dos amonitas. Edificou a Quemós um alto, abominação dos moabitas, e a Moloque, abominação dos filhos de Amom. O furor de Jeová se levantou contra Salomão, e dividiu o reino em dois, ficando uma tribo para Salomão por amor a Davi, e dez tribos foram dadas a Jeroboão, filho de Nebate (I Rs. 11:1-13, 28-36).
  3. Salomão impôs um jugo pesadíssimo, de cobrança de impostos sobre o povo de Israel. O povo após a sua morte foi a Roboão, seu filho, e imploraram, dizendo: “Alivia o jugo que teu pai pôs sobre nós, e te serviremos” (I Rs. 12:4). Roboão, seguindo o conselho dos jovens, respondeu:“Meu pai vos castigou com açoites; porém eu vos castigarei com escorpiões” (I Rs. 12:14). E o ouro que o povo trazia a Salomão todos os anos, eram 666 talentos de ouro (I Rs. 10:14). Salomão fez tantas coisas erradas, que seu nome está ligado ao número da besta (Ap. 13:18).

Tudo o que Jeová falou que deveria acontecer no reino de Salomão, aconteceu ao contrário, inclusive quando falou que o seu reino ia ser confirmado para sempre, antes foi dividido para sempre. Está fartamente provado que Jeová não é onisciente, e se não é onisciente é um impostor passando por deus aos olhos dos cegos. Jesus Cristo é onisciente, pois interrogado sobre pagar tributos, disse a Pedro: “Vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por ti e por mim” (Mt. 17:27).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(542) – DOIS MINISTÉRIOS – XV

DOIS  MINISTÉRIOS  15

  1. No Velho Testamento está escrito que todos pecam, segundo Salomão que foi o mais sábio deles, e disse: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec. 7:20). Salomão, portanto, estava convencido que jamais poderia deixar de pecar, e não havia quem pudesse libertar o homem desta sina maldita. No Novo Testamento lemos que quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio; para isto o Filho de Deus se manifestou, para desfazer as obras do diabo (I Jo. 3:8). No Velho Testamento todos estavam fadados a pecar, e por isso eram propriedades do diabo. Mas o apóstolo João declara que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo. Desfazer as obras do diabo é libertar o homem do pecado, logo, no Novo Testamento, o homem sai dessa escravidão do inferno. São, portanto, dois ministérios: No Velho Testamento, o dos pecadores; No Novo Testamento, o dos libertados do pecado.
  2.       Existem dois nascimentos: Os que nascem da cópula carnal entre marido e mulher, e os que nascem pela segunda vez de modo miraculoso. Jesus, respondendo uma pergunta de Nicodemos, príncipe dos judeus, falou: “Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo. 3:3). Com isto Jesus revela que nenhum homem ou mulher nascido de ventre carnal entra no reino de Deus. Os que creem na reencarnação estão todos fora do reino de Deus, pois cada vez que reencarnassem passariam pelo ventre carnal de uma mulher. Nicodemos, confuso, perguntou: “Poderia um homem velho, tornar a entrar no ventre da mãe para nascer de novo? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (Jo. 3:4-5). Jesus explica aqui que nascer da água é a fé que leva ao batismo, e batismo é morrer e ser sepultado com Cristo (Rm. 6:3-4). Então Jesus completa o pensamento, dizendo: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo. 3:6). Jesus está ensinando que os que nascem da carne da mãe continuam carne, e a carne é corrupção (I Co. 15:50). Os que nascem do Espírito Santo de Deus passam a ter a natureza espiritual de Deus. No Velho Testamento não havia novo nascimento, logo Deus não tinha filhos. Concluímos que o Velho Testamento era o ministério da carne, e o Novo Testamento o ministério do Espírito Santo.
  3.   Leiamos as palavras do apóstolo Paulo: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em Espírito vivificante. Mas não é o primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (I Co. 15:45-48). Paulo está falando claro que Jeová, o deus do Velho Testamento, tinha um ministério terreno, e o Senhor Jesus tem um ministério celestial. Paulo afirma esta verdade em Ef. 2:5-6, que diz: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”.
  4. São, portanto, dois ministérios, dois princípios, dois Adões, duas linhagens. Os que procedem do primeiro Adão nascem para pecar e morrer, por isso Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). Mas Jesus desceu do céu, e trouxe o ministério da ressurreição e da vida: “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Co. 15:21-22). Claro que os que são vivificados, são os que creem e seguem os passos de Jesus.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(541) – DOIS MINISTÉRIOS – XIV

DOIS MINISTÉRIOS 14

São dois ministérios: O da morte e o da vida. O ministério da morte é o ministério da lei, dada por Jeová no monte Sinai, e Paulo diz: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras…” (II Co. 3:7). As letras gravadas em pedras são os dez mandamentos (Dt. 9:10; Ex. 31:18).

O ministério da vida é o do Novo Testamento, quando Deus, o Pai, estabeleceu a graça (Tt. 2:11), e a graça aboliu a lei e o pecado, por isso Paulo diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm.6:14). E Paulo deixa claro que a força do pecado é a lei, quando diz: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Co.15:56).

Qual é a obra de Jesus Cristo? É dupla. Em primeiro lugar, morre em nosso lugar apagando a culpa e a condenação, tornando-nos inocentes diante da cruz. Vejamos os textos que comprovam essa afirmativa:

1)    “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo Jesus morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (I Co.15:3).

2)    “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” (Gl.1:4).

3)    “Andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Ef. 5:2).

4)    “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação” (Rm. 4:25).

5)    “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tm.1:15).

6)    “O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt. 2:14).

7)    “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; pelas suas pisaduras fostes sarados” (I Pd. 2:24).

A segunda parte da obra de Jesus é tirar da servidão do pecado. Paulo diz: “Não sabeis vós, que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça? Mas graças a Deus que tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues, e libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm. 6:16-18). “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm. 6:11). Isto quer dizer que quem vive para pecar está morto para Deus. O apóstolo João diz: “E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo. 3:5-6). Sabem quem leva o cristão a pecar? Satanás! Quem ensinou Adão e Eva a pecar? Foi Satanás. E por isso João diz: “Quem comete pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Quais são as obras do diabo? ‘O MINISTÉRIO DO PECADO’. João diz mais: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; não pode pecar porque é nascido de Deus” (I Jo.3:9 – maiúsculo nosso). E João repete, dizendo: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca, mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (I Jo. 5:18 – maiúsculo nosso). Concluímos que, se o que é nascido de Deus pecasse, Deus e o diabo seriam a mesma pessoa, pois o diabo peca desde o princípio (Jo. 8:44; I Jo. 3:8). Em segundo lugar, quem conserva a si mesmo sem pecar, o maligno não lhe toca. Se o nascido de novo pecasse, Deus geraria pecadores para serem tocados pelo maligno. É por isso que o trono do diabo está na Igreja, porque os nascidos de novo dos nossos dias pecam (Ap. 2:12-14).

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(540) – DOIS MINISTÉRIOS – XIII

DOIS MINISTÉRIOS 13

II Co.3:7-8

  1. No Velho Testamento, o ministério era o da acusação. Jesus disse: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais” (Jo.5:45).Moisés, acusador? Nunca! Moisés defendeu Israel, seu povo, até a morte. Enquanto Moisés estava com Jeová no cume do monte Sinai recebendo as leis para transmiti-las ao povo, este obrigou Arão, irmão de Moisés, a esculpir um bezerro de ouro, igual ao boi Apis, ídolo adorado no Egito, dizendo:“Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito” (Ex.32:4 – maiúsculo nosso). Jeová, cheio de furor assassino, disse: “Deixa-me, agora, que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Ex.32:10 – maiúsculo nosso). Moisés então pensou consigo mesmo: O que aconteceu com Jeová? Esqueceu o juramento feito a Abraão? “Então disse Jeová: Por mim mesmo jurei, diz Jeová, porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá a porta dos teus inimigos” (Gn.22:16-17). Há diversas referências dos juramentos de Jeová. Um está no livro das Crônicas de Israel, que diz: “Lembrai-vos perpetuamente do seu concerto, e da palavra que prescreveu para mil gerações; Do concerto que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque, O qual também ratificou a Jacó por estatuto, e a Israel por concerto eterno” (I Cr.16:15-17 – maiúsculo nosso). Moisés, vendo a loucura de Jeová, que impelido pelo furor da ira, esqueceu os juramentos eternos feitos a Abraão, Isaque e Jacó, pois a ira e o furor tiram a razão, então disse em forma de súplica: “Senhor, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tu tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra? Torna-te da ira do teu furor, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Jacó, teus servos, a quem fizeste juramentos eternos” (Ex.32:11-13). “Então Jeová se arrependeu do mal que pretendia fazer ao seu povo” (Ex.32:14). Nesta passagem, Jeová acusa o pecado de Israel, julga e condena à morte a todos, mas pela intercessão de Moisés reconhece que errou e volta atrás. Convém lembrar que Jeová acusou o pecado de Adão, acusou o pecado da humanidade (Gn.6:5-7), acusou o pecado de Saul (I Sm.15:10-11), acusou o pecado de Davi (II Sm.12:7-12) e etc.
  2. No Novo Testamento não há ministério da acusação, mas ministério da defesa. Jesus declara que não veio para acusar ninguém (Jo.5:45). João, no seu evangelho, declara que Deus, o Pai, enviou o seu Filho unigênito, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele(Jo.3:16-17). Jesus declara que não veio a este mundo para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las (Lc.9:51-56; II Rs.1:9-12). Jesus Cristo deu a sua vida para salvar os pecadores (I Tm.1:15). Quem destruía as almas era Jeová: Destruiu Sodoma e Gomorra (Gn.19:24-25), destruiu a humanidade no dilúvio (Gn.6:5-7).

No ministério do Novo Testamento ninguém é acusado ou destruído por Deus quando peca. Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus é advogado dos que caem no laço do pecado. Diz o apóstolo João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (I Jo.2:1). E o acusador, que fim levou?

“E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; pois já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap.12:10).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(539) – DOIS MINISTÉRIOS – XII

   DOIS   MINISTÉRIOS   12

 

 

A lei foi dada por Jeová no monte Sinai ao povo de Israel, e por 1650 anos até o advento de Jesus Cristo, era: “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” (Ex.21:24-25). Era a implacável lei da vingança. Se um trabalhador no campo cegava a vista do seu próximo, os juízes o cegavam também. Se, num momento de ira, dava um soco no próximo, e lhe quebrava um dente, os juízes da cidade, em praça pública, quebravam-lhe um dente. Esta lei foi mudada por Jesus Cristo, que disse: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa” (Mt.5:38-40).

Se os homens todos tivessem índole boa, o dente por dente acabava diante dos juízes, mas quando um tem índole má, cheio de ódio, aguarda a chance de matar. Em Israel havia tantos crimes, que o estado teve de edificar seis cidades de refúgio, para que o jurado de morte pudesse escapar com vida(Nm.35:9-34). O ministério de Jeová, regido pela lei, gerava todo tipo de contendas e mortes; é por isso que Paulo diz: “A lei opera a ira” (Rm.4:15). E diz mais: “O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Co.15:56). Vamos ilustrar o assunto: Na ilha de Córsega, no Mediterrâneo, habitavam os corsos, um povo hostil e beligerante. Havia entre eles a VENDETA, palavra italiana que quer dizer VINGANÇA. Esta ilha pertencia aos genoveses. Quando um membro da família era assassinado, a família ofendida declarava a vendeta, e um membro da família culpada era morta. Por séculos houve o ódio entre dois clãs, que acabaram se exterminando. A única forma dos genoveses se livrarem do ódio exterminador dos corsos, foi doar a ilha para a França em 1768. Era a lei do olho por olho, dente por dente, etc.

Jesus invalidou o mandamento do olho por olho de Jeová, e estabeleceu a lei do amor em João 13:34.

Vou contar um caso acontecido comigo em 1980. O trabalho com as crianças era feito com comunicação visual e retro-projetor. Na hora de começar o trabalho, notaram a falta do retro-projetor. Fui buscá-lo em casa em alta velocidade. Ao atravessar a Avenida Domingos de Moraes quase dei uma trombada. O chofer do outro carro saiu gritando do carro, e dizendo: “Você quase acabou com meu carro”. Eu lhe disse: “Meu amigo, se eu o abalroasse, lhe daria um carro zero quilômetro”. A fisionomia dele mudou, e disse: “Você me daria um carro novo?” Eu confirmei. Ele então sorriu, e disse: “Então me dá um abraço”. Que maravilha, o ministério de Cristo produz luz, enquanto o ministério de Jeová é executado em trevas(Mt.5:14-16; Dt.4:10-14, 5:22-24). O ministério de Jeová se desenvolve debaixo de maldições, o ministério de Cristo se desenvolve debaixo de bênçãos incontáveis, pois o apóstolo Paulo diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef.1:3). O ministério de Jeová é regido por uma servidão pior que a servidão dos reinos deste mundo (II Cr.12:7-8). O ministério de Cristo é regido pela liberdade do Espírito Santo (II Co.3:17). São, portanto, dois ministérios opostos. O de Jeová é para os cegos, e o de Cristo são para os que têm os olhos do entendimento abertos (Ef.1:17-18).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(538) – DOIS MINISTÉRIOS – XI

  DOIS   MINISTÉRIOS  11

 

As evidências de que o ministério de Jeová é exatamente o oposto do ministério de Jesus Cristo são tão claras, que é crime iludir os neófitos, igualando-os. Analisem os argumentos seguintes:

Jeová era servido pelas mãos dos homens. Moisés falou a Faraó da parte de Jeová, dizendo: “Jeová, o deus dos hebreus, me tem enviado a ti, dizendo: Deixa ir o meu povo, para que me sirva no deserto” (Ex.7:16). Jesus Cristo disse aos discípulos: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc.10:45). Leia At.17:24-25, onde o Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa.

Se nem Jesus e nem o Pai são servidos por mãos de homens, fica provado que existem dois ministérios contrários, pois no ministério de Jeová todos o serviam:

1.     Os anjos serviam a Jeová: “Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra” (Sl.103:20). Com respeito a Jesus, na ressurreição, recebeu todo o poder (Mt.28:18). Depois de quarenta dias subiu ao céu, e submeteu os anjos, as autoridades e as potências (I Pd.3:20-22), pois os anjos não lhe eram sujeitos.

2.     Jeová formou o povo de Israel para servi-lo. Antes de Moisés falar com Faraó, falou a Moisés sobre isso. Foram dez vezes que Moisés falou a Faraó, dizendo: “Deixa ir o meu povo para que me sirva” (Ex.4:23; 7:16; 8:1, 20; 9:1, 13; 10:3). Mas Paulo declara pelo Espírito Santo que Deus, o Pai, não é servido por mãos de homens (At. 17:24-25).

3.     Servo é aquele que serve. Josué era servo de Moisés: “E levantou-se Moisés com Josué, seu servidor, e subiu ao monte de deus” (Ex.24:13). Josué obedecia cegamente às ordens de Moisés, pois era seu servo. Pois bem. Ezequiel, o profeta, declara que Jeová entregou o Egito nas mãos dos maus; e quem era o homem mau que destruiu o Egito? Nabucodonosor, rei de Babilônia (Ez.30:10-12).Pois Nabucodonosor, homem cruel, soberbo e impiedoso, era servo de Jeová. Leiamos o que o próprio Jeová fala desse rei conquistador e assassino: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, e os dou àquele que me agrada em meus olhos. E agora, eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam” (Jr.27:5-6). E Jeová era tão apaixonado por Nabucodonosor e suas obras malignas, que repete diversas vezes que este era seu servo (Jr.25:9; 43:10-11). O profeta Daniel canta de forma magistral os favores de Jeová a Nabucodonosor, dizendo: “Tu, ó rei, és rei de reis; pois o deus do céu te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo, e aves do céu, ele os entregou na tua mão, e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro” (Dn.2:37-38). Jeová tinha dado a Nabucodonosor o sonho de uma grande estátua, cuja cabeça era de ouro, seus peitos e seus braços eram de prata, o seu ventre e suas coxas eram de bronze, as pernas de ferro; seus pés eram em parte de ferro e em parte de barro (Dn.2:32-33). O que põe por terra esta fábula, é que Paulo revela que Deus, o Pai, deixou todas as nações andarem em seus próprios caminhos (At.14:15-16).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(537) – DOIS MINISTÉRIOS – X

 DOIS   MINISTÉRIOS   10

Sendo Jeová o Todo-poderoso no Velho Testamento, é óbvio que era também o cabeça no Velho Testamento, e cabeça dos anjos (I Pd.3:22). Se Jesus só submeteu os anjos após a ressurreição, não era o cabeça no Velho Testamento. E Jesus declara que recebeu todo o poder após a ressurreição(Mt.28:18). São, portanto, dois ministérios com duas cabeças diferentes. Vejamos as diferenças:

  1.       No ministério de Jeová, no Velho Testamento, deus, isto é, Jeová, tentava os homens. Jeová tentou Abraão ao pedir seu filho Isaque em sacrifício (Gn.22:1-2). Tentou o povo de Israel, no deserto, depois que os libertou da escravidão do Egito (Dt.8:2). Tentou o rei Ezequias, um ótimo rei, para saber o que ele tinha no coração (II Cr.32:31). E o próprio Jeová confessa que era tentado pelos homens, dizendo: “Todos os homens que viram a minha glória, e os meus sinais, que fiz na terra do Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei” (Nm.14:22-23).

No ministério de Jesus Cristo e do Pai, no Novo Testamento, Deus a ninguém tenta, e também não é tentado pelo mal (Tg.1:13). São opostos os ministérios.

2. Jeová, no Velho Testamento, declara que tem grande apreço por este mundo. No livro de Provérbios há um capítulo falando do valor da sabedoria, que é superior a prata, e o conhecimento mais do que o ouro escolhido. Há mais valor em possuir a sabedoria do que os rubis (Pv.8:10-11). A sabedoria pertenceu a Jeová no princípio dos seus caminhos, e foi ungida desde a eternidade, antes da criação da terra (Pv.8:22-23). Essa gloriosa sabedoria divina estava com Jeová quando ele diz que criava a terra (Pv.8:25-27). Quando Jeová compunha os fundamentos da terra, a sabedoria estava com ele (Jeová), e era sua aluna, e era cada dia suas delícias, folgando perante ele todo o tempo; folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens (Pv.8:29-31). É tanto o prazer que Jeová sente neste mundo e nos filhos dos homens, que declarou: “Minha é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Sl.24:1). Jeová é tão apaixonado por este mundo, que escreveu um poema sobre o sistema solar (Sl.119:1-6). Jeová é tão apaixonado por este mundo, que decidiu abandonar o céu e se mudar para a terra. Davi declara isso: “Porque Jeová elegeu a Sião; e desejou-a para sua habitação, dizendo: Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei” (Sl.132:13-14). Jeová ama tanto este mundo, que mete ele no coração dos homens, para que também o amem, e desfrutem de seus banquetes e suas delícias (Ec.3:11). Este é o ministério de Jeová no Velho Testamento.

Vejamos o ministério de Jesus Cristo e do Pai no Novo Testamento. Jesus disse: “O mundo não vos pode aborrecer, mas ele me aborrece a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más” (Jo.7:7). E disse mais: “Vós sois de baixo; eu sou de cima. Vós sois deste mundo; eu não sou deste mundo” (Jo.8:23). E disse mais: “O meu Reino não é deste mundo” (Jo.18:36). E disse mais: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo” (Jo.17:14). E o apóstolo João disse: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (I Jo.5:19). E disse mais João: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade do Pai permanece para sempre” (I Jo.2:15-17). Jeová é a favor deste mundo; Jesus e o Pai são contra. Quem fica com Jeová, fica com o mundo, a carne, e o maligno. Nós do Novo Testamento ficamos com Jesus.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(536) – DOIS MINISTÉRIOS – IX

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Nas Escrituras Sagradas encontramos dois Todo-poderosos. Um no Velho Testamento, cujo nome é Jeová ou Javé. O outro Todo-poderoso é Jesus Cristo. Os teólogos tentam convencer a cristandade que esses dois Todo-poderosos são a mesma pessoa, isto é, que Jeová e Jesus são a mesma pessoa. Existem alguns pontos obscuros a serem analisados sobre este assunto:

1.     Dois mil anos antes de Cristo nascer, Jeová apareceu a Abraão, e disse: “Eu sou o Todo-poderoso” (Gn.17:1). O caso de Jesus foi diferente: Ele nasceu pobre, numa estrebaria, viveu pobre e era extremamente humilde. Diz a Bíblia que primeiro ele foi aprovado por Deus pelas obras que realizou(At.2:22). E o apóstolo Paulo assim descreve a sua exaltação: “Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz, pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp.2:5-11). Por este texto ficamos sabendo que Jesus Cristo foi feito por Deus Pai Todo-poderoso após a ressurreição. Ele mesmo declara isso, depois da ressurreição: “É ME DADO TODO O PODER NO CÉU E NA TERRA” (Mt.28:18). Antes da ressurreição Jesus não era Todo-poderoso. Paulo nos diz na carta aos Hebreus: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser o causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb.5:7-9). Quando, pregado na cruz, lhe deram vinagre para beber, Jesus disse: “…ESTÁ CONSUMADO…” (Jo.19:30). O apóstolo Pedro declara que Jesus Cristo, após a ressurreição, subiu aos céus, se colocou à destra de Deus e submeteu os anjos, as autoridades, e as potências (I Pd.3:21-22). Se Cristo só se tornou salvador depois de consumada a sua obra, está claro que antes disso, os anjos, as autoridades, e as potências nos céus, não lhe eram sujeitas, logo não era Todo-poderoso. Mas Jeová era o Todo-poderoso, logo são dois: O do Velho Testamento e um do Novo Testamento.

2.     Como começou Jeová como Todo-poderoso? Começou matando toda a humanidade através do pecado de Adão: “Assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos são pecadores” (Rm.5:12).

3.      E como começou Jesus como Todo-poderoso? “A graça de Deus se há manifestada, trazendo salvação a todos os homens” (Tt.2:11). A graça de Deus nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos, e foi manifestada pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho (II Tm.1:9-10).

4.     O Todo-poderoso Jeová, o El Shaday do Velho Testamento, lançou tantas maldições sobre o seu povo e tão terríveis, só para destruí-lo da face da terra (Dt.28:47-48; 58-63). Deus, o Pai, enviou o seu Filho unigênito, que nasceu em carne e este, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado(Hb.4:15). Deus, na ressurreição, lhe deu todo o poder (Mt.28:18). Jesus, o Todo-poderoso, recebeu todas as maldições de Jeová. Diz Paulo que ele se fez maldição por nós, e nos resgatou de tal maneira das maldições de Jeová, que todos os que cremos temos entrada no reino de Deus (Gl.3:13).

São, portanto, dois ministérios: O da morte e das maldições de Jeová e o da vida e da libertação total das maldições, o de Jesus Cristo. Eu fico com Cristo, que me amou, me curou, me libertou, e me deu paz eterna.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(535) – DOIS MINISTÉRIOS – VIII

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Os ministérios são compostos de ministros. O governo é chefiado pelo presidente do conselho, que por sua vez é formado pelos ministros. Um governo tem diversos ministérios: Do interior, do exterior, da defesa, do exército, da marinha, da aeronáutica, da economia, da educação, das comunicações, da justiça, público, da fazenda, enfim, há uma infinidade de ministérios, todos desempenhado os cargos e as funções dos governos dos reinos deste mundo.

Nós, os cristãos, não fazemos parte dos ministérios deste mundo, porque não somos deste mundo, como Jesus disse: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo.17:14-15). Jesus disse mais: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus” (Jo.18:36). O apóstolo Paulo, quando fazia parte do ministério deste mundo, torturava os cristãos e os matava. Transcrevemos aqui sua confissão: “Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos hoje vós sois. E persegui este Caminho até a morte, prendendo e metendo em prisões, tanto varões como mulheres, como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; e, recebendo destes cartas para os irmãos fui a Damasco, para trazer maniatados para Jerusalém aqueles que ali estivessem, afim de que fossem castigados. Ora, aconteceu que indo já de caminho e chegando perto de Damasco, quase ao meio-dia, de repente me rodeou uma grande luz do céu. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At.22:3-7).

Paulo, ao ver a luz de Jesus e ouvir a sua voz, mudou de ministério. Quando era membro do ministério do deus dos judeus, e era comandado pelos sacerdotes do templo, perseguia e matava os cristãos. Quando creu em Jesus e mudou de ministério, passou a ser caçado para ser morto (At.14:19-22).

Concluímos, pois, que os homens deste mundo só estão debaixo de um ministério, que é o ministério deste mundo, mas os cristão estão debaixo de dois ministérios: o ministério de Cristo e o ministério deste mundo. Que diz Paulo sobre este assunto? “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de deus; e as autoridades que há foram ordenadas por deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de deus, e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela, porque ela é ministro de deus, para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de deus, e vingador para castigar aquele que faz o mal” (Rm.13:1-4). Mas, que deus é este que anula a graça de Deus? (Tt.2:11). Que deus é este que puxa da espada para castigar e matar como vingador aqueles que crêem em Cristo, e se batizam para fazer parte do corpo da Igreja, mas gostam de fazer o mal? Paulo mesmo responde: “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (II Co.4:4). E quem é o deus deste século? É o vingador, ou Jeová (Lv.26:23-25). Paulo ilustra o fato: “Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o senhor é vingador de todas estas coisas” (I Ts.4:6). E João apóstolo diz:“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca, mas o que é gerado de Deus conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (I Jo.5:18).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(534) – DOIS MINISTÉRIOS – VII

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Como vimos nos primeiros folhetos, ministério é um departamento do Estado em que os ministros administram os negócios do Estado. Se os ministros não cumprem com fidelidade suas funções, são afastados. O apóstolo Paulo revela que existem dois ministérios: O do Velho Testamento e o do Novo Testamento. E Paulo nos diz também que Deus nos fez capazes de ser ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata, e o Espírito vivifica (II Co.3:5-6). E Paulo continua, dizendo: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito?” (II Co.3:7-8). A Bíblia Revista e Atualizada não usa a palavra transitória, isto é, que estava em trânsito, mas usa a palavra DESVANECENTE, que quer dizer, algo que desvanece com o tempo. Na Bíblia de Jerusalém lemos GLÓRIA PASSAGEIRA, isto é, de pouca duração. Na versão inglesa de 1961, lemos: GLÓRIA QUE HAVERIA DE SER ELIMINADA. O ministério do Velho Testamento, estabelecido por Jeová através de um mediador humano, ou melhor, através de Moisés, tinha uma glória efêmera, que durou enquanto Moisés viveu. Morreu Moisés, desvaneceu-se a glória. Morreu Moisés, acabou a glória. Concluímos que a glória do ministério do Velho Testamento não era a glória de Deus, porque tudo o que Deus faz dura eternamente (Ec.3:14).

A glória de Jesus Cristo é eterna, pois disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo.17:5). E é essa glória que Jesus nos dá. Ele mesmo declara: “Eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” (Jo.17:22). E qual é a glória que Jesus nos dá? O apóstolo Paulo responde: “MAS Alegrai-vos pelo fato de serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus” (I Pd.4:13-14 – maiúsculo nosso).

No ministério do Velho Testamento havia uma só glória, que era a transitória, que era a desvanecente, ou a que era passageira, isto é, de pouca duração, como a de Moisés, que acabou na sepultura. No ministério do Novo Testamento temos duas glórias: A que antecede a morte física, e a que nos é dada na ressurreição. A glória dos cristãos durante a peregrinação terrena, são os padecimentos por amor a Cristo. Paulo diz: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações” (Rm.5:3). Que é gloriar-se na tribulação? Não é a glória de pregar o Evangelho; quem não prega o evangelho, nega a fé (I Co.9:16). Gloriar-se na tribulação é pregar o evangelho, que em consequência produz grande tribulação, e então, depois de ser açoitado, dizer: Regozije-mo-nos, pois fomos julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus (At.5:41-42). Gloriar-se na tribulação não é suportar calado a dor dos grilhões de ferro que nos prendem os pés, mas cantar com alegria o privilégio de sofrer por Jesus, como fizeram Paulo e Silas (At.16:22-26). E por que os apóstolos se gloriavam tanto nas tribulações? Paulo responde depois de uma experiência atribulada quando pregava em Listra e Derbe:“Sobrevieram uns judeus de Antioquia e de Icônio, que tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo, e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto; mas Paulo não morreu, e no dia seguinte, entrou na cidade e anunciava o evangelho. E Paulo ia confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (At.14:18-22). E sempre falava: “Porque as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm.8:18).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(533) – DOIS MINISTÉRIOS – VI

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1.      O ministério do Velho Testamento, isto é, o ministério de Jeová, era o ministério da poligamia, no qual um homem podia casar com quantas mulheres quisesse. Jeová incentivava a poligamia, pois matou Saul e deu as mulheres de Saul para Davi (II Sm.12:7-8). Mais tarde Jeová entregou as mulheres de Davi a Absalão, seu filho (II Sm.12:11-12; 16:21-23). Fica também provado que Jeová prostituía as mulheres casadas, e apoiava o incesto.

O ministério do Novo Testamento, isto é, o ministério de Cristo, é o ministério da monogamia, isto é, o homem só podia casar uma vez. Jesus só permitia o divórcio, quando a jovem vinha prostituída da casa do pai, e não era qualificada para educar filhos (Mt.19:3-9). Para Jesus o laço conjugal permanecia, apesar do divórcio; o matrimônio é indissolúvel e permanece depois da morte (Ef.5:22-30). Vejamos a doutrina de Paulo (I Tm.3:1-2, 12). O presbítero e o diácono só podiam casar uma vez.

No Velho Testamento era festa de mulheres. Gideão tinha muitas mulheres (Jz.8:30). Jeremias, o profeta, em cada cidade que ia tomava novas mulheres (Jr.16:2-3). Davi, quando entendeu que Jeová o confirmara rei sobre Israel, tomou mais concubinas e mulheres de Jerusalém (II Sm.5:12-13). Davi tinha oito mulheres (I Cr.3:1-5). Mais as dez que eram de Saul (II Sm.12:7-8; 20:3). Seriam dezoito mulheres, mas em Jerusalém Davi tomou mais concubinas e mulheres. Salomão quebrou todos os recordes, pois teve mil mulheres (I Rs.11:1-3). Roboão, filho de Salomão, teve setenta e oito mulheres(II Cr.11:21). Onde um homem tem muitas mulheres não há família. Paulo declara que o homem é cabeça, e a mulher é o corpo em Ef.5:22-23 e I Co.11:3. Nós não lemos nas escrituras que a cabeça tem diversos corpos, mas um só corpo, e a cabeça salva o corpo, isto é, a mulher. E no reino de Deus não entra corpo sem cabeça, ou cabeça sem corpo, pois Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é Pai de família, e que no céu, para onde vão os cristãos, há famílias (Ef.3:14-15).

2.     Jeová ordenou o juramento em seu nome (Dt.6:13). O israelita que jurasse falso em nome de Jeová estava profanando o nome de Jeová (Lv.19:12; Dt.10:20). O juramento para Jeová era tão importante, que ao anunciar que vai criar novos céus e nova terra, declara que vai haver juramento em nome de Jeová. Diz o profeta Isaías: “Aquele que se bendisser na terra, será bendito do deus da verdade, e aquele que jurar na terra, jurará pelo deus da verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas, e estão encobertas diante dos meus olhos. Porque, eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais delas se recordarão” (Is.65:16-17). Isto fazia parte do ministério do Velho Testamento. Jesus Cristo invalidou essa ordenança, dizendo: “Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt.5:34-37).

Se Jeová realmente fosse Deus, o juramento não seria de procedência maligna, pois era ordenança de Deus; mas como foi ordenança de Jeová, e Jesus declara que o juramento é de procedência maligna, Jeová é maligno, enquanto que o ministério de Cristo é benigno.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira